Paraíba é 2º estado do país em percentual de mortes de motociclistas, aponta estudo
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Das 606 pessoas que morreram no trânsito em 2011 na Paraíba, 396 eram condutores de moto. Em termos percentuais, as vítimas sob duas rodas representaram 65,3% do total de óbitos por acidente de trânsito em todo o estado, o que colocou a Paraíba em segundo lugar no País em termo de registros desse tipo de morte. Com o alto percentual, o estado só perde para o Piauí, que teve 69,6% de participação de motociclistas dos óbitos no trânsito no referido ano.
Os dados fazem parte do Mapa da Violência 2013: Acidentes de Trânsito e Motocicletas, que foi divulgado nessa quinta-feira (21). O estudo foi desenvolvido pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz com apoio da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO) e do Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela), que utilizou como principal fonte o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. Ele se debruça sobre os dados de 2011.
O sociólogo responsável pelo estudo, Julio Jacobo Waiselfisz, observou que em nove unidades da federação localizadas nas regiões Norte e Nordeste, entre elas a Paraíba, a morte de motociclistas já representa mais da metade do total de mortes em acidentes de trânsito. Ele acredita que isso também é reflexo do aumento do que ele chama de “agravamento global da violência no trânsito”. No trabalho, ele diz que esse fato teria levado as Nações Unidas a proclamar a Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2011-2020, procurando, primeiro, estabilizar e, posteriormente, reduzir as cifras de vítimas previstas no trânsito, através da formulação e implementação de planos nacionais, regionais e internacionais.
Além dos dados por estado, o Mapa da Violência 2013 também mostra as taxas de óbitos (por 100 mil habitantes) em acidentes de trânsito por categoria. Segundo o estudo, o motociclista está quase cinco vezes (4,7) mais vulnerável a morrer no trânsito do que quem anda de carro. De acordo com a pesquisa, isso acontece porque a taxa de mortalidade de motociclista é de 10,5 (por 100 mil) contra 2,2 de um condutor de automóvel. Já o ciclista, segundo a o Mapa, teria menos probabilidade de morrer no trânsito (0,6) do que o pedestre (2,5). Outro dado apontado é de que o transporte de carga, em 2011, apresentou uma taxa de 0,2 óbito por grupo de 100 mil.
Nas considerações finais, Julio Waiselfisz destaca que as medidas tomadas para controlar a violência no trânsito ainda são insuficientes. “Apesar de avanços recentes na formulação de mecanismos de enfrentamento, principalmente na legislação – regulamentação e profissões que usam motocicletas, endurecimento das penalidades e da fiscalização da alcoolemia, processo de municipalização da gestão, etc – escassos são os resultados que podemos observar nos números: continuam aumentando. Sem pôr dúvida à eficiência dessas medidas, fica claro que são ainda insuficientes”, pontuou o estudioso.
Fonte: NE10
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Nenhum comentário