James Lovell, comandante da Apollo 13, completa 85 anos

“Houston, we’ve had a problem” (“Houston, nós tivemos um problema”, em português). Essa frase, proferida pelo comandante da Apollo 13, James Arthur Lovell, marcou o fracasso da missão, que não pousou na Lua, e deu vida ao filme homônimo, estrelado por Tom Hanks. Nesta segunda-feira, 25 de março, a frase seria outra: “Houston, we have a birthday”. É o aniversário de 85 anos de Lovell, casado, pai de quatro filhos, astronauta aposentado da Nasa e um dos heróis do programa espacial americano.

Rumo ao espaço 
Nascido em Cleveland, Ohio, em 25 de março de 1928, Lovell frequentou a Escola de Pilotos de Teste, em Patuxent River, Maryland, onde foi piloto de testes por quatro anos, durante sua carreira naval. Com mais de 7 mil horas de voo registradas, 3.500 só em aeronaves a jato, Lovell foi selecionado como astronauta pela Nasa em setembro de 1962.

Sua primeira viagem ao espaço foi como piloto da Gemini 7, em 1965, sendo o voo mais longo até então, com 330 horas e 35 minutos de duração, além de resultar o primeiro encontro espacial com outra nave tripulada, a Gemini 6A. Em 1966, fez seu segundo voo, como comandante da Gemini 12, juntamente com o piloto Edwin “Buzz” Aldrin, que seria o segundo homem a pisar na Lua. Em 1968, Lovell fez história com seus companheiros da Apollo 8, os primeiros humanos a orbitarem a Lua.

Rumo à fama 
Mas foi sua quarta missão, como comandante na nave espacial Apollo 13, que o tornou realmente famoso. Infelizmente, por um fracasso. Em 11 de abril de 1970, Lowell, Fred Haise e John Swigert partiram em direção à Lua, a fim de pousarem em uma região conhecida como Fra Mauro e se tornarem a terceira missão a levar seres humanos para o satélite natural. “O objetivo era continuar os estudos realizados pelas missões antecessoras, coletar mais amostras de solo, em particular da região Fra Mauro, colocar um pacote de experimentos nessa região e tirar fotos de possíveis locais para a descida de futuras missões”, explica o Dr. Antônio Bertachini de Almeida Prado, pesquisador do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE).

Os planos não saíram conforme o esperado. Durante os dois primeiros dias, tudo parecia bem. Após 55 horas e 46 minutos de voo, Lovell encerrava sua transmissão, na qual dizia: “Esta é a tripulação da Apollo 13 desejando a todos uma boa noite. Nós estamos prestes a encerrar a nossa inspeção no Aquarius (módulo lunar) e voltar para uma noite agradável na Odisseia. Boa noite.” Nove minutos depois, houve uma explosão no tanque de oxigênio. O abastecimento de eletricidade, luz e água do módulo de comando tinha sido perdido, e eles estavam a 200 mil quilômetros da Terra. Às 21h08min do dia 13 de abril, Lovell declarou: “Houston, we’ve had a problem here”.

Rumo à Terra 
Rui Barbosa, historiador espacial amador e diretor do Boletim Em Órbita, explica que um curto-circuito causou o problema. “O curto-circuito deu origem a um pequeno incêndio no tanque, fazendo aumentar a pressão no seu interior, causando a sua ruptura”, revela. Segundo Prado, o incêndio destruiu equipamentos importantes, além de ter esgotado boa parte do oxigênio disponível aos astronautas, fazendo com que fosse impossível continuar a missão. “A provável causa do incêndio foi a destruição de alguns pequenos elementos da ignição durante testes antes do voo”, afirma.

Dessa forma, a tripulação e os controladores de Houston trabalharam para refazer os cálculos e possibilitar o retorno da Apollo 13 à Terra. Como o acidente ocorreu ainda no início da missão, existia uma chance de trazer os astronautas com vida, desde que eles saíssem do módulo de comando Odissey e usassem o módulo lunar Aquarius como “bote salva-vidas”. E foi o que eles fizeram, racionando eletricidade e água, cujo suplemento diário passou a ser menor do que um copo por pessoa. “Com o acidente a caminho da Lua, o mundo acompanhou o resgate dos três homens diretamente pela televisão, ao longo de vários dias”, relembra Barbosa.

Em 1968, Lovell fez história com seus companheiros da Apollo 8, os primeiros humanos a orbitarem a Lua Foto: Getty Images
Em 1968, Lovell fez história com seus companheiros da Apollo 8, os primeiros humanos a orbitarem a Lua
Foto: Getty Images

No dia 17 de abril, a tripulação retornou à Odissey, que era reforçada para aguentar a reentrada na atmosfera, e caiu no Oceano Pacífico, onde os astronautas foram resgatados. Lovell havia perdido cerca de 6kg e todos estavam cansados, famintos e desidratados. Depois dessa missão, Lovell tornou-se o recordista de tempo no espaço, 715 horas. Ainda hoje, é o único astronauta a ter viajado à Lua duas vezes sem, de fato, pousar em sua superfície.

Rumo ao cinema 
A liderança de Lovell durante o acidente e a célebre frase tiveram grande repercussão e o transformaram em herói. O filme de Hollywood sobre a missão, estrelado por Tom Hanks, foi baseado no livro do próprio astronauta, Lua perdida. “A missão era a terceira a levar seres humanos até a Lua. O impacto dessa grande conquista ainda estava na mente das pessoas, e uma falha que quase matou os astronautas foi uma noticia de grande repercussão”, pontua o pesquisador do Inpe.

Mas a Apollo 13 foi considerada um “fracasso bem sucedido”, de acordo com a própria agência espacial americana. “Os especialistas da Nasa foram capazes de salvar os três astronautas através do famoso mote ‘failure is not an option’ (‘O fracasso não é uma opção’, em português), dito pelo diretor de voo Gene Kranz”, reforça Barbosa.

Apesar de conduzir os astronautas a salvo de volta à Terra, a agência teve sua reputação arranhada. “A Nasa teve tantos grandes sucessos, que falhas como essas deveriam ser compreensíveis. Mesmo assim, essas falhas servem de argumento para reduzir o orçamento da Nasa. O cancelamento da Apollo já estava decidido antes do acidente, mas duas missões foram canceladas (Apollos 18 e 19) depois dele”, ressalta Prado.

As lições foram aprendidas, segundo Prado: “As correções nos sistemas que falharam e os estudos desse acidente ajudaram a tornar mais seguras as missões seguintes”. Tudo para que problemas assim, Houston, não se repitam.

Fonte: Terra

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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