PMs mulheres teriam ouvido sessão de tortura na UPP
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Quatro policiais militares mulheres que estavam na Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha na noite de 14 de julho, quando o pedreiro Amarildo de Souza foi visto pela última vez, deram detalhes de sua morte em depoimento ao Ministério Público. Uma delas disse que ouviu Souza ser torturado e gemer de dor durante 40 minutos e, ao fim, escutou o torturador rir. “Isso não se faz nem com um animal”, ela chegou a dizer a uma colega.
A revelação foi feita no programa Bom Dia Rio, da TV Globo. Segundo a promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho, elas não haviam dado esses depoimentos antes porque foram coagidas pelo chefe, o ex-comandante da UPP da Rocinha, major Edson Santos, a fornecer versão falsa para o que acontecera naquela noite.
“O sentimento era uniforme: ‘Se estão fazendo isso com aquela pessoa, se a gente for fazer alguma coisa, o que vão fazer com a gente? Porque lá fora tem vários homens armados, todos superiores hierárquicos’”, disse a promotora sobre os relatos, ressaltando que as quatro são PMs com pouco tempo de carreira e que só fazem serviços administrativos.
Vinte e cinco PMs foram denunciados pelo MP, por crimes como tortura, ocultação de cadáver, formação de quadrilha, omissão de socorro e fraude processual. O major Edson Santos é apontado como mandante do crime. Ele queria que Souza indicasse o local onde os traficantes da Rocinha escondiam suas armas. Segundo as policiais, Santos determinou como deveriam ser os depoimentos dos subordinados à polícia. Uma delas disse que um dos denunciados, o soldado Doulgas Roberto Vital, disse após a tortura estar “aliviado”.
A reportagem procurou o advogado Marcos Espínola, que defende os PMs, mas ele não deu retorno.
Fonte: Agência Estado
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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