O fenômeno da Internet é, sem dúvida, algo de muito positivo, uma vez que nos abre as portas da informação global, coisa que não sonharíamos há alguns anos. Poder ler a maioria dos jornais do mundo tocando apenas em algumas teclas; ter acesso a um sem número de enciclopédias; ou simplesmente ver que filmes estão no cinema, são uma parte ínfima da vastidão de temas e materiais que se podem conseguir na Net.

Até recentemente, no Brasil, o acesso à Internet era coisa de gente graúda, isto é: restrito a professores, estudantes; funcionários de universidades e instituições de pesquisa, dentre outros poucos “privilegiados”. Depois, instituições governamentais e privadas também obtiveram acesso, devido a colaborações acadêmicas e atividades não comerciais. A partir de 1995, surgiu a oportunidade para que usuários fora das instituições acadêmicas também obtivessem acesso à Internet e que a iniciativa privada viesse a fornecer esse serviço.

O acesso à internet no Brasil chegou a 83,4 milhões de pessoas no segundo trimestre deste ano, de acordo com dados do Ibope Nielsen Online. O número é 7% maior que o registrado no mesmo período de 2011, quando 77,8 milhões de brasileiros tinham conexão à rede. O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) divulgou um relatório, no início deste ano, contendo dados de acesso à internet em domicílios no Brasil. Segundo a pesquisa – que abordou 25 mil lares brasileiros, incluindo áreas rurais -, o país possui 45% de residências com computador e 38% de casas conectadas à web.

 A internet apresenta novas oportunidades de interação. Faz-se necessário, porém, tomarmos os mesmos cuidados utilizados na vida cotidiana fora da rede. O mundo virtual tem o poder de ajudar ou de prejudicar a vida de uma pessoa.  Na mídia, sempre ouvimos casos de pessoas que foram vítimas de crimes praticados por hackers e criminosos virtuais. Nela pode-se também haver inúmeras informações totalmente desnecessárias. É possível publicar comentários sobre uma determinada pessoa, denegrir sua imagem, como também há roubo de identidade, calúnia, enfim, tantas outras coisas. O que não podemos esquecer é que os crimes virtuais ainda são pouco solucionados, então, o melhor é se precaver, porque um dos públicos que está no alvo dos crimes virtuais é formado por crianças, por isso, os pais devem ficar atentos e instruir seus filhos a não caírem nas armadilhas on-line.

O blog, por exemplo, constitui mais uma ferramenta de informação e comunicação. Ele já é considerado um novo paradigma de aquisição e disseminação da informação, servindo como alternativa à mídia tradicional. Esta ferramenta, quando usada com responsabilidade, oferece conteúdo de qualidade e deixa a sociedade mais informada sobre diversos assuntos.

Infelizmente, por ainda não haver uma legislação pertinente a esse novo meio de comunicação, o blog, pessoas inescrupulosas, alguns bananas da vida, instituem essa importante ferramenta para se beneficiar, por encomenda de alguém, que pode ser empresário, profissional liberal, religioso, político ou outro tipo de “gente” sem escrúpulo. Essas pessoas, sem qualquer ética e comprometimento criam Blogs, simplesmente com o intuito de veicular informação incorreta, sem qualquer embasamento, para beneficiar seu “contratante” em detrimento de quem está certo. Estes “blogueiros” não se preocupam com a verdade e com o bom senso, apenas divulgam e noticiam aquilo que acham conveniente, “as suas verdades” e atacam os que não seguem suas linhas de comportamento e de pensamento. Essa prática predadora, inconsequente e tendenciosa praticada por alguns blogueiros irresponsáveis, é lamentável.

GONZAGA PATRIOTA é Contador, Advogado, Administrador de Empresas e Jornalista, Pós- graduado em Ciência Política e Mestre em Ciência Política e Políticas Públicas e Governo e Doutorando em Direito Civil pela UBA – Universidade Federal de Buenos Aires – Ar.  É Deputado desde 1982.

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)