Snowden recebe ofertas de asilo de Venezuela e Nicarágua
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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A Venezuela ofereceu asilo político e a Nicarágua afirmou que também poderia conceder a Edward Snowden condições de ficar no país. As ofertas vieram depois que o WikiLeaks anunciou que o ex-consultor da Agência de Segurança Nacional americana havia apresentado pedidos de asilo a mais seis países. O site não especificou a quais países a solicitação foi feita alegando temor de “uma tentativa de interferência dos Estados Unidos”. Snowden, de 30 anos, é acusado de espionagem pelas autoridades americanas, que querem seu retorno aos EUA para que ele seja julgado. O ex-consultor admitiu ter vazado informações sobre programas secretos de vigilância do governo Obama para a imprensa.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou a oferta ao delator em evento de comemoração do Dia da Independência. “Eu decidi oferecer asilo humanitário ao jovem americano Edward Snowden para que na pátria de Bolívar e Chávez ele possa viver longe da perseguição imperial americana”, disse Maduro.
Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, disse que o pedido foi entregue a embaixada do país em Moscou: “Estamos abertos, respeitamos o direito de asilo, e é claro que, se as circunstâncias permitirem, receberemos Snowden com prazer”.
Transição – Snowden estaria desde o final de junho em uma área de transição do aeroporto de Moscou, impedido de sair porque seu passaporte foi suspenso pelos EUA. Ele já havia apresentado pedidos de asilo político a vinte países – e retirado uma solicitação feita à Rússia depois que o presidente Vladimir Putin disse que ele só poderia continuar no país se parasse com suas atividades “prejudiciais” aos Estados Unidos. O Brasil foi um dos consultados, mas não respondeu ao pedido. França e Itália indicaram na quinta-feira que não receberiam o ex-consultor, seguindo os passos de Alemanha, Áustria, Espanha, Finlândia, Índia, Irlanda, Holanda, Noruega, Polônia e Suíça. A maioria alegou que o delator deveria estar no país para que sua solicitação fosse aceita. Além das solicitações entregues a Venezuela e Nicarágua, também foram feitos pedidos às autoridades de Bolívia, Cuba, Islândia e China (que diz não ter informações sobre o pedido).
O presidente da Bolívia, Evo Morales, que expressou sua disposição em conceder asilo ao americano em uma entrevista concedida durante uma visita à capital da Rússia, acabou tendo problemas. Na volta a La Paz, seu avião precisou desviar a rota e acabou ficando 13 horas em Viena, na Áustria. O governo boliviano denunciou que a aeronave foi impedida de sobrevoar França, Portugal, Itália e Espanha e disse que os países foram pressionados a impedir o sobrevoo. Nesta sexta, o governo espanhol afirmou que países europeus foram informados que Snowden estava a bordo da aeronave presidencial boliviana. O ministro de Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo disse, em entrevista à TV nacional espanhola, disse que a “informação foi clara”, mas não revelou a origem da notícia e se recusou a responder se havia entrado em contato com os Estados Unidos. Afirmou apenas que as reações dos governos europeus tiveram como base a informação sobre a possibilidade de o delator estar viajando para La Paz – o que foi negado pela Bolívia.
Cidadania – A Islândia recebeu um pedido de cidadania por parte de Snowden, mas seu Parlamento decidiu analisá-lo só depois do recesso de verão – os trabalhos só devem ser retomados em setembro. O pedido de cidadania foi uma estratégia diferente para tentar conseguir um passaporte. A Islândia tem precedentes nesse sentido. O enxadrista americano Bobby Fischer conseguiu cidadania islandesa depois de ser acusado de sonegar impostos e violar restrições ao participar de uma partida na Iugoslávia, em 1992. Depois de anos morando em outros países, ele foi detido no Japão, onde pediu a cidadania islandesa – que foi concedida em 2005. O recém-eleito governo de centro-direita da Islândia, no entanto, parece menos disposto a entrar numa disputa internacional com os EUA, mesmo querendo manter a reputação do país de promover a liberdade na internet.
O pedido à Islândia foi apresentado por um representante do WikiLeaks. Com apoio da organização do australiano Julian Assange, Snowden deixou Hong Kong, para onde fugiu antes da divulgação das informações secretas do governo Obama. De lá, o americano foi para Moscou. Da capital russa surgiram informações de que o americano planejava seguir para Quito, no Equador – país que também recebeu solicitação de asilo. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, o presidente Rafael Correa disse que não estava considerando atender à solicitação, porque ela só poderia ser analisada se Snowden estivesse em território equatoriano.
Fonte: Veja
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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