Suspeitos de vandalismo em atos serão identificados, diz Alckmin
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta terça-feira (8) que os responsáveis pela destruição de agências bancárias e até de um carro de polícia serão identificados e responderão criminalmente.
O quebra-quebra aconteceu na noite de segunda (7), após uma manifestação pacífica de estudantes no Centro da capital paulista.
“Esse vandalismo extrapolou todos os limites. Inclusive, afasta manifestações legitimas de famílias. É inaceitável”, disse o governador. “A polícia já está trabalhando. Todos serão identificados e vão responder por esses fatos.”
Ao todo, 11 manifestantes foram detidos, a maioria liberada. Nesta manhã, um casal e um adolescente permaneciam detidos. A dupla vai responder inquérito por infringir a lei nº 7.170, conhecida como “Lei de Segurança Nacional”, de acordo com o delegado Antônio Luis Tuckumantel, titular do 3º Distrito Policial. O menor portava um soco inglês e deve responder por resistência à prisão.
O delegado Antônio Luis Tuckumantel tomou como base para acusação material apreendido com a dupla no ato que terminou em confronto com policiais militares e em vandalismo contra bancos, lojas e um carro da Polícia Militar (PM). Na análise do policial, imagens da câmera que eles usavam mostra que incentivaram o ataque contra a viatura, que foi tombada na região da Praça da República.
Segundo o delegado, na câmera da dupla havia ainda imagens da ação de protestos no Rio de Janeiro e em São Paulo. Na filmagem realizada na segunda-feira, segundo o policial, é possível ouvir a estudante incentivando a depredação.
A dupla será enquadrada por infringir o artigo 15º da lei, que trata da pratica de “sabotagem contra instalações militares”. Na lei está configurado como agravante o “dano, destruição ou neutralização de meios de defesa ou de segurança”.
“[A ação de ontem foi] uma forma de afrontar as instituições [nas esferas] municipal, do estado ou federal. Isso é uma desordem, que, se formos analisar, realmente dá para enquadrar na Lei de Segurança Nacional. Não é admissível que fatos dessa natureza venham ocorrendo e venham prosperando”, afirmou.
Incitação à violênica
Na interpretação da Polícia Civil, mesmo que o pintor de 24 anos e a estudante de 19 anos não tenham participado da depredação do carro da Polícia Civil, eles incitaram o vandalismo e, por isso, devem responder por esse crime.
“No entender da autoridade policial a viatura policial é um bem público, que não pode ser retirado de circulação. O que fizeram com a viatura? Tombaram, era para colocar fogo. Só não atearam por intervenção da polícia não causou mal maior”, disse o delegado.
“Ficou claro que foram outros [que tombaram a viatura]. Mas se você diz: faça, faça, você participou através da incitação. Não necessariamente você precisa jogar uma pedra”, esclareceu. Com o casal foram apreendidos uma mochila, sprays e um bomba de gás lacrimogêneo. “Está claro que estão voltados para a prática de crimes e não para fazer manifestação”, disse.
A própria câmera, segundo a polícia, é uma prova que os incrimina. “Tudo estava filmado. A moça falava: ‘quebra, quebra’. Isso sem contar que eles confessaram a prática delitiva”, afirmou o delegado Tuckumantel.
Segundo a polícia, o pintor participou de protestos violentos no Rio de Janeiro. Em seu perfil no Facebook, o pintor se apresenta como Humberto Baderna. Há imagens dele em outras manifestações.
“Nós temos agora elementos para incriminar os demais. Nós pegamos o peixe maior, o idealizador, o mentor que veio do Rio de Janeiro só para isso em São Paulo. Participou das badernas no Rio de Janeiro e lá também tem gravação dessas badernas que eles participaram no Rio de Janeiro e em São Paulo também. (…) Daqui para a frente nós temos o fio da miada para chegar nos demais participantes”, disse o delegado.
Os detidos também vão responder pelos crimes de dano qualificado, incitação, incitação ao crime, formação de quadrilha ou bando, posse ou porte ilegal de armas de fogo de uso restrito. Além do casal de Mogi, está apreendido um adolescente tem 15 anos que carregava um soco inglês. Segundo o delegado, ele tentou atacar os policiais que tentaram detê-lo.
Segundo o delegado, os crimes de formação de quadrilha e de segurança nacional não permitem que eles sejam colocados em liberdade pela autoridade policial. A Justiça é quem determinará se eles vão seguir presos ou terão direito à fiança. “A polícia faz a parte dela e encaminha para a Justiça. Se acaso a lei admite a liberdade ou pagamento de fiança isso é questão da lei”, afirmou.
“Eu entendo que não vão ser liberados. Pelo material que temos em mão, seria uma decepção eles irem para a rua”, disse.
Como foi o protesto
As prisões ocorreram após dois grupos que protestavam na capital paulista se reunirem na Praça da República e entrarem em confronto com a Polícia Militar. Ao menos oito agências bancárias ficaram destruídas na região central da cidade. Imagens do Bom Dia São Paulo (veja ao lado) mostram portas de vidro das agências quebradas e caixas eletrônicos destruídos. Um posto de gasolina, um mercado, um carro da Polícia Civil e uma moto também foram alvo do protesto.
Segundo a Polícia Militar, seis policiais ficaram feridos nos protestos. Eles foram atingidos por pedras, principalmente, no rosto, cabeça e pés. Com escoriações leves, nenhum dos policiais foram encaminhados a hospitais.
Na noite de segunda-feira, dois grupos que protestavam pela cidade se encontrram na Praça da República. Um deles era formado por estudantes da Universidade de São Paulo (USP), que iniciaram o ato na região da Avenida Paulista. A manifestação foi realizada em apoio aos estudantes que invadiram a reitoria da USP na semana passada e aos professores em greve no Rio de Janeiro.
O outro grupo de manifestantes se concentraram inicialmente em frente ao Teatro Municipal, no Centro, em protesto por melhores salários para os professores do ensino público.
Houve confronto com a Polícia Militar na Praça da República, e duas agências bancárias e uma lanchonete foram depredadas na Avenida Ipiranga. Na mesma via, manifestantes colocaram fogo em sacos de lixo para bloquear a passagem.
Um carro da polícia foi virado na Avenida Rio Branco. Os manifestantes se dispersaram pela região central de São Paulo por volta das 20h40, mas o policiamento seguiu reforçado no entorno da Praça da República. Outras quatro agências, sendo duas do Santander, uma do Itaú e outra da Caixa Econômica Federal, foram depredadas na Avenida Duque de Caixas. Outras duas agências também foram de vandalismo na Avenida Consolação.
Durante o tumulto, as portas de algumas estações de Metrô no Centro foram fechadas. O Metrô diz que houve uma contenção de fluxo, com seguranças nos acessos, para evitar que a manifestação invadisse a estação e garantir a integridade física dos usuários. A operação não foi afetada, segundo a companhia.
Uma mulher ferida recebeu atendimento médico e foi levada ao hospital em uma ambulância por volta das 21h10. Ela tinha sangue na cabeça e na mão esquerda. A mulher não quis falar sobre o tumulto. A PM informou que, entre os sete feridos, quatro são policiais.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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