Plano Nacional de Integração Hidroviária será divulgado ainda este mês, afirma Antaq
O Plano Nacional de Integração Hidroviária será tornado público neste mês de fevereiro. O documento contém projeções para até 2030 do potencial de cargas e usos da hidrovia, levando em consideração sua integração com rodovias e ferrovias. Estas e outras informações foram divulgadas sexta-feira (1º), último dia do seminário sobre o Corredor Multimodal do rio São Francisco, por representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
“A partir de um acordo de cooperação com a Universidade Federal de Santa Catarina foi elaborado um banco de dados georreferenciado e desenvolvido um sistema de análise logística dos rios. Esse sistema proporcionou a geração de relatórios executivos específicos, inclusive para o São Francisco. Fizemos projeções para até 2030 do potencial de cargas e usos da hidrovia, levando em consideração sua integração com rodovias e ferrovias”, explicou Arthur Yamamoto, especialista em regulação da Antaq.
De acordo com Yamamoto, o plano contribui para que tomadores de decisão, inclusive investidores privados, tenham dados para viabilizar a hidrovia do São Francisco. “As informações que vamos disponibilizar ainda neste mês servem para convencer os setores público e privado de que vale a pena investir na hidrovia porque há potencial de carga e de retorno econômico. O plano inclusive indica a localização de áreas propícias para a instalação de terminais públicos ao longo do rio, que devem se integrar a outros modais”, acrescentou.
O diretor de infraestrutura aquaviária do DNIT, Adão Magnus Proença, por seu turno, afirmou que o DNIT realizará estudos de viabilidade técnico-econômica e ambiental (EVTEA) em todas as hidrovias do país. “Queremos ter um real conhecimento das hidrovias para que a partir disso se desenvolvam todos os projetos necessários para operação e perenização dessas vias. Pretendemos fazer com que a hidrovia do São Francisco seja viável durante 95% do ano”, disse.
Segundo Proença, a ordem de serviço para a realização do EVTEA do São Francisco está em vias de ser assinada e o prazo para sua conclusão é de um ano. “A Codevasf tem o compromisso institucional de desenvolver o Vale do rio São Francisco e tem dedicado esforços para que a hidrovia, que é um vetor de progresso, opere em todo o seu potencial. Os trabalhos do DNIT e da Antaq são muito animadores”, avaliou o presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Elmo Vaz.
Tanto o DNIT quanto a Antaq são membros do Grupo de Trabalho Interministerial criado em novembro de 2012 para avaliar o projeto do Corredor Multimodal de Transporte do rio São Francisco, que está sendo elaborado pelo Banco Mundial numa parceria com a Codevasf.
O seminário sobre o Corredor Multimodal de Transportes do rio São Francisco foi realizado pelo Banco Mundial e pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) nos dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro, em Salvador (BA). “Alcançamos nossos objetivos com este encontro. Agora pretendemos avançar nos estudos, e em breve realizaremos outros seminários. Pretendemos integrar aos debates sobre o Corredor Multimodal o maior número possível de atores sociais e institucionais”, disse ao final do evento Ralf-Michael Kaltheier, líder do projeto no Banco Mundial.
O seminário recebeu o apoio de Ministério dos Transportes (MT), Ministério da Integração Nacional (MI), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e Governo do Estado da Bahia. O objetivo do projeto do Corredor Multimodal de Transporte do rio São Francisco é ampliar, integrar e articular as estruturas hidroviária, rodoviária, ferroviária e portuária da bacia hidrográfica.
[F] José Luiz Oliveira/Codevasf
Fonte: Gazzeta
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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