Museus usam tecnologia para oferecer experiência interativa
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Muitos museus ao redor do mundo têm explorado a tecnologia para deixar a experiência dos visitantes mais rica e interativa. No Recife, essa é uma das propostas do aguardado museu Cais do Sertão Luiz Gonzaga, que será inaugurado no próximo dia 13 de dezembro no lugar do antigo Armazém 10 do Porto do Recife e já começou a ganhar conteúdo. Pelo resto do Brasil, é possível encontrar exemplos semelhantes, como é o caso do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, do Museu da Gente Sergipana, em Aracaju, e da exposição permanente no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte. Saiba mais sobre esses destinos conferindo o panorama que o MundoBit preparou.
O Cais do Sertão Luiz Gonzaga, que abrirá as portas em dezembro no Bairro do Recife, tem o objetivo de aliar tradição e vanguarda em um mesmo espaço, propondo uma interação com as obras, em vez da simples contemplação.
Uma das atrações do novo museu, parte do Território do Cantar, ilustra bem a proposta: dois corredores com telões colocarão o visitante diante de músicos em tamanho natural, em projeções que simulam sua presença ali. Enquanto um canta, os outros personagens observam. Os vídeos serão exibidos em looping. Outro exemplo é o Túnel do Capeta, no Território do Crer, um corredor
com efeitos como um trem-fantasma moderno. A instalação da Feira Sertaneja recria de maneira inovadora a experiência de atravessar uma feira com cores, sabores e aromas, por meio de diversos monitores.
Também será possível cantar músicas de Luiz Gonzaga em um karaokê sertanejo, gravando o resultado em um arquivo mp3. Outra opção será samplear trechos de canções do rei do baião, podendo também salvar a versão final e exportar o arquivo. E na instalação Ir e Vir, os visitantes podem tocar uma tela touch screen que exibe rostos de pessoas que saíram do sertão em busca de outros mundos. Ao escolher um retrato, a imagem é ampliada, dando início à gravação de um depoimento real.
A pernambucana Isa Grinspum Ferraz, responsável pela curadoria e direção de criação do museu Cais do Sertão, também trabalhou na concepção do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. Os idealizadores do museu, que abriu as portas em 2006, partiram da ideia de que o acervo do lugar, nosso idioma, é um patrimônio imaterial, pelo que não pode ser guardado em uma redoma de vidro para exposição.
Foto: Divulgação
Por isso, o espaço conta com soluções tecnológicas como a Grande Galeria, uma tela de 106 m de extensão com projeções simultâneas de filmes que mostram a língua portuguesa no cotidiano e na história de seus usuários, e a Linha do Tempo, uma linha com recursos interativos onde o visitante poderá conhecer melhor a história da língua.
Foto: Divulgação
Também é possível interagir com o Mapa dos Falares, escolhendo uma localidade e apreciar ouvindo depoimentos de várias pessoas. Outro recurso interessante é a Praça da Língua, uma espécie de “planetário da língua” composto por imagens projetadas e áudio.
Atualmente, os visitantes também podem conferir a exposição temporária “CAZUZA mostra sua cara”, mergulhando na mente do cantor e compositor em uma sala repleta de projeções coloridas feitas de LEDs, ruídos, músicas e trechos de depoimentos do artista. A exposição vai até o dia 23 de fevereiro de 2014.
Esse museu multimídia voltado para a preservação do passado do Sergipe foi inaugurado em novembro de 2011. A concepção artística é assinada por Marcello Dantas, também envolvido no projeto do Museu da Língua Portuguesa. No espaço, vários recursos multimídia são usados como instrumentos sensoriais para transmitir ao público vários valores culturais do Estado. Assim como nos exemplos anteriores, a ideia é criar um encontro entre a tradição e as novas linguagens, preservando a memória e o patrimônio de uma forma atrativa.
É possível interagir com feirante virtual. Foto: Divulgação
Entre outros espaços, destacam-se uma instalação interativa que apresenta um feirante virtual típico das feiras de Sergipe, com o qual é possível interagir através de perguntas. Outra parte interessante, que lembra um dos recursos usados no Museu da Língua Portuguesa, é o Mapa da Gente, uma instalação onde é possível ouvir depoimentos de moradores de cada microrregião do Estado e perceber as diferenças de sotaque e expressões usadas por cada um.
Túnel traz projeções de ecossistemas sergipanos. Foto: Divulgação
Um túnel com projeção em 360º apresenta aos visitantes a fauna e a flora de Sergipe, sob a forma de uma imersão virtual nos ecossistemas locais. Em outro espaço, uma mesa interativa dá ao visitante a chance de combinar ingredientes para preparar os principais pratos da culinária sergipana. E em um estúdio de gravação de repentes, você pode criar o seu e publicar o resultado no YouTube na mesma hora.
O mesmo Marcello Dantas mencionado acima idealizou o projeto museográfico que transformou o Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, em um museu interativo. Inaugurado em 1897, o Palácio foi a sede do governo de Minas até 2010. A exposição permanente “Palácio da Liberdade: Memórias e Histórias” reconta, com a ajuda da tecnologia, momentos marcantes da política mineira.
Palácio da Liberdade foi transformado em museu este ano. Foto: Divulgação
Com o objetivo de contar a história do lugar e do Estado sem ocupar nenhum espaço físico, a equipe envolvida no projeto, que foi inaugurado este ano, resolveu fazer com que a história aparecesse nos móveis, salas e paredes em trinta cômodos do palácio. Assim, os antigos líderes aparecem em projeções de imagens e áudio ativadas por sensores em mesas, quadros, estantes e guarda-roupas.
É possível ouvir, no telefone do gabinete, a dramatização de uma conversa entre o então governador de Minas Gerais Juscelino Kubitschek e o arquiteto Oscar Niemeyer. Em uma animação na porta do guarda-roupa, os visitantes presenciam uma conversa do governador Magalhães Pinto decidindo o apoio ao golpe militar.
Fonte: NE10
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)










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