Discurso pronunciado pelo Deputado GONZAGA PATRIOTA – PSB/PE Na Sessão do dia 25/03/2014.

2112Senhor Presidente,

Senhoras e Senhores Deputados,

 

CARTAS DE PAIS DESESPERADOS E AFLITOS

         Registro o recebimento, ontem dia 24 de março, de duas cartas que, como pai e cidadão de bem como são os missivistas, me abalaram o coração e a alma.

         Trata-se, senhor Presidente, colegas Deputadas e Deputados, de dois amigos de infância: Moysés, filho do Sr. Júlio do Doce, fundador do bairro do Prado, em Salgueiro e de sua esposa, Maria Marly, pais de Leonardo Tácito, sócio majoritário da empresa ALVES ELETRO COMPRA PREMIADA, instalada em minha querida Salgueiro, no Estado de Pernambuco.

         Além de conhecer Moysés e Marly desde crianças, sou cliente dessa empresa. Como salgueirense adotado e ter domicílio nessa cidade, adquiri um consórcio de moto da empresa Alves Eletro Compra Premiada e, sorteado, recebi a motocicleta, tendo, em seguida, adquirido outro consórcio, ainda em tramitação. Acompanhei, também, o drama causado aos missivistas, quando acionados judicialmente.

         Eis as correspondências de Moysés Alves Primo e de Maria Marly.

         Caro Amigo Gonzaga Patriota, venho lhe pedir que possa estar me ajudando a cumprir a minha missão. Pois preciso de todo apoio possível nessa empreitada.

         Passo por uma crise muito difícil, e hoje o que está em jogo é o futuro do meu filho, Leonardo Tácito, pois a empresa que constituí (Alves Eletro – Compra Premiada) coloquei em nome dele como forma de deixar um bom legado para ele, porém, as coisas não saíram como planejado e hoje, por ele ser o titular da empresa, passa por um processo penal do qual é acusado de CRIME CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO.

         Logo, qualquer penalidade que por ventura possa acontecer no decorrer dessa história, será ele que sofrerá as penas e os resultados futuros da mesma sem culpa direta alguma, pois a iniciativa de abrir essa empresa foi minha. E na época que eu decidi por abrir a empresa, não sabia que estava cometendo crime algum.

         Pois nada se via falar sobre ser proibido constituir uma empresa como essa modalidade, além de já existirem mais de 7.000 Compras Premiadas espalhadas pelo Brasil na época em que eu iniciei a minha loja e nada se falava ou noticiava como sendo um comercio irregular.

         Se eu soubesse, jamais teria iniciado essa empresa, e MUITO MENOS a colocado em nome de meu filho para que ele sofresse processo algum por isso. Acho que essa é a maior prova de que eu nada sabia sobre ser irregular o negócio de Compras Premiadas, pois creio que nenhum Pai, pelo menos de boa índole, faria tal coisa sabendo ser ilegal e mesmo com esse conhecimento, ainda colocar a empresa em nome do filho, podendo, nesse caso, prever que futuramente ele passaria por duras penas com tudo de negativo que ocorresse.

         Se o processo corresse em meu nome, eu não estaria tão preocupado, pois não me importaria com nada que viesse a me ocorrer, estando meu filho e a minha família imunes.

         Faço-lhe esse pedido de um Pai para outro Pai. Meu filho ainda tem uma vida toda pela frente. Faz planos de se casar com uma boa moça. Planos esses, hoje suspensos por ele, por medo do futuro que possa estar a sua cola, pois ele não quer que ELA esteja com ele, caso as coisas fiquem difíceis.

         Meu filho hoje cursa também a faculdade que sempre sonhou, DIREITO, pois sempre se interessou por essa área e faz planos de gozar de uma magistratura plena. Sonho esse também vivido a mercê do pânico de ver tudo acabar de repente por causa do processo que corre em seu desfavor.

         Enfim, encerro meu pedido, pois sei que você tem muitos compromissos, e devo ser breve e direto no que solicito. Anexo a esse Email está uma carta que eu gostaria muito que você leia e que a fizesse chegar às mãos e ao conhecimento da nossa Presidente. A carta foi escrita por Minha Esposa Marli no expandir de sua angustia, medo e preocupação por nosso futuro.

         Quem sabe, você possa conseguir junto aos seus colaboradores e colegas de trabalho que o conteúdo dessa carta seja nos proporcionado de alguma forma, por mais extraordinária que seja. Pois no fim de tudo, até hoje, em quase seis anos de trabalho, nós só contribuímos com a população de Salgueiro gerando emprego e renda. Nenhum dano causamos a população ou a qualquer cliente.

         E sempre contribuímos ainda com todos os impostos REGULARMENTE que nos cabiam por todo esse período de existência da nossa empresa. E no fim, temo pela segurança e pelo futuro do meu filho e da minha família, pois vivemos em um local do interior nordestino, em que a lei, para alguns, ainda é justificada através do “olho por olho, dente por dente”. E talvez, quando a justiça de verdade que deveria ser feita seja reconhecida, temo já ser tarde demais!

