Novas tecnologias ajudam no combate ao crime em Pernambuco
As investigações para a elucidação dos crimes em Pernambuco entraram em nova fase. Investimentos em aparelhos da mais avançada tecnologia e a capacitação dos 142 peritos estão trazendo mais precisão aos resultados de laudos e diminuindo a possibilidade de erros ou dúvidas, que podiam servir até mesmo para inocentar criminosos. O que antes só era visto em séries policiais norte-americanas, como CSI ou Criminal minds, virou realidade no estado.
Para se ter uma ideia, qualquer tipo de droga pode ser identificada em apenas 12 segundos com o uso do aparelho conhecido como espectrômetro infravermelho médio. Antes, o reconhecimento era realizado por meio de inúmeras reações químicas. O resultado, que demorava horas ou até dias, ainda podia ser alvo de questionamentos, visto que não é 100% infalível.
O gestor do Instituto de Criminalística, Luiz Carlos Soares, avalia que a mudança gradual na forma como são feitas as perícias está contribuindo também para a conclusão mais rápida dos inquéritos policiais. “Era preciso se modernizar, pois tínhamos uma defasagem grande. Agora contamos com alguns dos melhores aparelhos que são usados fora do país”.
Está em fase de produção também o projeto arquitetônico para a construção do Complexo de Polícia Científica de Pernambuco, que vai abrigar os institutos de Criminalística, Medicina Legal e de Identificação Tavares Buril. A sede será em Santo Amaro, no Recife. Em novembro passado, outro passo importante foi dado com a inauguração do laboratório para exames de DNA, provisoriamente instalado em Prazeres, Jaboatão dos Guararapes.
DNA em Pernambuco
Até poucos meses atrás materiais genéticos de vítimas de homicídio ou de crimes sexuais eram enviados para laboratórios de outros estados brasileiros e levava semanas para ter o resultado divulgado. Finalmente, Pernambuco começou a produzir os próprios testes em local provisório, diminuindo o tempo de espera dos laudos. A previsão é de que a sede definitiva, no mesmo espaço onde fica a Secretaria de Defesa Social, no Recife, fique pronta em novembro deste ano.
Cada etapa do processo para a identificação humana acontece numa sala diferenciada por cores – uma forma encontrada para evitar contaminação. Todos os 11 ambientes apresentam aparelhos de última geração, importados e bem refrigerados. “Estamos bastante estruturados´, mas há uma demanda grande de perícias que exigem a realização de exames de DNA, por isso o prazo estipulado, de até dez dias, é difícil ser cumprido”, disse a gestora do laboratório, Sandra Santos.
Quatro peritos criminais trabalham em uma média de 20 casos diários. A primeira etapa, a extração de material genético para análise, por exemplo, é um processo que pode demorar poucos minutos ou até dias. Isso vai depender do tempo em que o corpo está em decomposição e do tipo de amostra (fios de cabelo, ossos, gotas de sangue), o que requer mais testes. Apesar dos inúmeros recursos, há casos em que não se consegue extrair o mínimo necessário para que o exame seja realizado – o que culmina em prejuízos ao inquérito policial.
Fonte: Diario de PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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