Presos de PE beneficiados com saída temporária voltam à cadeia na quarta
Termina nesta quarta-feira (16) o prazo para que 760 presos que receberam o benefício de passar uma semana em casa voltem para a cadeia. Para garantir a segurança, eles são monitorados por tornozeleiras eletrônicas.
A estrutura de monitoramento foi criada há um ano e dois meses. Para acompanhar os passos dos presos que estão no regime semiaberto, 58 pessoas se revezam dia e noite na observação. De acordo com a Secretaria de Ressocialização (Seres), 3,1 mil presos de seis unidades de Pernambuco estão em condições de passar em casa 35 dias por ano.
Antes de sair da penitenciária, eles recebem a tornozeleira e um equipamento, que não deve ficar mais de seis metros afastado dela. O aparelho tem GPS e possibilita a comunicação entre o preso e a Seres. O preso também faz um cadastro na central de monitoramento, que possui um mapa que mostra onde está exatamente o presidiário. O endereço onde vai ficar o detento é registrado e ele só poderá circular num raio de 500 metros em volta. A partir das 18h, até 50 metros.
“Esse mapa mostra o perímetro em que o reeducando deve ficar durante o salvo-conduto. Quando ele viola a área, é acionado o Ciods [Centro Integrado de Operações de Defesa Social] e ele é recambiado para a unidade prisional por ter violado a área de inclusão dele”, explicou Cláudio Joel dos Santos, gerente em exercício do centro de monitoramento
No dia 9 de janeiro, 761 presidiários, todos traficantes, deixaram a cadeia para passar sete dias com a família e colocaram a tornozeleira. O retorno deles está previsto para esta quarta, mas 48 foram recolhidos antecipadamente, apanhados violando alguma norma ou praticando algum tipo de crime.
Em 2012, 342 fugiram. Alguns até mandaram as famílias devolverem as tornozeleiras para o estado e 162 foram recapturados, enquanto 180 continuam foragidos.
“Eles violaram uma norma que eles se propuseram a cumprir. Essa violação vai acarretar que eles tenham mais tempo de cadeia quando forem novamente presos e isso repercute no tempo em que vão passar presos.”, afirmou o juiz da vara da execução penal Gildenor Pires Júnior.
Os foragidos passam a fazer parte do livro onde estão os alvos da polícia. O sistema de monitoramento custa R$ 1 milhão por mês para o governo de Pernambuco.
“A gente está aperfeiçoando o planejamento e essa ferramenta é muito importante para a ressocialização do nosso reeducando porque é um benefício para ele, para a sociedade e principalmente para a família dele, que ele tem a proteção de uma tornozeleira quando fica em casa”, argumentou o coronel Romero Ribeiro, da Seres.
Fonte: G1 PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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