Varejo perde R$ 9 bilhões
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
O comércio varejista calcula queda de pelo menos 15% nas vendas em razão da onda de protestos em todo o país, que se somam às crescentes perdas com a inflação. Cerca de R$ 9 bilhões deixaram de ser faturados nas últimas três semanas. Os cálculos do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) bateram estimativas iniciais, mais otimistas, e ainda sinalizam para um esforço generalizado de liquidações a partir de julho, voltadas para equilibrar caixas e reduzir o custo pesado dos elevados estoques.
Após essas três semanas de protestos, que abalaram a rotina de lojistas, sobretudo nas maiores cidades, a incerteza dos comerciantes recai sobre o ritmo dos negócios no período que antecede o Dia dos Pais, em agosto, e sobre a redução dos estímulos ao consumo dados pelo governo. O desafio das empresas varejistas para recuperar as margens de lucro nas próximas semanas deverá ser ainda maior, se for considerada a coincidência com as férias escolares.
Até ontem, o economista da Fundação Getulio Vargas (FGV-RJ) Daniel Plá estimava prejuízos semanais de R$ 1 bilhão para o varejo em grandes centros, como Rio e São Paulo, devido a passeatas e confrontos de rua. Mas ele ressaltou que esses valores devem mudar conforme a intensidade dos eventos. “As manifestações espantam consumidores e exigem fechamento de portas. O receio inibiu muitos de saírem de casa para fazer compras e levou shoppings a encerrarem o expediente mais cedo”, observou
O professor da FGV-RJ ressaltou que o comércio de bens duráveis ainda pode conseguir recuperar os danos inesperados sofridos em junho, pois envolvem decisões de compras postergáveis. Mas bares e restaurantes não têm a mesma sorte, pois não é possível resgatar a queda de demanda nesses estabelecimentos. Ele ainda lembrou que as estatísticas deverão confirmar o peso dos protestos nos dois estados mais populosos sobre o desempenho do varejo nacional.
José Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC), afirmou que o prejuízo de lojistas com o vandalismo e os saques ainda está sendo calculado, mas o impacto da retração com os protestos é bem visível. “Mesmo assim, a inflação continua sendo o principal fator negativo para as vendas”, salientou, lembrando que os primeiros quatro meses do ano foram os piores em uma década. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou uma expansão real de 3% de janeiro a abril, três vezes menor que a de igual período de 2012.
Estímulo
Os varejistas também torciam pela prorrogação total do corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de eletrodomésticos da linha branca e móveis, que começa a ser recomposto gradualmente na segunda-feira. “O governo está muito comprometido a fazer ajuste fiscal”, lamentou Luiza Trajano, vice-presidente do IDV e presidente da rede de lojas Magazine Luiza, após reunião de representantes dos setor com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O diretor da Guararapes, dona das lojas Riachuelo, Flávio Rocha, promete não repassar o aumento do tributo: “Com uma subida menor, dá para segurar”, disse.
Fonte: Correio Braziliense
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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