O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), já visando as eleições 2014, dá início nesta terça-feira (9) aos processos de troca de partidos e também ao julgamento do pedido de registro do “nanico” Partido Republicano da ordem Social (PROS), que até o dia 5 de outubro, prazo final para a filiação de candidatos na próxima eleição, deverá agregar cerca de 20 deputados federais. A tendência aponta o deferimento do registro do novo partido, que deverá fazer parte da base aliada à presidente Dilma Rousseff.

Caso a projeção seja confirmada, o PROS será o 31º partido cadastrado junto à Justiça Eleitoral. Outros dois processos de criação de siglas já se encontram em estágio avançado. Diferentemente do PROS, o REDE Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva e o Solidariedade, do presidente da Força Sindical Paulo Pereira da Silva, o “Paulinho da Força” (PDT-SP), caso aceitos pelo TSE, formarão oposição ao governo. Neste cenário, Marina assumiria a candidatura frente ao REDE, enquanto o Solidariedade visa o apoio à candidatura de Aécio Neves (PSDB).

Tanto o REDE quanto o Solidariedade, contudo, enfrentam graves problemas para a aprovação de seus registros. De acordo com nota divulgada pela assessoria do REDE nesta segunda (9), a sigla corre contra o tempo, uma vez que ainda necessita de mais de 150 mil assinaturas de apoio para alcançar o número mínimo de 492 mil exigidas pela lei eleitoral. Ainda de acordo com a nota, mesmo que o número não seja alcançado, Marina Silva, ao contrário do que vem sendo especulado por analistas, não se filiará ao Partido Ecológico Nacional (PEN), criado em 2012.

O Solidariedade, que afirma já se encontrar em processo de negociação com mais de 30 deputados federais, por sua vez, já alcançou o número de assinaturas necessárias para o registro, com julgamento marcado para o próximo dia 12. Mesmo com um parecer favorável dado por Sandra Cureau, vice-procuradora-geral eleitoral, o Ministério Público Eleitoral abriu um processo para investigar uma suspeita de fraude na coleta de parte das assinaturas.

A Polícia Federal foi acionada e assumiu a investigação. As suspeitas apontam o fornecimento ilegal da base de dados aos aliados de Paulinho da Força de cerca de 11 mil filiados do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal (Sindilegis) para que estes constassem entre os apoiadores da sigla.

Três funcionárias do gabinete, conforme acusações, para preencher as fichas de apoio. A suposta fraude teria sido detectada por uma funcionária de um cartório eleitoral de Brasília, que desconfiou de diversas assinaturas. Ela então teria entrado em contato com algumas destas pessoas, que negaram ter assinado as fichas.

O deputado tentou minorar o caso. “Denúncia de problemas em fichas tem em todo lugar. Temos mais de 520 mil assinaturas em todo o Brasil e Brasília só responde por umas 4 mil”, declarou. O Sindicato, que possui diretoria politicamente ligada a Paulinho também negou as acusações.

Fonte: Folha-PE

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)