Cais José Estelita começa a ser demolido e grupo acampa no local
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Um grupo de manifestantes acampa no Cais José Estelita, no bairro do São José, na área central da capital pernambucana, na manhã desta quinta-feira (22), após o Consórcio Novo Recife ter iniciado a demolição dos armazéns do local na noite da quarta (21). Segundo os manifestantes, as máquinas pararam o serviço por volta da meia-noite da quarta após uma advogada do grupo Direitos Urbanos, movimento que desde o começo do projeto pressiona a gestão municipal contra a construção, ter alegado que o alvará apresentado pelos seguranças era uma cópia do original.
Em nota divulgada no grupo Direitos Urbanos no Facebook pela advogada Liana Cirne Lins, uma das integrantes, um dos manifestantes foi agredido pelos seguranças. Ela afirma que os seguranças o agrediram com chutes, socos e coronhadas pelo corpo, além de terem quebrado o celular e apagado as fotos que ele teria feito dos tratores demolindo os armazéns.
“Essas agressões foram executadas por sete seguranças […], que o agrediram com chutes, socos e coronhadas por todo o corpo. Ele agora irá fazer exame de corpo de delito. Seu celular teve as fotos apagadas e foi quebrado. Ele reconheceu um dos seus agressores quando voltou acompanhado de outros membros do Direitos Urbanos e da polícia. Porém, um sargento fechou o portão nesse momento e só o reabriu depois que o agressor havia se escondido. […] Quanto ao alvará de demolição, o documento que foi apresentado a mim era uma cópia xerox colorida. O alvará original não foi apresentado”, afirmou a advogada na rede social.
O projeto vem despertando polêmica na cidade desde o princípio. Em dezembro de 2013, a Prefeitura do Recife aprovou o projeto imobiliário que vai construir 12 torres ao longo do Cais, exigindo novas ações mitigadoras – aquelas tomadas para compensar os possíveis danos causados pela construção. O valor da compensação subiu de R$ 32 para R$ 62,7 milhões, com a inclusão de biblioteca, túnel e um parque linear, entre outros itens. Um termo de compromisso entre a gestão municipal e consórcio do projeto Novo Recife foi assinado na ocasião.
O grupo Direitos Urbanos (DU), que desde o começo pressiona a gestão municipal contra o projeto, critica que a “escala desumana e desproporcional dos edifícios” permanece “intocada”, além de apontar falta de transparência e de participação da sociedade no processo, entre outros aspectos. Vencidas etapas que incluem as licenças para construção e elaboração de projetos executivos, a estimativa é que as obras comecem no segundo semestre de 2014.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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