Estados Unidos param. E não foi atentado

ÍndiceO fracasso das negociações para aprovar um novo orçamento federal nos Estados Unidos levou a maior economia do planeta a viver ontem um dia de caos e deixou o resto do mundo de sobreaviso. Sem dinheiro para pagar servidores e para arcar com despesas operacionais, escolas, parques e repartições públicas foram fechados. Nas bases militares, apenas parte do efetivo continuou a trabalhar. Pelo menos metade dos 800 mil funcionários do Pentágono, órgão responsável por manter a segurança interna e externa dos EUA, foi mandada para casa. Parte deles não receberá salários enquanto durar o impasse para a aprovação da lei que define os gastos do governo no novo ano fiscal, que começou ontem e que vai até 30 de setembro de 2014.

Estima-se que 900 mil funcionários do governo estejam de braços cruzados, devido à falta de entendimento entre as duas maiores forças políticas do país — os partidos Republicano e Democrata. O primeiro, de tendência liberal, defende corte de gastos públicos e menos impostos. Já para os democratas, do presidente Barack Obama, a saída para tirar a economia do atoleiro é criar tributos sobre os lucros e ampliar programas sociais, entre os quais a lei de reforma do sistema de saúde, apelidada de “Obamacare”.

Como não houve acordo até a noite de segunda-feira, quase tudo o que depende de recursos federais deixou de funcionar a partir de ontem. Francis Collins, diretor de um instituto de medicina, lamentou ter que mandar 200 pacientes para casa. “E isso inclui cerca de 30 crianças, a maioria com câncer”, disse.

Em Washington, restaurantes ofereceram comida grátis para servidores públicos que não estão recebendo salários. Em um deles, uma placa avisava que o café era de graça, “mas parlamentares pagam dobrado!”. Nas repartições que não abriram as portas, o cenário era semelhante ao de uma guerra. “Barricadas e cadeados fecharam o acesso a instalações federais em todo o país”, descreveu o jornal The New York Times, citando que a paralisação da “vasta máquina do governo federal” não acontecia desde 1996.

A agência espacial Nasa tirou seu site do ar. Até a página oficial da Casa Branca deixou de funcionar. O serviço foi interrompido, segundo o órgão, devido “ao
fracasso do Congresso em aprovar uma legislação para financiar o governo”. O presidente Obama acusou os republicanos de agir contra o interesse nacional. “Uma parcela do poder está mantendo o país refém de demandas ideológicas”, disse.

A falta de recursos também provocou estragos no turismo: 401 parques e monumentos nacionais, incluindo a Estátua da Liberdade, um dos mais conhecidos cartões-postais de Nova York, foram fechados. Até o momento, todos os consulados fora do país continuam funcionando. Mas, caso o impasse orçamentário dure muito tempo, alguns serviços importantes, como a emissão de vistos, podem ser suspensos, o que pode afetar os cerca de 5,5 mil brasileiros que embarcam diariamente para aquele país.

Dívida

O governo federal é um dos maiores empregadores dos EUA, mantendo uma folha salarial de 3,4 milhões de trabalhadores na ativa. Sem receber salários, eles deixam de consumir e prejudicam a economia. Estima-se que  cada semana de interrupção nos serviços públicos federais produza uma retração de 0,15 ponto percentual no Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano.

A paralisação também deve afetar outras economias ao redor do mundo. Nas contas de Simão Davi Silber, doutor em economia pela Universidade Yale, caso o impasse dure até o fim do ano, o Brasil teria uma perda de até 0,2 ponto percentual no PIB. “Se a expansão da economia dos EUA passar de 2% para 1%, nosso crescimento cairia de 2,2% para 2%.”

O analista-chefe da Ativa Corretora, Marcelo Torto, lembra que um risco ainda maior é a possibilidade de que o Congresso norte-americano não consiga aprovar a tempo a elevação de um novo teto para a dívida daquele país, de quase US$ 17 trilhões. “O limite é 17 de outubro. Depois disso, o Tesouro fica sem dinheiro para honrar os compromissos, e aí é que a coisa começa a ficar feia, porque será um calote nos credores.”

No Brasil, onde as regras são muito distintas, dificilmente uma situação dessas aconteceria. “Aqui, só os estados e municípios têm limite de endividamento”, lembrou Felipe Salto, da Tendências Consultoria. Além disso,o atraso na aprovação da lei orçamentária tem consequências muito menos drásticas.

Fonte: Correio Braziliense

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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