Paralisação nacional de 3 dias deixa cerca de 800 mil alunos sem aulas em Pernambuco
Em reivindicação por piso, plano de carreira, melhores condições de trabalho e profissionalização dos funcionários da rede pública de ensino, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) adere à Greve Nacional da Educação Pública que será realizada desta terça-feira (23) até a quinta (25). Em Pernambuco, 770 mil alunos deverão ficar sem aulas. Professores da rede municipal do Recife e Jaboatão dos Guararapes também cruzam os braços, além de docentes dos 28 municípios vinculados ao Sintepe, que prevê 90% de adesão à greve
A paralisação acontece durante a Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Nesta terça, a partir das 9h, estão programados atos públicos em frente às Gerências Regionais de Educação e na Secretaria Estadual de Educação.
Segundo o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino do Recife (Simpere), professores de 300 unidades da rede, entre creche, pré-escola e escola, vão se juntar à mobilização nacional. Em Jaboatão, professores das 119 escolas também integram o movimento.
Já na quarta-feira, às 14h, a categoria pretende ocupar a Câmara dos Vereadores e a Assembleia Legislativa de Pernambuco. No último dia da greve, haverá um debate sobre “A crise econômica mundial e a educação no Brasil e na Espanha”, às 14h, no Centro de Educação da UFPE, na cidade universitária.
Os professores das redes públicas também lutam por 100% dos royalties do petróleo e 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, além da aprovação imediata do Plano Nacional de Educação, que se encontra em tramitação no Congresso Nacional. Atualmente, o País investe 5,3% do PIB em educação pública, o que representa R$ 233,4 bilhões. A campanha calcula que, para garantir qualidade em todos os âmbitos e níveis da educação pública brasileira, são necessários R$ 457,9 bilhões.
PESQUISA – De acordo com o presidente do Sintepe, Heleno Araújo, levantamento recente realizado pelo sindicato em 206 escolas estaduais apontou que em 48% delas faltam professores e 60% têm problemas estruturais. “Há carência de 63 técnicos em educação e 158 educadores de apoio (coordenador pedagógico). Na parte física, faltam 13.431 bancas”, reclamou.
HISTÓRICO – Em 2009, profissionais da Educação de Pernambuco paralisaram as atividades durante 24 dias. Já em 2007, a greve durou 54 dias.
Fonte: NE10
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Nenhum comentário