Suspeito de participar do maior ataque da internet é preso na Espanha
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Autoridades holandesas afirmaram ter preso um homem ligado ao gigantesco ataque virtual contra um site no mês passado, causando um grande congestionamento e entupindo infraestruturas cruciais ao redor do mundo.
Seu nome completo não foi divulgado na declaração publicada num site do governo, mas o homem foi identificado como “S.K.”. Uma fonte próxima à investigação, não autorizada a falar em público, confirmou que o homem preso é o holandês Sven Olaf Kamphuis, 35, porta-voz de um movimento que protestava contra as táticas de um grupo europeu antispam.
A polícia espanhola prendeu Khampuis, nessa quinta-feira (25), em casa, na cidade de Barcelona, a pedido da polícia holandesa, e confiscou seus computadores e celulares. Ele deve ser enviado para a Holanda. Wim de Bruin, representante da corte holandesa, disse que “S.K.” é suspeito de fazer parte de uma onda de ataques em março.
A prisão de Kamphuis segue uma investigação realizada pela polícia da Holanda e de outros países europeus sobre o envolvimento dele em um dos maiores ataques da internet. Ele é suspeito de iniciar um ataque de negação de serviço distribuído (DDoS) contra o grupo antispam Spamhaus. Sob a lei holandesa, o ato é considerado crime.
Kamphuis se autodenomina “ministro das telecomunicações e assuntos internacionais da República de CyberBunker”. Mas muitos o consideram Príncipe do Spam.
Ele é dono do provedor de internet CB3ROB e da CyberBunker, uma empresa de hospedagem que já abrigou sites como WikiLeaks e Pirate Bay –este último, acusado de incitar a pirataria de conteúdo digital.
Grupos antispam dizem acreditar que a CyberBunker age como um canal de propagação de vastas quantidades de spam. Em março, o Spamhaus adicionou a CyberBunker a sua lista negra, consultada por grandes servidores de e-mail para bloquear mensagens indesejadas.
Nos dias seguintes, a Spamhaus foi alvo de um ataque DDoS e seu site foi entupido de tráfego até que saísse do ar. Para se defender da investida, o grupo contratou a CloudFare, uma empresa de segurança do Vale do Silício. A CyberBunker, então, apontou suas armas à CloudFare.
Sem sucesso, os a empresa de Kamphuis concentrou mais forças num golpe que explorava a infraestrutura central da internet, chamada de Sistema de Nomes de Domínios (DNS).
A investida rapidamente alcançou magnitudes desconhecidas, alimentando um fluxo de dados de 300 bilhões de bits por segundo, o que retardou o tráfego na internet para milhões de usuários no mundo todo.
Kamphuis negou ter participado do ataque e disse que foi apenas um porta-voz da Stophaus, organização destinada a derrubar a Spamhaus. Questionado sobre seu envolvimento no crime, ele disse ao “New York Times”: “Sim, sabemos que esse foi um dos maiores ataques DDoS de que o mundo já ouvir falar –publicamente”.
“Ei, Anons, podíamos contar com a ajuda de vocês para tentar acabar com a difamação e a censura propagada pelo ‘spamhaus.org’, que pensa ter o poder de impor suas visões do que deve ou não deve ser a internet”, escreveu ele em um post no Facebook em 23 de março.
O serviço de hospedagem holandês Greenhost afirmou ter descoberto impressões digitais da CB3ROB enquanto estudava a investida à Spamhaus.
A prisão de Kamphuis na Espanha foi realizada através da Unidade Européia de Cooperação Judiciária (Eurojust).
Fonte: Folha de S.Paulo
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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