Insatisfação geral com planos de saúde
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Inflação setorial alta, falta de médicos e profissionais de saúde insatisfeitos com o que ganham, empresas abandonando alguns modelos de negócios e clientes descontentes com a qualidade do serviço oferecido por um custo muito alto. No setor de saúde suplementar, parece que ninguém está satisfeito com o que tem.
Um dos últimos movimentos no segmento demonstra que o setor enfrenta uma avalanche de problemas. Só no último mês, três operadoras passaram a restringir ou extinguir as vendas de planos individuais (Camed, Golden Cross e Amil), seguindo o exemplo de Sulamérica e Bradesco Saúde.
Para o economista Eduardo Giannetti, que vai falar para as companhias do setor em congresso no mês que vem, em São Paulo, esse movimento é “uma grande anomalia desse mercado, que hoje é quase todo voltado para as empresas. Isso é um sinal evidente de que o desenho institucional e a rigidez do arcabouço dos planos impede que o setor possa florescer e atender com produtos específicos às necessidades e as demandas, desse grupo emergente que é a chamada nova classe média brasileira”.
Os analistas Pedro Zabeu e Daniel Utsch, da Fator Corretora, fazem um paralelo com a época da hiperinflação, dos anos 80.
“As empresas não querem mais vender pela regulação de preços. Nos anos 80, o governo congelou os preços para tentar segurar a inflação e o resultado disso foi o desabastecimento nos supermercados. Se o custo sobe e a empresa não consegue repor sua margem, ela deixa de repor as vendas”, salienta Zabeu, lembrando que os reajustes de preços dos planos individuais são 100% controlados pelo governo.
“Esses reajustes acontecem abaixo da inflação médica”. Para completar o cenário, os clientes estão usando mais os serviços desses profissionais.
“Por isso, a sinistralidade dos planos individuais sobe num nível que não compensa operar com esse nicho”, salientam os dois economistas.
A solução encontrada pelo mercado é oferecer os chamados grupos de afinidades, onde se junta o pessoal de associações profissionais, a exemplo da OAB.
Uma das principais do setor de administração e venda de planos, a Qualicorp, cresceu mais de 25% no primeiro trimestre desse ano só no segmento de afinidade, enquanto seus planos corporativos aumentaram em 6,8%.
Fonte: JC Online
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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