Um dia após a grande chuva que caiu no Recife causando transtornos para a população, o prefeito Geraldo Julio se reuniu com secretários de diversas pastas para avaliar a situação da cidade e divulgar as ações feitas pela gestão. Foi, no entanto, cobrado por estar ausente no dia caótico de ontem, apesar de ter recebido um alerta da Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe) da previsão de fortes chuvas. O prefeito havia viajado para o Rio de Janeiro, em um encontro com empresários. Mas declara que “tudo poderia ter sido mais grave” se não fossem as ações já realizadas pela prefeitura.

O prefeito justificou que na hora em que embarcou a chuva que estava caindo não era a mesma que de horas depois. “Eu saí do Recife para uma viagem de trabalho, para conhecer um projeto de urbanização, o maior do Brasil, chamado Porto Maravilha que trata das questões de esgotamento sanitário, drenagem, mobilidade, qualifica a moradia, revitalização urbana. De questões que aconteceram ontem aqui. Essa viagem já estava marcada e a chuva caiu depois que eu saí daqui, mas a prefeitura atuou firmemente, colocamos nas ruas tudo o que estava dentro do planejamento”, argumentou Geraldo Julio.

O episódio da ausência do prefeito em um dia em que a cidade ficou intransitável e registrou 172 ocorrências, 47 deslizamentos e 123 pontos de alagamento lembrou um outro momento em que a população também viu o gestor for a da cidade. Foi em abril de 2011, quando o ex-prefeito João da Costa estava em uma viagem de férias em Madrid e teve que conviver por um logo período com críticas ao assunto.

O atual prefeito, como forma de demostrar comportamento diferente, contou que ao desembarcar no Recife ontem a noite, foi prestar solidariedade a uma família que foi relocada para um abrigo e ver uma ação de sucção no viaduto do Pina. Também destacou que a gestão está trabalhando de forma inovadora realizando a limpeza de 60 dos 66 canais e retirando 52 mil toneladas de lixo deles.

Geraldo Julio anunciou a criação de sete Ecoestações, que servirão para que a população leve o lixo geralmente jogado nos canais, como sofás e geladeiras velhas, para este espaço. A iniciativa será feita com recursos próprios do governo municipal e a previsão é que cada estação custe aos cofres públicos cerca de R$ 290 mil. O lançamento ocorrerá ainda neste mês e a implantação do primeiro deles, que será localizado em Campo Grande, deve ocorrer no início de junho.

“Nossa meta também é combater os 32 pontos de alagamento da cidade, dos quais 12 serão licitados até maio e quatro deles terá o edital lançado a próxima sexta-feira”, disse. Os primeiros serão na avenida Boa Viagem (em frente ao parque Dona Lindu), na avenida Norte (na entrada de Nova Descoberta), na avenida Recife (na entrada de San Martin), e rua Santos Araújo, localizado em Afogados. Os três primeiros pontos de alagamentos são corredores protocolados pela FIFA. Uma campanha educativa para que a população não jogue lixo nas ruas também está sendo desenvolvida e programada pela prefeitura no segundo semestre.

Fonte: Diario de Pernambuco

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)