Os usuários do metrô do Recife vão continuar sendo penalizados pelo ataque de fúria de um grupo de pessoas que destruiu a estação Coqueiral e danificou dois trens na última segunda-feira. A bilheteria da estação, um dos alvos dos passageiros que se irritaram devido a um atraso de 20 minutos em uma viagem, só deve ser reaberta na sexta-feira. Um dos trens depredados voltará a circular em 15 dias, mas o segundo só tem retorno previsto para daqui a dois meses. Além dos transtornos causados pelo quebra-quebra, os passageiros também vão enfrentar um dia sem serviço também na sexta-feira, como consequência direta dos atos de vandalismo. Reunidos em assembleia na Estação Central ontem à noite, os metroviários decidiram cruzar os braços da 0h da sexta-feira à 0h do sábado. A parada será um protesto contra a CBTU. Segundo os trabalhadores, a falta de manutenção nos trens tem ocasionado os atrasos que revoltaram a população.

Os prejuízos causados pelo quebra-quebra foram calculados em R$ 600 mil. Para tentar impedir que ações semelhantes aconteçam, o Metrorec anunciou que enviará um ofício para a PM solicitando a presença de policiais nas estações do metrô. O delegado Pablo de Carvalho já adiantou que as imagens dos circuitos internos serão enviadas para o Instituto de Criminalística (IC) para que sejam melhoradas e as pessoas identificadas e punidas. “Vamos tentar apontar as pessoas que depredaram os trens e os outros objetos, além dos que roubaram ou furtaram coisas da estação”, ressaltou o delegado.

Em entrevista coletiva ontem à tarde, na sede do Metrorec, funcionários informaram que, na segunda-feira, 40,7 mil usuários foram prejudicados pelos distúrbios causados por um pequeno grupo de homens que, além de quebrar janelas de trens, a bilheteria e as catracas, destruiu placas de sinalização, extintores de incêndio, portões de acesso e lixeiras.

Enquanto a área de embarque do andar térreo estiver em reforma, os usuários devem comprar o bilhete no outro lado da estação e utilizar a passarela externa para se locomover até o embarque no primeiro andar. O Metrorec informou que vai oferecer iluminação e solicitar o reforço no policiamento também na passarela da estação Coqueiral, onde teriam acontecido assaltos recentes.

Cobrança
O presidente do Sindicato dos Metroviários, Diogo Morais, disse que a categoria está trabalhando assustada com a violência e revoltada com a pouca quantidade de servidores. “A falta de segurança está assustando os usuários e os funcionários do metrô. Além disso, o número de usuários aumentou quase 100% em um ano e o quadro de servidores permanece o mesmo”, revelou Morais.

Policiamento em falta

“Uso o metrô quase todos os dias e acho que o problema da falta de segurança também é muito grande. Precisa ter mais policiamento. Além disso, os trens estão andando muito lotados. Antigamente, os intervalos entre as viagens eram de cinco minutos e agora a gente espera 15 minutos. No entanto, também não sou a favor do vandalismo que fizeram ontem na estação”
– Denise Melo, 61 anos, telefonista

Superlotação todos os dias

“Moro em Camaragibe e trabalho em Jaboatão Centro. Pego o metrô muito cedo e sempre enfrento problemas de superlotação nos horários de pico. Até mesmo quando estou trabalhando em outro horário mais tarde, os vagões sempre estão cheios. Como saindo de Camaragibe só há duas opções de ônibus, o metrô acaba sendo a única forma de chegar mais rápido”
– João Paulinho da Silva, 39 anos, eletricista

Fonte: Diario de PE

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)