Gastos com o filho que faz 18 anos passam de R$ 35 mil

Se a chegada dos 18 anos costuma ser aguardada com empolgação pelos adolescentes, acompanhada por planos sobre o que fazer com a pretensa liberdade, os pais certamente têm sentimentos distintos. É nesse período que se concentram alguns dos maiores gastos com os filhos desde o nascimento. De uma só vez, surgem as contas das mensalidades e do material escolar do 3º ano do ensino médio, do curso pré-vestibular, das festas de formatura e da auto-escola, além do aumento de custos já conhecidos – como alimentação, já que o jovem passa o dia no colégio ou cursinho. Somando-se os principais gastos, um filho que entrou na maioridade custa R$ 38,5 mil ao fim do ano.

Uma estimativa feita pelo professor Walter Alves Victorino, coordenador do curso de administração da Universidade Fumec, aponta que até os 22 anos – idade média em que um jovem sai da faculdade – os pais terão gasto entre R$ 250 mil e R$ 470 mil, dependendo da renda e do estilo de vida da família. Os 18 anos, portanto, representariam de 8% a 15% desses valores.

Em cada família esse impacto é sentido de forma e até mesmo em tempos diferentes. A professora Juliane Lourdes Silva teve todos esses gastos quando a filha Sabrina Kelly Silva Gomes, bastante adiantada na escola, tinha 16 anos e estava terminando o 3º ano. Já o advogado Marco Meirelles Maciel viu toda a despesa dessa época ser concentrada e dobrada, porque os filhos Brandon, de 17, e Helder Maciel, de 19, se formaram no mesmo ano. Na casa da supervisora pedagógica Márcia Olandim Spínola, por sua vez, os 18 anos do filho Samuel Olandim podem ser divididos entre antes e depois de ele ter começado a trabalhar e arcar com alguns gastos pessoais.

Para Victorino, a maneira ideal de lidar com essas despesas específicas seria pensar no filho desde o nascimento até o fim da faculdade. Porém, mesmo as famílias que não fizeram um planejamento prévio têm que trabalhar com um orçamento que deve ser acompanhado com rigor. “A representatividade dos gastos específicos que surgem por volta dos 18 anos é muito grande. Os custos adicionais com essa faixa etária têm que ser pesados em suas prioridades, para que não haja um endividamento, com uso de cheques especiais ou empréstimos.” De acordo com o professor, é necessário pensar sempre nas possibilidades dentro do que os pais e, em alguns casos, os próprios filhos efetivamente recebem de remuneração. “O parcelamento de algumas despesas também pode ser uma opção, desde que as parcelas sejam acessíveis.”

Por conta própria Desde que começou um estágio, a estudante de publicidade Sabrina Gomes, de 18, começou a arcar com seus gastos pessoais, incluindo saídas, salão de beleza e compra de roupas, além do curso de inglês, em que paga uma mensalidade de R$ 150 com desconto da faculdade. “Todo o resto meus pais pagam. É diferente de quando estava no ensino médio. Lembro que o baile de formatura foi caro para a gente, por volta de R$ 2 mil, mas pelo menos não dei despesa com curso pré-vestibular, porque já havia feito cursinho para entrar em colégio técnico e as aulas me deram uma boa base.”
Mãe de Sabrina, Juliane conta que, no início da faculdade da garota, aceitou que ela repassasse uma parte do salário mínimo para ajudar a pagar a mensalidade, como uma forma de ensinar senso de responsabilidade. O acordo, porém, não durou muito. “Ela me dava R$ 200, mas eu tinha que repor tudo depois para saídas porque o dinheiro dela acabava, então não adiantava” diz, rindo.

Despesa pode ser planejada

O advogado Marco Meirelles sabe bem os desafios de lidar com filhos na faixa de 18 anos. Quando o mais velho, Helder, tomou bomba na escola, foi alcançado pelo caçula, mais adiantado. Eles passaram juntos pelo ensino médio e estão entrando juntos na faculdade. “Helder passou na PUC e está tirando carteira, então daqui a pouco vai ter gasto com o carro e o combustível. Brandon está aguardando o resultado da UFMG e ainda não tem idade para dirigir. Se for estudar na Pampulha mesmo, vai ter a despesa com motorista e combustível pelo deslocamento, já que moramos no Retiro das Pedras.” Outras particularidades chegam a ser engraçadas. “Meus filhos têm 1,97m e 1,92m, então os gastos com alimentação são impressionantes, cerca de R$ 1,5 mil por mês com cada um.”

Em qualquer família, ter recursos financeiros para as eventualidades é importante, mas muitos dos gastos típicos dos 18 anos são esperados e podem ser planejados. “Independentemente do perfil da família em termos de investimentos, se é mais conservadora ou mais arrojada, com um planejamento é possível evitar preocupações com grandes alterações no orçamento”, garante Matheus Vinícius Souza Mattos, gerente de educação financeira do escritório Belvedere Partners, de Belo Horizonte.
Quando isso não for possível, Mattos afirma que é preciso rever o orçamento da família para aquele ano, sem tomar decisões sob a pressão da urgência. Por exemplo, a habilitação é importante, mas não é um gasto que tem que ser feito exclusivamente aos 18 anos, assim como um intercâmbio ou outra viagem de férias. “O importante é que os pais sejam transparentes em relação aos gastos com a família. Se o filho vai demandar uma renda extra naquele período, é preciso esclarecer o que é possível ser realizado e o que não é.” Além disso, vale lembrar sempre de negociar, fazer pesquisas, buscar o melhor preço e incentivar no jovem a independência e a educação financeira.

A supervisora pedagógica Márcia Olandim reconhece as particularidades do período vivido pelo filho Samuel, de 18 anos. Por isso, estabelece alguns parâmetros para lidar com as questões financeiras do jovem, que acabou de se formar no 3º ano e passou em direito na Faculdade Milton Campos. “Em vez de dar dinheiro, eu passo o cartão de crédito para ele e estipulo um teto para aquele fim de semana, normalmente de R$ 50. Faço isso por confiar nele e achar mais prático e mais seguro que sair com o dinheiro da mesada, por exemplo.” A flexibilidade só balança quando as escolhas do filho fogem do razoável. (CL)

Custo variável

A mensalidade de um mesmo curso superior pode variar até 213%, dependendo da instituição de ensino, de acordo com uma pesquisa em faculdades de Belo Horizonte realizada pelo Procon Assembleia. É o caso do curso de fisioterapia, encontrado por R$ 1.423 e por R$ 454,25. Já a menor variação é de 14% no curso de farmácia, em que a maior mensalidade é de R$ 1.237 e a menor, de R$ 1.087. O órgão pesquisou preços para o primeiro semestre relativos a mensalidades de 12 cursos. Foram consultadas 13 instituições de ensino superior de Belo Horizonte e as mensalidades referem-se ao primeiro período da graduação.

Fonte: Diario de Pernambuco

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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