A única opção do PSB
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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O PSB anuncia nesta quarta-feira a sua posição no segundo turno da disputa presidencial, mas a ala pernambucana da legenda já está pronta para defender o nome do tucano Aécio Neves (PSDB) na nova etapa. Em reserva, para evitar demonstrações de falta de unidade no caso de a nacional optar por outro caminho, como a independência, por exemplo, eles têm um repertório completo de motivos para apoiar o tucano.
O principal deles se refere às relações esgarçadas com o PT desde 2012, quando os socialistas decidiram lançar candidato à Prefeitura do Recife, peitando os petistas e seus 12 anos da gestão municipal. Foi o ponto de partida para o fim de uma relação que nunca foi harmoniosa, mas que vinha sobrevivendo desde 2006.
E a lista de motivos para o apoio ao tucano continua, demonstrando ressentimentos ainda latentes. Relembram, por exemplo, da carta que o PT divulgou no seu Facebook, em janeiro passado, na qual classificaram Eduardo Campos de “playboy mimado” e que “vendeu a alma à oposição”. “Há condições de apoiar depois disso?”, dispara integrante do PSB com mandato.
Face: PT dispara a mais dura crítica contra Eduardo
Um outro membro da sigla argumenta que, com a morte de Eduardo, os adversários na eleição estadual deram um tratamento por vezes desrespeitoso à memória do ex-governador e, também, com a família do líder socialista, que entrou na campanha de Paulo Câmara. Ao passo que o tucano, em sua primeira entrevista após o primeiro turno, fez referência ao ex-governador na primeira frase que pronunciou.
Mas é no campo político que residem os maiores motivos para o partido desembarcar na candidatura de Aécio. Durante toda a campanha, os candidatos socialistas adotaram o discurso de que, ao lado da presidente Dilma Rousseff (PT), estava o time de Renan Calheiros, José Sarney, Fernando Collor, representantes da “velha política”, tão combatida pelo PSB.
No caso da disputa estadual, ainda montaram todo o discurso baseado na premissa de que o País parou nos últimos três anos. E talvez seja nesse discurso administrativo que resida a decisão do PSB local. Com a reeleição de Dilma, e com o confronto escancarado entre os partidos, as torneiras para Pernambuco poderiam ser fechadas ainda mais.
Ao passo que, com Aécio, ainda há a possibilidade de retomada das parcerias entre Governo do Estado e Federal. Mesmo que não seja garantido.
Diante de tudo isso seria difícil passar uma borracha e levantar a bandeira de Dilma. E é isso que os socialistas externam em conversas sob anonimato, o apoio a Aécio. Por certo, independente da decisão do partido, dificilmente eles farão movimento contrário ao que já defendem.
Fonte: Blog da Folha
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