Os casos de câncer aumentarão 50% em 16 anos, alerta a Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer (Iarc). Em 2012, foram diagnosticados, no mundo, 14 milhões de casos, e a instituição ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o número subirá para 22 milhões em 2030. Ao mesmo tempo, as mortes em decorrência dos tumores malignos passarão de 8,2 milhões para 13 milhões por ano.
“O peso recairá especialmente sobre os países de renda média e baixa. Mas mesmo as nações com rendimentos mais elevados terão dificuldades para enfrentar os crescentes custos dos tratamentos”, avalia o diretor da Iarc, Christopher Wild. Os dados foram divulgados ontem, antecipando alertas também emitidos hoje por médicos e cientistas em razão do Dia Mundial do Câncer.
O envelhecimento da população e o crescimento de hábito de risco, como fumar, acompanham o aumento dos casos de câncer, alerta a Iarc. De acordo com a agência, em 2011, as complicações em função dos tumores malignos substituíram as doenças cardíacas como a principal causa de morte. “É necessário um maior compromisso com a prevenção e detecção precoce para lidar com o aumento alarmante na incidência de câncer a nível mundial”, acrescentou Wild.
Entre os homens, o câncer mais comum, segundo o relatório, é o nos pulmões (16,7%), seguido pelo de próstata (15%), o colorretal (10%), de estômago (8,5%) e de fígado (7,5%). No caso das mulheres, o mais frequente é o de mama (25,2%), o colorretal (9,2%), de pulmões (8,7%), de útero (7,9%) e de estômago (4,8%).
O documento indica ainda diferenças regionais em relação à doença. Mais de 60% dos casos e 70% das mortes ocorrem na África, na Ásia, na América Central e na América do Sul. Na América Latina e no Caribe, o câncer de mama e o de próstata são os que têm maior incidência em mulheres e homens. No geral, o câncer é diagnosticado em uma idade mais avançada em países menos desenvolvidos. E, a nível global, o câncer de pulmão é o mais letal, com 19,4% do total de mortes, seguido pelo de fígado (9,1%) e pelo de estômago (8,8%).
O estudo pede novos esforços na prevenção, incluindo a vacinação contra a hepatite B e o vírus do papiloma humano, o que pode ajudar a reduzir a incidência de câncer de fígado e de colo do útero, respectivamente. Há também uma cobrança com relação a projetos que promovam o exercício físico para combater a obesidade e campanhas antitabagismo. A estimativa da IARC é de que, em 2010, o custo total anual do câncer foi de US$ 1,16 bilhão, sendo que “quase metade dos casos poderiam ter sido evitados”.
Fonte: Correio Braziliense
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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