Greve de ônibus no Rio deixa 76 escolas municipais sem aula nesta sexta-feira
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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A Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro informou, nesta sexta-feira (1º), que 76 escolas da rede pública de ensino estão sem aula devido à greve de motoristas e cobradores na cidade. Ainda de acordo com a secretaria, seis unidades de ensino estão funcionando parcialmente, pois alguns alunos e professores não conseguiram chegar às escolas.
A professora Isaura Maria, que trabalha na Escola Municipal José Moreira da Silva, na Mangueira, na zona norte da cidade, disse que saiu de casa cedo para evitar atraso e, quando chegou à unidade, não teve aula.
— Ninguém me avisou que não haveria aula. Se a escola já sabia da greve desde ontem, no mínimo, deveria ter ligado para o meu celular. Gastei duas passagens, tempo e ainda perdi um dia de trabalho.
Ônibus apedrejados
Pelo menos 60 ônibus das empresas Pégasus e Jabour foram apedrejados enquanto deixaram as garagens das empresas para circular nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira. A agressão aconteceu porque grevistas tentaram impedir os coletivos de circular por causa da paralisação que afetou milhões de passageiros. Segundo a Rio Ônibus, pelo menos uma rodoviária ficou ferida
Já a empresa Jabour informou que seis rodoviários ficaram feridos por estilhaços. Os ônibus apedrejados alimentam o sistema BRT Transoeste, levando passageiros dos bairros da zona oeste para estações do corredor BRT.
A greve dos rodoviários que prejudicou os passageiros do Rio teve 95% de adesão, segundo o Sintraturb (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Município). Segundo Sebastião José, vice-presidente do sindicato, a mobilização mostrou união entre os rodoviários, mas demonstrou dificuldade no cumprimento da lei.
— Nós só conseguimos colocar 20% da frota programada nas ruas por volta das 8h30. Estamos preocupados porque até agora nenhum representante dos empresários nos procurou para negociar as nossas reivindicações. Se o cenário permanecer assim, a greve deverá permanecer por tempo indeterminado.
Está marcada para o meio-dia uma assembleia entre os rodoviários para avaliar a paralisação e decidir os rumos da greve.
A Rio Ônibus entrou na Justiça para que a legalidade da greve seja avaliada. O sindicato que representa as empresas de ônibus informou que considera a greve abusiva, já que não respeitou a quantidade mínima de ônibus nas ruas e não informou com antecedência sobre a paralisação.
A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Transportes, informou que os serviços de ônibus municipais da cidade do Rio de Janeiro foram prejudicados na manhã desta segunda-feira (1º) por causa de uma greve convocada pelo Sindicato dos Rodoviários, na noite da última quinta-feira (29).
De acordo com a secretaria, por volta das 8h50, o corredor Transoeste, que liga Santa Cruz à Barra da Tijuca, por meio do BRT, operava com 22 ônibus articulados de um total de 80. As linhas que operam em Santa Cruz e Campo Grande também estão com a frota reduzida. A Prefeitura informou que todas as estações do BRT estão abertas e que não foram registrados tumultos.
Ainda segundo a secretaria, a greve é parcial e há um aumento gradativo da frota nas ruas. A prefeitura informou ter determinado aos consórcios que coloquem imediatamente a frota programada nas ruas. Já a Rio Ônibus, que representa as empresas de ônibus, informou que entrou na Justiça para que seja decretada a ilegalidade da greve.
A greve
Os motoristas e cobradores de ônibus do Rio decidiram fazer uma paralisação de 24 horas que começou nesta sexta-feira. De acordo com o Sintraturb (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Município), a proposta de 8% de reajuste oferecida pela Rio Ônibus, que reúne os empresário do setor, foi negada durante assembleia realizada na noite de quinta-feira (28). Uma nova reunião entre a empresa e o Sintraturb deve acontecer às 10h de sexta-feira.
Para Sebastião José, vice-presidente do sindicato, o aumento de 8% deveria estar atrelado a outras reivindicações, como cesta básica, plano de saúde e jornada de trabalho e seis horas.
— Tentamos desde janeiro uma posição da Rio Ônibus e, agora, ela apresenta um reajuste de 8%. É claro que ele é bem vindo, mas deveria estar atrelado as outras propostas que colocamos na mesa de negociação como cesta básica de R$ 200 sem descontos, tíquete alimentação de R$ 15 por dia, plano de saúde gratuito para o rodoviário e três dependentes, fim do banco de horas extras, jornada de trabalho de seis horas e o término imediato da dupla função, onde o motorista faz também o papel de cobrador.
Fonte: R7
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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