Azul para lembrar o Dia Mundial do Autismo

13Um dos maiores medos de quaisquer pais é que algo os impeça de continuar cuidando e provendo os rebentos, antes deles poderem “caminhar com as próprias pernas”. O desafio de imaginar o cenário ao tratar de filhos com transtorno do espectro autista é ainda maior. Com dificuldades de comunicação, sociabilização ou inadequação a comportamentos tidos “normais” e “aceitáveis”, ser autista é conviver com as limitações que os olhos ao redor lhe impõem. Ser pai de um é acreditar poder transpor essas barreiras até, enfim, vê-las cair por terra. O segundo dia de abril, Dia Mundial do Autismo, é um lembrete dessa bandeira e um medicamento que se propõe a curar apenas a ignorância coletiva sobre um assunto que se prefere fingir inexistir até ouvi-lo bater à porta.

“Será que ela vai se virar? Vai poder casar, estudar?”, questionou Cícera Chagas, 36, sobre a filha Ágata, então com dois anos. O diagnóstico abalou a confiança e virou foco de todo o planejamento familiar. Após três anos, várias sessões de fonoaudiologia, neuropediatria e terapia ocupacional, além de vaga num colégio inclusivo, a menina faz amizade com outras crianças, treina a memória brincando e aprende como se comportar em cada situação. “Tenho certeza que ela vai conseguir tudo que quiser. Uma de nossas missões é entregar os filhos a uma sociedade mais justa. Assim será, combatendo o preconceito”, finaliza Cícera.

 Entre a infância e a adolescência, a principal dificuldade dos pais de Diogo Calife, 15, sempre foi encontrar um colégio. Numa época em que não se falava em inclusão, inserir o garoto num contexto de aprendizado foi um desafio. “A melhor escola é aquela que ‘compra’ seu filho. De verdade”, conta a psicóloga Rejane Calife, 50, que abandonou a carreira para ser mãe em tempo integral. “Tem que ser um esforço conjunto, inclusive da família, nas pequenas coisas, como não falar com voz infantilizada ou em terceira pessoa”, explica. “E se nem os médicos entendem direito, porque autismo não aparece numa ressonância magnética, por exemplo, tudo cabe aos pais. Viramos ‘esPAIcialistas’”, completa o marido, Roberto Calife, 50. O resultado já aparece. Mestre em tablets, jogos de computadores e desenhos virtuais, Diogo é autor de Laydo em hora de dormir, escrito e ilustrado por ele, lançado na Bienal do Livro de 2013.

“Estou terminando o novo”, garante, sobre a continuação da aventura, feita originalmente para divertir os amigos da escola.

 Bruno Brugnini, 24, nunca foi à escola. Não havia iniciativas para pessoas com esse tipo de síndrome e ele acabou não sendo alfabetizado. A mãe e psicóloga, Pierina, 60, não acredita na lógica da inclusão, mas no foco em competências. “Numa escola comum, ele não acompanharia os assuntos e se sentiria mal. Hoje, mexe em smartphone, baixa músicas, se vira sozinho”.

Bruno estuda violão e alfaia e entre as programações de casa, vai à esquina colocar crédito no celular para gastá-lo com a namorada, Iris. Diz querer abrir um restaurante um dia. “Yakisoba com molho” é o que irá servir. A experiência de mãe e filho é contada no livro Acendam as velas, precisamos de luzes. “É um trabalho voltado a famílias que não têm condições financeiras de investir em inúmeras sessões de fonoaudiólogos e terapeutas, mas podem desenvolver a independência dos filhos”, conta Pierina.

Hoje, Ágata, Diogo e Bruno usarão azul, símbolo da causa. Serão personagens de um cotidiano que ganha espaço no Dia Mundial do Autismo. Depois, usarão verde, vermelho e outras cores, como qualquer outra pessoa. Um lembrete que, à parte, não estão seus mundos, apenas suas diferenças.

Fonte: Diário de PE

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

 

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