Financial Times compara Congresso brasileiro a “call center”
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
São Paulo – A imprensa internacional não cansa de provocar o mais mal avaliado dos três poderes do Brasil, o Legislativo. O blog beyondbrics, do Financial Times, publicou nesta sexta-feira reportagem em que chama o Congresso de “call center caótico”, onde os problemas são sempre transferidos para outras pessoas e tudo só se resolve com as tradicionais ameaças de se levar a reclamação ao superior.
A razão da atual crítica? O fato do Senado ter rejeitado na última terça-feira o projeto que disciplinava a questão dos suplentes, parte da “agenda positiva” proposta por Renan Calheiros. Diante da má repercussão, porém, uma manobra permitiu reviver e aprovar o projeto no dia seguinte.
O texto em questão, agora na Câmara, diminui de dois para um o número de suplentes de senadores – que são escolhidos livremente pelos parlamentares e não são apresentados aos eleitores – e proíbe a indicação de familiares de até segundo grau.
Sob a ótica do leitor internacional, o FT se mostra surpreso.
“É difícil entender por que o sistema chegou a ser permitido. A presidente não tem dois vices, então por que deveria um senador?”, questiona a reportagem.
“Também deve ser notado que, entre os senadores suplentes estão empresários com interesses escusos”, diz a matéria, lembrando que o substituto de Demóstenes Torres, Wilder Pedro de Morais, é ex-marido da mulher do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Demóstenes foi cassado em 2012 justamente após a descoberta de sua relação com o contraventor.
Não é a primeira vez, e provavelmente não será a última, que veículos internacionais decidem incitar políticos brasileiros e o Legislativo. Em fevereiro deste ano, a The Economist chamou alguns parlamentares de zumbis. O próprio FT já disse que o Congresso coloca “raposas” para cuidar de galinheiros, referindo-se a parlamentares que não deveriam presidir comissões por conflito de interesses.
Como o projeto dos suplentes ainda tem que passar pela Câmara, o Financial Times teme que, como ocorre em call centers, os deputados deixem os brasileiros esperando “na linha”.
Fonte: Exame
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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