Operação prende suspeitos de aplicar golpes bancários em 4 estados
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Por volta das 6h30, policiais da 54ª DP (Belford Roxo) — que coordena a ação —, prenderam Rogério Manso Moreira, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo o delegado Felipe Curi, Rogério, que é ex-candidato a vereador e a deputado federal, agia como lobista com o primo, o irmão e o tio – todos também presos-, para arrecadar dinheiro. De acordo com a polícia, o grupo é responsável por 554 casos de estelionato.
Entenda o golpe |
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A quadrilha convencia pequenos empresários a aumentar o capital social da empresa para poder entrar em licitações que eles seriam os vencedores;
Empresários contraíam empréstimos para aumentar o capital social, ficavam endividados; A quadrilha aconselhava os empresários a abrir uma nova firma e adquiria a empresa endividada, que era colocada em nome de “laranjas”; A quadrilha usava o CNPJ das empresas para contrair novos e maiores empréstimos, que eram usados para aumentar o capital social de outras empresas falidas adquiridas pelo grupo e assim formar uma espécie de pirâmide de empréstimos. |
“É uma quadrilha que age, principalmente na Baixada Fluminense, mas tem tentáculos em outros estados também. É uma quadrilha especializada em golpes bancários milionários, uma das maiores do país. Em dois anos, eles movimentaram quase R$ 40 milhões, adquiriram 82 caminhões que eram usados para lavar dinheiro e usavam ainda empresas de fachada para praticar o crime”, explicou Curi.
De acordo com o delegado, os integrantes da quadrilha faziam a proposta para que pequenas empresas fizessem um trabalho para a prefeitura. No entanto, em troca, esses microempresários tinham que aumentar o capital da mesma. Para que isso acontecesse, eles faziam grandes empréstimos nas instituições financeiras.
“Quando este empresário percebia que não tinha condições de arcar com o custo, os lobistas transferiam a empresa para algum laranja, que também pertencia à quadrilha. E aí era feita uma pirâmide de empréstimo com outras várias empresas”, acrescentou. Ainda de acordo com o delegado, entres os presos está um assessor da prefeitura, identificado como Rogério Ramos. Os criminosos agiam principalmente nos municípios de São João de Meriti, Duque de Caxias, Belford Roxo, Queimados e Nova Iguaçu, na Baixada.
Caminhões adquiridos
O delegado explicou ainda que os empréstimos variavam de R$ 1 mihão a R$ 3 milhões e, com isso, a quadrilha adquiriu 82 caminhões, que estão espelhados pelo país e foram comprados com a finalidade de lavar o dinheiro.
“Eles colocaram em empresas de fachada e esses caminhões que dão uma renda para eles. Cada caminhão pode ser alugado por até R$ 5 mil por mês”, concluiu.
A megaoperação conta com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da 56ª DP (Comendador Soares), 64ª DP (São João de Meriti), 51ª DP (Paracambi) e 50ª DP (Itaguaí).
Sigilo bancário e fiscal
Ainda segundo o delegado, a polícia quebrou o sigilo bancário de 35 empresas e 173 contas correntes foram analisadas. Além disso, houve 36 contas interceptadas e 70 mil registros entre ligações e mensagens vasculhados.
O empréstimo variava de R$ 50 mil a R$ 200 mil. “Eles precisavam de empresas com CNPJ antigos para dar continuidade aos empréstimos e quando essas empresas não conseguiam arcar com o valor pego no banco, eles colocavam um laranja deles como sócio dessas empresas. Esses laranjas na maioria das vezes eram pessoas analfabetas”, relatou.
O delegado disse ainda que com este esquema, empresas que tinham o capital inicial de R$ 20 mil passavam a ter R$ 5,7 milhões.
Lavagem de dinheiro
O arrendamento dos caminhões a R$ 5 mil por mês, além de render lucro à quadrilha também permitia ao grupo fazer a lavagem do dinheiro dos empréstimos. Uma das empresas da quadrilha estava reformando uma escola – que na verdade é o Instituto Marcos Richardson, falido e de propriedade da família do lobista Rogério Manso Moreira – e recebia depósitos da Prefeitura de Belford Roxo para as obras que não eram realizadas.
E tinha ainda uma ONG de administração de hospitais públicos na Bahia, que recebia dinheiro para prestar serviços terceirizados como, segurança, limpeza e aluguel de equipamentos, para unidades de saúde pública de Ilhéus e Itagimirim. Mas os serviços nunca eram prestados, segundo o delegado Curi.
“Eles tentaram trazer o esquema desta ONG para o Rio. Tentaram pegar o Hospital Santa Cruz, em Niterói (Região Metropolitana), que está praticamente desativado. Mas a fraude foi descoberta e o negócio não foi concretizado”, disse o delegado.
A investigação sobre a quadrilha durou sete meses e os presos responderão por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e 554 estelionatos. Curi destacou que o grupo foi descoberto depois que a polícia começou a investigar o lobista Rogério Manso Moreira por estelionato. O pai, o tio e o primo de Rogério já respondem por outras anotações criminais por estelionato.
Fonte:G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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