Kátia Rabello e Simone Vasconcellos estão presas na PF, diz advogado

A ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabello e a ex-funcionária da agência SMP&B Simone Vasconcellos passaram a primeira noite de cárcere em Brasília na superintendência local da Polícia Federal (PF), informou ao G1 o criminalista Leonardo Yarochewsky, responsável pela defesa de Simone. Segundo o advogado, as duas únicas mulheres condenadas no processo do mensalão estão temporariamente em celas da sede regional da PF.

A carceragem da superintendência, disse ao G1 a assessoria da PF, possui apenas duas celas de passagem, dividas entre si por uma parede. Cada espaço tem dois beliches, um buraco sanitário e um cano de chuveiro com água fria. Conforme o defensor de Simone, como a carceragem estava vazia, as duas condenadas do mensalão puderam passar a noite sozinhas na duas celas.

Kátia e Simone desembarcaram na capital federal por volta das 17h45 deste sábado (16), depois de terem sido apanhadas em Belo Horizonte (MG) por um avião da PF. A aeronave havia partido do Distrito Federal no final da manhã para buscar os presos do mensalão que haviam se entregado na véspera nas superintendências paulista e mineira da corporação.

Antes de se deslocar para a capital de Minas, o avião fez uma primeira escala em São Paulo para recolher o ex-ministro José Dirceu e o deputado licenciado José Genoino. Em Belo Horizonte, além das duas mulheres, embarcaram na aeronave outros cinco condenados, entre eles o operador do mensalão, Marcos Valério.

Ao deixarem o hangar da PF no aeroporto do Distrito Federal, os réus foram levados em um microônibus branco e com vidros escuros ao Complexo Penitenciário da Papuda, localizado a 24 quilômetros da área residencial de Brasília, segundo a assessoria da corporação. No presídio, os nove homens ficaram alojados na área de custódia federal, um pavilhão administrado pela PF que abriga detentos sob a responsabilidade da corporação.

De acordo com o advogado de Simone Vasconcellos, a cliente dele e a ex-presidente do Banco Rural foram transferidas para a superintendência da PF porque não há uma ala feminina na Papuda. Elas também não puderam ser levadas diretamente para o Presídio Feminino do Gama, cidade próxima a Brasília, porque sua custódia ainda não foi transferida para a Vara de Execução Penal do Distrito Federal. A previsão, disse o defensor, é de que elas sejam levadas para o presídio feminino nesta segunda-feira (18).

Os 11 condenados irão permanecer em Brasilia até que o juiz da Vara de Execuções Penais decida onde cada um cumprirá a pena. A maioria pretende ficar em estabelecimentos penais próximos de onde mora – José Dirceu, por exemplo, já pediu para cumprir a prisão em São Paulo.

Presos em Brasília
Além dos nove presos transferidos de São Paulo e Belo Horizonte, outros dois condenados se apresentaram à Polícia Federal, em Brasília: o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-tesoureiro do extinto PL (atual PR) Jacinto Lamas.

Jacinto se entregou na superintendência da PF na noite de sexta, acompanhado por seu advogado. Ele passou a madrugada de sábado sozinho em uma das duas celas de passagem da carceragem.

No final da manhã deste sábado foi a vez de o ex-tesoureiro do PT se apresentar à polícia. Ele se entregou aos agentes federais na sede nacional da corporação, porém, poucas horas mais tarde foi levado para a superintendência do DF. Ao chegar ao local, tentou evitar a imprensa se escondendo sob um terno cinza.

À noite, Delúbio e Lamas foram conduzidos pelos policiais federais para o presídio da Papuda, onde se juntaram aos demais detentos homens que haviam sido trazidos das capitais paulista e mineira.

Dos 12 réus que tiveram mandados de prisão decretados, apenas um não se entregou: o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que, segundo o advogado, fugiu para a Itália. O ex-dirigente do banco público tem cidadania brasileira e italiana. Considerado foragido pela PF, Pizzolato divulgou nota justificando sua saída do país.

Penas
Veja abaixo as penas dos 12 condenados do mensalão que tiveram a prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal:

José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil
– Pena total: 10 anos e 10 meses
– Crimes: formação de quadrilha (2 anos e 11 meses) e corrupção ativa (7 anos e 11 meses)
– Situação: ingressou com embargos infringentes para questionar a condenação pelo crime de formação de quadrilha. Se excluído esse crime, a pena diminui para 7 anos e 11 meses. Enquanto o recurso não for julgado, cumpre a pena em regime semiaberto.

José Genoino, deputado federal licenciado (PT-SP)
– Pena total: 6 anos e 11 meses
– Crimes: formação de quadrilha (2 anos e 3 meses) e corrupção ativa (4 anos e 8 meses)
– Situação: a pena original já permite o cumprimento da prisão em regime semiaberto. Mas tem embargos infringentes para serem julgados em relação ao crime de formação de quadrilha. Se o recurso for aceito, a pena diminui para 4 anos e 8 meses.

Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT
– Pena total: 8 anos e 11 meses
– Crimes: formação de quadrilha (2 anos e 3 meses) e corrupção ativa (6 anos e 8 meses)
– Situação: questionou por meio de embargos infringentes a condenação por formação de quadrilha. Excluído esse crime, a pena diminui para 6 anos e 8 meses, e o regime de prisão passa de fechado para semiaberto.

Marcos Valério, apontado como “operador” do esquema do mensalão
– Pena total: 40 anos, 4 meses e 6 dias
– Crimes: formação de quadrilha (2 anos e 11 meses), corrupção ativa (15 anos, 1 mês e 10 dias), peculato (10 anos, 3 meses e 6 dias), lavagem de dinheiro (6 anos, 2 meses e 20 dias) e evasão de divisas (5 anos e 10 meses)
– Situação: cumprimento da pena em regime fechado. Ingressou com embargos infringentes em relação ao crime de formação de quadrilha. Excluído esse crime, a pena diminuirá para 37 anos e 5 meses e 6 dias.

José Roberto Salgado, ex-dirigente do Banco Rural
– Pena total: 16 anos e 8 meses
– Crimes: formação de quadrilha (2 anos e 3 meses), lavagem de dinheiro (5 anos e 10 meses), gestão fraudulenta (4 anos) e evasão de divisas (4 anos e 7 meses)
– Situação: apresentou embargos infringentes para questionar todas as condenações, mas mesmo assim teve mandado de prisão emitido. Se começar a cumprir pena por todas as condenações, vai ficar no regime fechado.

Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural
– Pena total: 16 anos e 8 meses
– Crimes: formação de quadrilha (2 anos e 3 meses), lavagem de dinheiro (5 anos e 10 meses), gestão fraudulenta (4 anos) e evasão de divisas (4 anos e 7 meses)
– Situação: cumprimento de pena em regime fechado. Ingressou com embargos infringentes para questionar a condenação por crime de formação de quadrilha. Excluído esse crime, a pena diminui para 14 anos e 5 meses.

Cristiano Paz, ex-sócio de Marcos Valério
– Pena total: 25 anos, 11 meses e 20 dias
– Crimes: formação de quadrilha (2 anos e 3 meses), corrupção ativa (11 anos), peculato (6 anos, 10 meses e 20 dias) e lavagem de dinheiro (5 anos e 10 meses)
–  Situação: ingressou com embargos infringentes para questionar a condenação por formação de quadrilha, mas mesmo se obtiver êxito o cumprimento da pena será em regime fechado.

Ramon Hollerbach, ex-sócio de Marcos Valério
– Pena total: 29 anos, 7 meses e 20 dias
– Crimes: formação de quadrilha (2 anos e 3 meses), corrupção ativa (11 anos), peculato (6 anos, 10 meses e 20 dias), lavagem de dinheiro (5 anos e 10 meses) e evasão de divisas (3 anos e 8 meses)
– Situação: apresentou embargos infringentes para  os crimes, mas mesmo assim teve mandado de prisão emitido. Se for cumprir pena por todas as condenações, vai ficar no  regime fechado.

Simone Vasconcelos, ex-funcionária de Marcos Valério
– Pena total: 12 anos, 7 meses e 20 dias
– Crimes: formação de quadrilha (1 ano e 8 meses; pena prescrita), corrupção ativa (4 anos e 2 meses), lavagem de dinheiro (5 anos) e evasão de divisas (3 anos, 5 meses e 20 dias)
– Situação: apresentou embargos infringentes para questionar as condenações por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Excluídos esses crimes, a pena diminuiria para 4 anos e 2 meses, e o regime de prisão passaria para semiaberto.

Romeu Queiroz, ex-deputado pelo PTB
– Pena total: 6 anos e 6 meses
– Crimes: corrupção passiva (2 anos e 6 meses) e lavagem de dinheiro (4 anos)
– Situação: cumprimento de pena em regime semiaberto. Não apresentou embargos infringentes.

Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do extinto PL (atual PR)
– Pena total: 5 anos
– Crimes: corrupção passiva (1 ano e 3 meses; pena prescrita) e lavagem de dinheiro (5 anos)
– Situação: cumprimento de pena em regime semiaberto. Não apresentou embargos infringentes.

Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil
– Pena total: 12 anos e 7 meses
– Crimes: formação de quadrilha (3 anos e 9 meses), peculato (5 anos e 10 meses) e lavagem de dinheiro (3 anos)
– Situação: cumprimento de pena em regime fechado. Não tem embargos infringentes pendentes.

Fonte:G1

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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