Vários deputados e senadores utilizaram as tribunas da Câmara e do Senado nesta sexta-feira, 6, para lamentar a morte do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, nesta quinta-feira, 5, em Pretória, aos 95 anos, por causa de problemas respiratórios. Lamentos e também homenagens ao homem que foi o responsável pelo fim do regime de segregação racial, o apartheid, em seu país.

O deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE) salientou que Nelson Mandela manteve postura de estadista mesmo quando ficou na prisão durante 27 anos por causa de sua luta contra o apartheid.  “Mesmo preso injustamente durante quase 30 anos, teve um comportamento de estadista lá atrás das grades, naquela ilha”, discursou.

Torcida mundial

Gonzaga Patriota afirmou ainda que Mandela “era olhado, pelo mundo, que respeitava as decisões sul-africanas, mas que torcia pela sua liberdade. E ele foi realmente um estadista preso, como foi um estadista solto em vida e será estadista eternamente”.

O deputado fazia referência à eleição de Nelson Mandela à presidência da África do Sul. Em 1993, Mandela ganhou o prêmio Nobel da Paz e em 1994, aos 75 anos, foi eleito presidente de seu país.

A deputada Érika Kokay (PT-DF) disse, na tribuna, que “a luta de Mandela encheu o peito de todos aqueles que lutavam por uma sociedade justa e igualitária”.  Ela aproveitou para falar sobre a influência do líder sul-africano no Brasil, assegurando os movimentos populares por aqui foram influenciados por Mandela.

Influência no Brasil

“A luta de Mandela foi absorvida e alimentou os nossos movimentos aqui no Brasil, para a construção de uma sociedade em que coubessem todos, onde não houvesse dor em ser mulher, onde não houvesse dor em ser negro, onde nós pudéssemos definitivamente fazer o luto da escravidão, onde nós pudéssemos imortalizar Zumbi dos Palmares, que foi varrido durante tantos anos de nossos livros”, discursou Érika Kokay.

O deputado Edson Santos (PT-RJ), que foi ministro da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, destacou ainda a luta de Mandela pela realização da Copa do Mundo em seu país. “Nesse momento de dor, acho que é o momento também de nós aproveitarmos a experiência de Mandela, da sua vida, da sua luta, para fazermos com que o Brasil se orgulhe dos grandes eventos que a gente vai aqui realizar e que seja uma grande festa do povo brasileiro.”

“Temos ainda uma longa caminhada na construção de um país mais democrático, buscando nas pegadas de Nelson Mandela a construção de uma sociedade mais justa”, disse o deputado Augusto Carvalho (SDD-DF) ao relembrar a importância do ex-presidente da África do Sul na busca pelo diálogo entre todos os povos.

Com informações da Agência Política Real

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)