Mão de milho a R$ 40 na feira
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Os efeitos da seca já refletem no preço do milho, um dos principais protagonistas do São João do Nordeste. Nos mercados, a chamada “mão do milho”, equivalente a 50 espigas, está sendo vendida entre R$ 35 e R$ 40 na primeira semana de junho. No ano passado, nesse mesmo período, o produto era comercializado de R$ 28 a R$ 30, dizem os feirantes. A expectativa é que o preço chegue até os R$ 50 na semana junina, período de maior venda.
O impacto nos preços deve-se à queda da produção do milho de sequeiro – que depende da chuva. Hoje, todo o milho comercializado nos mercados é proveniente da agricultura irrigada, que tem maior custo, explica o diretor técnico do Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa-PE), Paulo de Tarso. “Praticamente todo o milho deste ano será irrigado, tudo que está sendo vendido, porque o índice de chuvas foi muito baixo este ano. Apesar dos custos mais altos, a qualidade é melhor”, considera.
Com preços 30% mais caros, o consumidor paga mais caro pela mão do milho. Na Feira de Beberibe, o milho já está sendo comercializado por R$ 40. No Mercado de Casa Amarela, a mão do milho custa entre R$ 35 e R$ 40. O comerciante Arnaldo José da Silva conta que o preço já impactou a margem de lucro.
“Estou vendendo a mão por R$ 35, enquanto que ano passado eu vendia entre R$ 28 e R$ 30. O milho está caríssimo na Ceasa-PE, encontrado por até R$ 28. Tivemos que aumentar o preço de venda e mesmo assim a margem de lucro numa mão fica entre R$ 5 e R$ 7, quando no ano passado nesse mesmo período a gente tirava até R$ 10”, conta o feirante.
Arnaldo conta que entre o final de maio e início de junho a procura por milho ainda é tímida pelos consumidores. “Mas este ano as vendas estão ainda mais baixas. Nessa época do ano passado, vendia umas 90 mãos de milho entre quinta-feira e sábado. Este ano, vendo umas 40 mãos.”
A expectativa do vendedor é que o movimento da semana junina compense as vendas baixas. “Atendo em média uns 25 clientes, mas esse número deve chegar a 120 pessoas na semana junina.”
O milho mais caro também encarece as comidas tradicionais dessa época do ano. O consumidor Eyssimberg dos Santos compra milho diariamente para produzir pamonha, canjica, bolo e vender o próprio milho assado e cozido. “Não compro menos, mas tive que aumentar o preço das comidas. A fatia do bolo passou dos R$ 1,50 do ano passado para R$ 2,50 este ano”, conta.
Pernambuco representa cerca de 65% da produção, mas deve chegar a 80% entre os dias 16 e 24, dias de maior consumo. A produção pernambucana vem das cidades de Ibimirim, Vitória de Santo Antão, Chã Grande, Passira, Limoeiro, Pombos, Bonito e Gravatá. Como acontece todos os anos, o restante da produção é trazida de outros Estados nordestinos. “Até agora, em torno de 7% do milho que distribuímos vem do Ceará, 25% do Rio Grande do Norte e o restante da Paraíba”, diz o diretor técnico da Ceasa-PE.
O milho mais caro e a queda da produção de sequeiro deve representar vendas um pouco mais modestas para a Ceasa-PE este ano. Este ano, a central de distribuição deve comercializar entre 8 e 9 milhões de espigas no período de 16 a 24 de junho, quando no ano passado as vendas chegaram a 9,5 milhões.
Fonte: JC Online
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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