Reunião define novas tarifas de ônibus
Hoje os usuários de ônibus da Região Metropolitana do Recife (RMR) podem receber uma má notícia sobre o preço das passagens. Isto porque o Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) reúne-se para definir o reajuste nas tarifas do Grande Recife. O encontro foi convocado pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE), que pede 13% de aumento nos valores atuais. Contudo, a notícia não foi bem recebida pela população, que reclama do serviço oferecido.
Segundo o Grande Recife Consórcio de Transporte, a proposta dos empresários será apresentada aos membros do CSTM e colocada em votação. “No entanto, o Governo Eduardo Campos, desde 2007, vem praticando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) como indicador para o reajuste tarifário do Sistema de Transporte Público de Passageiros”, informou por nota a assessoria de Imprensa do órgão. Nesse caso, o reajuste seria de 5,7%, levando em consideração o acumulado do IPCA de 2012.
O argumento usado pelos donos das empresas de ônibus para o aumento de 13% são os gastos referentes a combustível, manutenção dos veículos, compras de pneus e pagamento da folha dos funcionários das empresas. Em janeiro do ano passado, apesar do Urbana-PE solicitar um aumento de 17,2%, o reajuste nas tarifas de transportes coletivos foi de 6,5%, baseado no IPCA. Com isso, a tarifa do Anel A passou de R$ 2 para R$ 2,15; a tarifa do B subiu de R$ 3,10 para R$ 3,25; a do anel D, de R$ 2,45 para R$ 2,60; e a tarifa do G, de R$ 1,30 para R$ 1,40.
Com uma frota de cerca de três mil ônibus, o Sistema de Transporte Público de Passageiros (STPP) da RMR transporta por dia dois milhões de usuários. Um deles é o técnico em informática Alan Laurentino Dias, 22 anos, que enumerou algumas dificuldades desse tipo de transporte. “Os veículos estão sempre lotados e não dão conta da demanda. As passagens só aumentam, mas não vejo melhorias”, destacou. Moradora de São Lourenço da Mata, a auxiliar de serviços gerais Francy Maria Fontes todos os dias pega quatro ônibus para se deslocar de casa para o trabalho, no Centro da Capital. “O serviço é muito precário, para passagens tão caras”, pontuou.
MOBILIZAÇÃO
Um dos mais interessados nas mudanças das tarifas são os estudantes. Após o anúncio da reunião, vários deles já começaram a se mobilizar nas redes sociais. O presidente da União dos Estudantes de Pernambuco (UEP), Thauan Fernandes, não concorda com nenhum dos aumentos propostos. “A mobilidade urbana é um assunto muito complicado e o transporte público interfere diretamente nesse assunto. É preciso pensar em políticas públicas reais para dar qualidade ao transporte público. Não é através do aumento de passagens que se consegue isso”, destacou.
Fonte: Folhape
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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