Governo avaliará situação dos reservatórios e do setor elétrico na quarta
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) vai se reunir na próxima quarta-feira (9) para a avaliar a situação energética do país. Presidida pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a reunião, marcada para as 14h30, já estava prevista no calendário aprovado em dezembro passado, de acordo com nota do ministério.
A reunião deve tratar do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas e outros temas, de acordo com a pasta. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), atualmente os reservatórios da Região Nordeste operam com 31,61% da capacidade, enquanto os da Região Norte com 41,24%. Para suprir a demanda de consumo, todas as termoelétricas estão em funcionamento.
De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste encontram-se no mais baixo nível para o mês de janeiro desde 2001, ano do último racionamento de energia elétrica no país. A capacidade armazenada atual nos lagos das usinas é 28,9%.
Segundo a Apine, o nível de estoque de água no Sudeste fechou 2012 apenas 0,8% acima da Curva de Aversão ao Risco (CAR) – que mostra a evolução dos níveis mínimos de armazenamento de energia de cada subsistema necessários para atender plena carga. No último dia de dezembro passado, a curva do subsistema do Nordeste estava 1,8% abaixo do limite.
Para o presidente do Conselho de Administração da Apine, Luiz Fernando Vianna, não há risco imediato de racionamento de energia no país, mas a atual situação exige a construção de usinas termelétricas (a carvão) no lugar de hidrelétricas. “O país não tem construído usinas com reservatórios de água capazes de atender à demanda de energia, o que diminui a flexibilidade de operação do sistema. Além de serem muito mais caras que as termelétricas, a construção de usinas hidrelétricas enfrenta dificuldades de licenciamento ambiental. Por isso, os últimos empreendimentos dessa natureza têm área alagada menor que as antigas hidrelétricas e operam com o chamado fio d’água, que passa pela turbina rapidamente e gera pouca energia”. As informações são da Agência Brasil.
Fonte: Gazzeta
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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