Universitária é excluída por fraudar cota em universidade
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) anunciou ontem a exclusão do curso de medicina da aluna Bianca Portugal Cardoso Rocha, depois de uma comissão processante ter concluído que ela se passou por estudante de baixa renda e forjou documentos para burlar o sistema de cotas da instituição. O caso foi investigado também pelo Ministério Público estadual, que denunciou a aluna à Justiça. A defesa dela nega a irregularidade. Está sendo averiguado pelo MP e pela Unimontes outro caso, envolvendo aluno do curso de direito, suspeito da mesma fraude.
Desde janeiro de 2005, a Unimontes adota reserva de 45% de vagas para afrodescendentes (20%), alunos de escolas públicas (20%), portadores de deficiências e indígenas (5%). Os candidatos precisam comprovar carência.
Bianca se inscreveu pelo sistema de reserva de vagas e foi aprovada no vestibular da Unimontes em julho. Em 20 de agosto, a instituição abriu um processo administrativo para investigar a suspeita de que ela teria simulado carência. A universidade comunicou o caso ao Ministério Público.
De acordo com o MP, a estudante fez a inscrição se passando por pessoa carente. Para isso, a família dela, que mora num condomínio de classe média alta, teria alugado por R$ 500 uma casa para a jovem em outro bairro. A mãe da estudante, Karyne Karen Simões, é proprietária de uma loja de confecções, e o pai, bancário.
Durante as investigações, também foi verificado que, além de viagens ao exterior nos últimos anos, a mãe da estudante comprou recentemente um carro Honda Fit por R$ 51 mil. Ela adquiriu ainda uma TV por R$ 1.599. Em depoimento, a mulher disse que tinha situação estável, mas passou a enfrentar dificuldades financeiras depois da separação do segundo marido, um empresário da cidade.
Defesa
Ontem, ao anunciar a exclusão de Bianca Cardoso, o procurador-chefe da Unimontes, Henderson Teixeira Ogando, disse que o cancelamento da matricula foi baseado em relatório da comissão processante, que concluiu que a aluna fez uso de documentos falsos e prestou informações inverídicas. Ele disse que ela tem prazo de 10 dias para recorrer, mas sem efeito suspensivo. Outra candidata foi convocada para a vaga.
O procurador disse que a seleção para o reserva de vagas é criteriosa. “A universidade se baseia nas informações fornecidas, partindo do princípio da boa-fé das pessoas.” O presidente da Comissão Técnica de Concursos (Cotec) da Unimontes, Reinaldo Teixeira, disse que todos os dados dos candidastos inscritos são averiguados. O advogado Erick Lopes, constituído por Bianca, disse que vai recorrer.
Fonte: Estado de Minas
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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