Grávida acusa hospital de negar a fazer parto
A ausência de médicos em hospitais da rede pública voltou a ser motivo de polêmica no Rio. Tatiane de Souza de Araújo, com 40 semanas de gravidez, acusa a equipe do hospital e maternidade Ronaldo Gazolla, em Acari, na Zona Norte da cidade, de se negar a interná-la e realizar o seu parto. O hospital, no entanto, contestou a versão de Tatiane.
A gestante contou que, ao procurar a maternidade nesta sexta-feira (04), foi orientada a retornar para casa porque o seu caso não foi considerado prioritário pela equipe médica, que estava desfalcada, segundo ela. Já o hospital, argumentou, por meio da assessoria de imprensa, que a grávida não estava em trabalho de parto e que, por isso, não havia motivo para que fosse realizada uma cirurgia cesariana, procedimento só adotado a partir da 41ª semana de gravidez.
A versão do hospital é a de que o caso da menina Adrielly dos Santos Vieira está sendo usado por alguns pacientes para forçar atendimento na rede pública, independentemente da avaliação médica sobre a necessidade do atendimento.
Adrielly, de 10 anos, será enterrada neste sábado (05), após ter sido atingida por uma bala perdida na porta de sua casa, em Pilares, na noite de Natal, e ter esperado por atendimento médico por oito horas no Hospital Municipal Salgado Filho, porque o neurocirurgião Adão Crespo Gonçalves, que deveria estar de plantão, faltou ao trabalho.
Segundo a assessoria da maternidade Ronaldo Gazzola, Tatiane teria se referido ao caso da menina e ameaçado procurar a imprensa caso não fosse internada para a cirurgia.
A repórteres, Tatiane afirmou que chegou à maternidade por volta das 16h de ontem, perdendo líquido amniótico e com fortes dores no abdômen. Sem atendimento, seguiu para o Hospital Federal de Bonsucesso, onde foi orientada a retornar ao Ronaldo Gazolla, onde realizou o seu pré-natal. Frustrada nas duas tentativas de internação, recorreu à 39ª. Delegacia de Polícia, na Pavuna, onde os policiais orientaram a grávida e o seu companheiro, o vigilante Izaías de Souza, a procurar o plantão judiciário para que conseguissem uma liminar.
Com o documento nas mãos, eles teriam retornado ao hospital em Acari. A maternidade nega, contudo, a existência da liminar e afirma que Tatiane não está internada e que também não está, nesta tarde, nas dependências do hospital. O hospital nega ainda que a equipe de atendimento esteja desfalcada. A reportagem não localizou processo em nome de Tatiane no site do Tribunal de Justiça do Rio.
Fonte: Agência Estado
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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