Um mês depois, desoneração da cesta básica ainda não chegou aos clientes
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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O estabelecimento “apoia a decisão do Governo Federal de desonerar as categorias de produtos descritas na MP 609, e está trabalhando junto aos fornecedores para reduzir o preço final dos produtos para os nossos clientes”, diz o cartaz na porta de entrada de um grande supermercado na Região Metropolitana do Recife. Contudo, os clientes continuam a espera da baixa de preços.
O Governo Federal anunciou, no dia 8 de março, que iria zerar a incidência de PIS/Pasep-Cofins e de IPI de 16 itens: carnes (bovina, suína, aves e peixes), arroz, feijão, ovo, leite integral, café, açúcar, farinhas, pão, óleo, manteiga, frutas, legumes, sabonete, papel higiênico e pasta de dentes. A princípio esta medida começaria a ser sentida em 15 dias, mas quase um mês depois, a impressão que os consumidores têm é que esta desoneração ainda não chegou a seus bolsos, enquanto outros produtos aumentaram o valor. Segundo o Procon-PE, o valor da cesta básica, no Recife, ficou em média R$ 282,32, em março.
“Os produtos de limpeza estão mais ou menos no mesmo valor. Já as hortaliças estão um absurdo. Mas isso é reflexo da falta de chuva no Interior”, pondera a servidora pública, Josefa Cavalcante, que faz compras quinzenalmente. Tomate, batata, chuchu, cebola e folhas em geral”, exemplifica. Segundo Josefa, a saída é comprar em menor quantidade ou substituir. “Não me privo, mas compro em menor quantidade e, em alguns casos, eu substituo”, explica a servidora pública, mas comenta que é mais difícil para famílias maiores e que possuem menos recursos.
A auxiliar de cozinha, Taciana da Silva, acredita que alguns produtos baixaram um pouco o valor. “Observei uma diminuição nos produtos de limpeza”, afirma. No entanto, Taciana adotou a estratégia de só comprar hortaliças em dias de promoção. No trabalho, ela observou que, por causa do aumento de algumas hortaliças, houve a diminuição na quantidade e a substituição. “Tomate, por exemplo, substituímos o fruto pelo extrato de tomate na hora de fazer o molho. Quanto a batata, compramos menos”, pontua.
Em outro mercado, o técnico de áudio, Osiel Silva, comenta que os produtos, em geral, aumentaram. “Percebi que a maioria dos produtos aumentou. Em alguns casos, a diferença é pequena, mas em outros é brusca. A farinha, por exemplo, que custava, há três meses, R$ 1,80, hoje custa R$ 4,85 o quilo (269%) e o feijão que, na mesma época, custava R$ 3,60, agora custa R$ 5 (72%)”, exemplifica Silva, com as anotações em mãos. “Eu sinto uma diferença de R$ 50 a R$ 60. Aliás, a pessoa que anota sente a diferença, talvez quem não anote não sinta”, argumenta. Outro item que a reportagem observou uma grande variação foi o quilo do tomate: de R$ 3,99 a R$ 7,99 (200%), em um mês.
Segundo Silva, os produtos de limpeza continuam com valores iguais, mas que as hortaliças aumentaram. “Quanto as hortaliças, percebi que o tomate subiu muito. Já as frutas subiu um pouco, também”, comenta.
Fonte: Folha de PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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