EUA querem multiplicar por cinco o comércio com Brasil, diz vice-presidente

O vice-presidente americano Joe Biden disse, nesta sexta-feira (31), que não vê motivos para que o Brasil e os EUA não possam multiplicar por cinco o comércio entre os países, o que seria viável com a queda de algumas barreiras comerciais. A afirmação do vice americano mostra a intenção em ampliar as relações comerciais entre os países de 100 para 500 bilhões de dólares por ano.

—Discuti com a presidente Dilma e o com o vice Michel Temer uma agenda ambiciosa na qual devemos nos concentrar para fechar a lacuna [no comércio entre os países]. Vamos estreitar o comércio e não há razão porque a primeira a sétima economias do mundo não possam multiplicar em cinco o comércio. Falamos em derrubar as barreiras no nosso comércio.

Parte dessa agenda de estreitamento de laços comercias está na cooperação energética, como explicou o vice-presidente.

—Em energia discutimos em como formar parcerias que cumpram as ambições dos países nesse setor. Visitei a Petrobras e discutimos como colaborar em áreas em que vocês nos ultrapassaram como energia renovável-  que vocês já têm 50% – e nós queremos chegar a 20% na próxima década. E [para o Brasil] acessar o gás de xisto, que mudou as perspectivas energéticas dos EUA e vocês podem aprender com isso.

Biden falou à imprensa brasileira após encontro com o vice-presidente brasileiro Michel Temer no Palácio do Itamaraty, nesta sexta-feira (31) em Brasília.

Mais cedo, o vice-presidente norte americano foi recebido pela presidente Dilma Rousseff, o que foi entendido como um sinal diplomático positivo, já que pelo protocolo Biden seria apenas recebido pelo vice-presidente brasileiro.

A visita de Joe Biden ao Brasil está concentrada nos temas de cooperação energética entre os países e na visita de Estado da presidente Dilma aos Estados Unidos. Biden faz uma viagem pela América do Sul e já visitou a Colômbia e Trinidad e Tobago.

Dilma confirmou que realizará uma visita de Estado à Washington em outubro. Esta será a única visita de Estado que os Estados Unidos receberão em 2013. Isso significa que a Casa Branca estenderá o tapete vermelho para a presidente Dilma Rousseff, um reconhecimento diplomático da influência crescente do Brasil e a volta para o centro da política externa brasileira no governo Dilma.

Seu antecessor, Lula, não foi recebido em visita de Estado em Washington e manteve uma política internacional que afastou o País da potência americana, após apoio ao governo iraniano de Mahmoud Ahmadinejad e o do venezuelano Hugo Chávez. Esta será a primeira visita de Estado do Brasil aos EUA desde 1995.

A visita de Joe Biden ao Brasil começou nesta quinta-feira (30) pelo Rio de Janeiro. Na capital fluminense o vice-presidente disse que a visita de Dilma aos Estados Unidos é algo que o governo Obama deseja utilizar como marco do início de uma nova era nas relações com o Brasil e com a região.

Biden disse ainda que o Brasil não é mais um país emergente, e sim um país já desenvolvido que precisa tomar certas posições na política internacional. Na reunião com Dilma, a expectativa era que o representante do governo dos EUA reiterasse a disposição de Washington em ampliar as relações entre os dois países.

Relações políticas e comerciais

Apesar do clima de festa, Brasil e EUA têm conflitos sérios para serem resolvidos. Do lado do Brasil os interesses são reforma do conselho de segurança da ONU, subsídios agrícolas e mudanças nos vistos exigidos aos brasileiros nos EUA. Do lado americano, os subsídios na produção agrícola, algo que eles não gostariam de mexer.

Os Estados Unidos são o segundo sócio comercial do Brasil, atrás da China, que os ultrapassou em 2010. No Rio, Biden lembrou que o comércio chega a 100 bilhões de dólares anuais, mas não há razões para que não possa subir para 400 ou 500 bilhões e que Washington está interessado na exploração das gigantescas reservas petrolíferas em águas profundas – conhecidas como “pré-sal” – que o Brasil descobriu em 2007.

Já o Brasil está interessado na tecnologia americana para explorar reservas do gás de xisto, que alterou o mapa energético dos Estados Unidos e podem tornar esse país independente em matéria energética.

Outros temas na agenda bilateral são a eliminação mútua de vistos de turismo para brasileiros e americanos e a multimilionária compra por parte do Brasil de 36 aviões-caças, adiada várias vezes e disputada pela americana Boeing, pela francesa Dassault e pela sueca Saab.

Obama visitou o Brasil em março de 2011, primeiro ano de governo de Dilma, que retribuiu a visita um ano depois.

Os dois países mantêm uma política de relações cordiais, mas de forma diferente da levada adiante no governo Lula (2003-2010), que nunca foi convidado a uma visita de Estado por Washington. O governo de Dilma é considerado menos ideológico e mais pragmático pelo governo americano.

Fonte: R7

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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