Suspeito de ser o mandante da morte de promotor em PE segue foragido
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
A polícia deu, nesta quarta-feira (16), detalhes do assassinato do promotor Thiago Faria Soares e divulgou a foto do homem suspeito de ser o mandante do crime. José Maria Pedro Rosendo Barbosa, que seria o antigo dono da fazenda arrematada pela noiva da vítima, em Águas Belas, teve a prisão temporária decretada e continua foragido da polícia. Ele é conhecido como ‘Zé Maria de Mané Pedo’ e também é suspeito de ter envolvimento em outros crimes na região. As informações foram repassadas durante coletiva de imprensa na sede da secretaria de Defesa Social, no bairro de Santo Amaro, no Recife.
O suspeito de ter cometido o crime, identificado como Edmacy Cruz Ubirajara, foi preso na noite da terça-feira (15), após se apresentar com um advogado às autoridades, informou o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio. O secretário explicou que o homem já era procurado pela polícia por outros crimes, tendo sido dedtido durante a noite porque já havia contra ele um mandado em aberto por roubo. Edmacy foi levado à delegacia de Águas Belas. O advogado de defesa dele, que é filho de José Maria, também esteve no local na manhã desta quarta (16) e falou da inocência do seu pai, conforme mostrado pelo NETV 1ª Edição.
“A questão da terra é a linha de investigação que está mais punjante, todos os indícios estão apontando para a autoria intelectual e o reconhecimento da vitima sobrevivente sobre o executor. Estamos aguardando as perícias realizadas, temos vários delegados que estão lá trabalhando ombro a ombro com o Ministério Público. No passado, o pai de Mysheva foi inclusive acusado de uma tentativa de homicidio contra o suspeito de ser o mandante”, explicou o chefe da Polícia Civil, Oswaldo Morais.
“Já tivemos a prisão temporária do Edmacy decretada também. Chegamos a fazer incursões para detê-lo antes, mas ele fugiu em uma motocicleta”, detalhou. O homem foi reconhecido pela noiva do promotor, Mysheva Martins. O chefe da Polícia Civil ainda disse que novas testemunhas do caso estão surgindo. Um leiteiro, que está sendo preservado, teria presenciado o crime na estrada e pode ajudar a identificar o motorista do carro.
“Nós estamos no início de uma investigação complexa, estamos lidando com crime organizado, pessoas citadas em CPI de pistolagem. Independente de qualquer coisa que doutor Tiago tenha assumido os problemas dela [Mysheva], esse fato jamais teria acontecido. Isso aconteceu porque essas pessoas estão acostumadas à impunidade”, apontou Morais.
Testemunhas já relataram à polícia a realização de uma reunião com pessoas estranhas na casa do suspeito de ter sido o autor intelectual. “O promotor teria ido na fazenda e feito fotos do Zé Maria fazendo crimes ambientais. Foi se acirrando essa relação entre Zé Maria e o promotor”, detalhou Damázio.
O promotor de Justiça Thiago Faria Soares foi morto a tiros na última segunda-feira (14) quando seguia de carro para o trabalho no município de Itaíba, no Agreste de Pernambuco. O veículo que ele dirigia foi interceptado na rodovia PE-300. Quem tiver informações que possam ajudar a polícia a localizar José Maria, deve ligar para o Disque-Denúncia ou para a ouvidoria da SDS, nos seguintes números, respectivamente: (81) 3421-9595 e 0800-051-5001.
Questão ética
O procurador-geral do Ministério Público de Pernambuco, Aguinaldo Fenelon, fez questão de ressaltar que o órgão está acompanhando de perto as investigações sobre a morte do promotor. Ele explicou que, devido à proximidade do casamento, Faria havia se ‘averbado suspeito’ nos mais de dez casos relacionados à família de Mysheva, ou seja, teria pedido à Corregedoria para não atuar mais na região.
“Umas duas semanas atrás ele pediu afastamento dos processos, que eram de improbidade administrativa, entre outros. A Corregedoria respondeu e colocou ele em outra cidade, a 100 quilômetros”, detalhou o procurador-geral. A transferência do promotor, no entanto, ainda não tinha sido concluída.
Questionado se o promotor teria ultrapassado algum limite ao atuar no caso das terras, Fenelon afirmou que o Ministério Público não havia concluído nada nesse sentido. “Tudo ainda muito preliminar, mas estamos para apurar e encontrar todos os problemas que aconteceram. Agora, há duas atuações que é preciso destacar: a atuação de promotor e a de cidadadão. Como cidadão, ele estava apoiando a noiva dele”, disse Fenelon.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Nenhum comentário