Enquanto Campos ensaia candidatura, Dilma corta repasses a PE
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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A administração da presidente Dilma Rousseff derrubou os repasses federais para financiar projetos apresentados pelo governo de Pernambuco, que é comandado por Eduardo Campos (PSB), potencial adversário da petista nas eleições presidenciais de 2014. Segundo dados do Tesouro Nacional, o valor repassado voluntariamente pelo governo federal em 2012 chegou a um patamar menor que o de 2006, último ano de gestão do então governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB), que fazia oposição ao PT.
As transferências voluntárias são aquelas em que não há obrigatoriedade prevista em lei, como nos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE) ou do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Compreendem recursos obtidos por meio de convênios ou acordos, mediante solicitação dos estados. Também não incluem investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), cujos projetos são definidos pelo governo federal.
De acordo com os dados do Tesouro, o governo federal aumentou o porcentual de verbas distribuídas ao governo pernambucano quando Lula e Campos estavam no poder e eram aliados sem diferenças. Entre 2007 (primeiro ano do governo Campos) e 2010, o porcentual das transferências voluntárias subiu de 5% para 14,6% – a maior fatia de tudo o que foi repassado aos estados no ano. Em 2010, Campos chegou a receber 994 milhões de reais dessas transferências – neste ano, ele disputava a reeleição com o apoio do PT. A partir de 2011, primeiro ano da administração Dilma na Presidência, o quadro começou a mudar.
Em 2011, as transferências caíram para 318 milhões de reais. O valor, no entanto, ainda era maior que o verificado em 2007, 2008 e 2009. Mas em 2012, quando começaram a surgir as primeiras diferenças entre Dilma e Campos, os repasses diminuíram ainda mais e chegaram a 219 milhões de reais – o menor valor desde 2006, ano em que o governador era Vasconcelos. Proporcionalmente, as transferências voltaram a 4,88% do total enviado para os estados, o mais baixo porcentual do governo Campos.
Nos últimos meses, Campos tem apresentado sinais de que pode ser candidato à Presidência em 2014. Aumentou as críticas à política econômica de Dilma, num aceno ao empresariado, que está insatisfeito com as taxas de crescimento do PIB. Passou também a fazer reuniões políticas com maior frequência, inclusive com integrantes da oposição – embora aja como candidato, ainda analisará o cenário de 2014 para ponderar a conveniência de se lançar ou de negociar com o PT a retirada da candidatura.
Em 2012, ano do patamar mais baixo das transferências, o PT e o PSB de Campos saíram rachadosna eleição para a prefeitura do Recife. Venceu o candidato do governador, Geraldo Julio. A partir daí, a relação com o PT começou a azedar.
Na semana passada, Lula criticou a postura de Campos, que integra a base governista, mas ensaia um discurso oposicionista. “Se alguém quiser romper conosco, que rompa. Não podemos impedir as pessoas de fazerem o que é de interesse dos partidos políticos”, disse. ´
Fonte: VEJA
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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