Apesar de crise, preços de automóveis sobem no Recife
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
A crise que ronda o setor de automóveis não se reflete nos preços para o consumidor que procura as concessionárias do Grande Recife. Apesar de a indústria registrar menor produção em relação ao ano passado e demissões, os automóveis novos não registraram uma redução de preços, movimento esperado quando há dificuldades de vendas em qualquer setor. Pelo contrário. Em alguns casos, os carros estão até mais caros quando comparados com o ano passado. Além disso, as condições de pagamento oferecidas como promocionais pelos bancos terminam não enchendo os olhos de quem pretende financiar o automóvel. As melhores taxas são difíceis de aprovar porque exigem entradas gordas de 60% do valor do automóvel e prazo curto, de 12 meses.
“Um carro popular de entrada fica na faixa dos R$ 35 mil. Acho esse valor alto, deveria estar na casa dos R$ 28 mil”, opina o comerciário Tarcísio Jacobine, que vai comprar um carro para a filha. “Com relação ao financiamento, acredito que as tarifas estão pouco atraentes. A Caixa, que está fazendo um feirão, oferece 0,93% para correntistas, mas a entrada é muito alta”, completou. Apesar de não se agradar das condições, Jacobine vai fechar negócio a uma taxa de 0,99% em 48 meses com o banco da revendedora. “Minha filha precisa do carro”, diz.
Os próprios vendedores admitem que os carros novos estão com preços maiores quando comparados aos praticados no final do ano passado. O gerente de negócios da América Ford da Encruzilhada, Vitor Gusmão, diz que há um ano o mercado vinha sendo beneficiado pela redução do IPI. Além disso, no caso da montadora americana, a renovação dos modelos também forçou os preços para cima. O novo Ford Ka trouxe o modelo para o patamar do Fiesta Rocam. O modelo antigo de entrada era comercializado por R$ 29.000. O novo não sai por menos de R$ 35.990 mil, que subiu de patamar para substituir o New Fiesta Hatch como automóvel de entrada. Mesmo os modelos que não sofreram mudanças estão mais caros, como o New Fiesta Hatch, que no ano passado saía por R$ 38.990 e hoje está por R$ 42.990. “Temos de considerar o IPI nesses preços”, justifica Gusmão.
O vendedor da Disnove, revendedora Volkswagen, lembra que os carros também ficaram mais caros por causa da exigência de airbag e freios ABS. Desde janeiro todos os automóveis novos têm obrigação de sair da fábrica com esses equipamentos. Para o Gol, o maior sucesso de vendas da Volks, isso representou uma diferença de R$ 2 mil. Até dezembro, esse modelo de entrada, com quatro portas, saía por R$ 32.900. Atualmente a mesma versão custa R$ 34.900. A manutenção, e até mesmo o aumento dos preços, pode ser reflexo de um nível de venda menor que ainda não foi suficiente para as marcas reduzirem suas margens. Nas duas revendas visitadas, a equipe de vendas foi reduzida em 20%, de 10 para 8 vendedores. A Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE mostrava uma retração em junho de 0,8% nas vendas de 12 meses para o setor de automóveis em Pernambuco. No caso dos bancos, o receio do endividamento das pessoas faz as instituições ficarem mais seletivas para aprovarem o crédito.
Fonte: JC
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)





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