         No aguardo de Vossa Excelência e, confiante na sua conduta inabalável como Deputado e Pai, aguardo resposta!

Moysés Alves Primo – Moysés do Doce

Salgueiro – PE. Tel. (87) 9613-5053(87) 9613-5053 TIM – Tel. (87) 8809-6474(87) 8809-6474 OI

MÃE DESESPERADA/ESPOSA AFLITA.

          Meu nome é Maria Marly, não sou nenhuma autoridade, nem tão pouco possuo diploma algum, ou cargo importante, sou apenas uma cidadã brasileira, uma mãe desesperada, uma esposa aflita, que teme pela segurança de sua família, portanto gostaria de expressar meu grande desapontamento a esse sistema falho chamado “justiça”. Se de alguma forma eu me expressar excessivamente, peço que me perdoe, pois no entusiasmo da fala, escrevo o que me vem e não sei como falar em palavras éticas ou em termos acadêmicos, por isso me permiti escrever como falo.

          Gostaríamos muito que soubessem da nossa história e do que eu e minha família temos passado por causa justamente da justiça. Eu vejo dizer que o papel principal do Ministério Público Federal é proteger as pessoas, mas no nosso caso, NÃO! Fecharam temporariamente a nossa empresa de uma maneira, no mínimo, revoltante para nós que estamos do lado mais fraco da lei. O lado onde ela atinge mais do que protege.

          Que justiça temos hoje? justa ou injusta? de quem e para quem? O que sei é que essa nossa justiça brasileira por vezes, tão bem referenciada “na teoria”, sempre se posiciona apenas do lado dos mais fortes “na prática”.

         A nossa empresa atua no segmento de compra premiada, já existente no País á mais ou menos 18 anos e com mais de 07 (sete) mil compras premiadas espalhadas pelo País, onde até o dia em que a “justiça” determinou nossa paralisação, não sabíamos que estávamos cometendo crime algum.

          Se nós erramos, como foi alegado “Crime contra o Sistema Financeiro” que nem sei por quem é representado, se pelo estado, ou pelo governo federal, porque não fizeram o que lhes cabia de forma que não prejudicasse as pessoas e nem a nós que trabalhamos tanto e honestamente para erguer todo um patrimônio? Porque nos trataram de forma tão diferenciada das demais empresas do mesmo ramo?Enfim, na outra ponta da lança, sabemos que não é nenhuma novidade que muitos crimes hediondos são o que mais se ver neste País e ficam por isso mesmo em sua maioria.

          Tudo que estamos passando com os nossos clientes e também fazendo os próprios passarem, de certa forma, se deve ao modo drástico que nos abordaram e fecharam nossas portas para o trabalho, imputando a nós, a imagem de sermos como outras empresas desse mesmo ramo que trabalharam de forma muito errada, como pode acontecer também em qualquer outro ramo empresarial. Nossa imagem levou mais de 05 (cinco) anos para ser construída, porém, foi devastada em apenas uma canetada.

          A nossa empresa teve início em Junho de 2007 e até a data de 11/09/2012, quando decretaram que deveríamos paralisar nossos trabalhos, não havia nada que ferisse nossa conduta que era impecável frente a todos os nossos clientes, pois tudo corria bem até este dia. Nada devíamos a ninguém e todos os clientes recebiam de imediato as suas premiações referentes aos sorteios em que eram contemplados.

          E assim foi durante 05 (cinco) anos. Ou seja: até o momento de sermos surpreendidos com a atitude do Ministério Público, JAMAIS tivemos QUALQUER problema financeiro com NENHUM cliente, ou fornecedores, bancos, funcionários, contadores, locatários, NADA!Além de dispormos ainda de uma quantidade significativa de dinheiro aplicado nos bancos e de muitas mercadorias adquiridas e estocadas em nossos depósitos. Medida essa que tomamos como fonte de reserva para os primeiros grupos contratados de compra premiada que estavam se encerrando.

          Não estou contradizendo a justiça ou alegando que culpa nenhuma temos. Apenas não sabíamos que estávamos cometendo um crime. Somos de uma família humilde, nascida e criada na cidade onde exercemos nossas funções trabalhistas. Todos os nossos funcionários são registrados e pagamos todos os nossos impostos em dia.

          Conquistamos a admiração e o respeito dos nossos mais de 2.700 (dois mil e setecentos) clientes, apenas com o sobrenome que carregamos na cidade natal, procurando trabalhar com transparência e responsabilidade e sempre respeitando os clientes em primeiro lugar, pois aqui em nossa cidade, posso assegurar que 90 % da população nos conhecem e sabem da nossa idoneidade e caráter.

          Em nenhum momento esbanjamos de algum luxo ou usufruímos de futilidades para demonstrar uma riqueza que não tínhamos, até porque sabíamos que deveríamos poupar e investir para na época de encerramento dos grupos (que é o momento de maior necessidade de capital para fazer esse negócio dar certo), honramos com todas as nossas obrigações perante todos os nossos clientes. Não temos riqueza alguma, nem carros caros, ou mesmo se quer uma casa própria (fato esse que pode ser facilmente investigado).

          Não vivemos cometendo luxurias, vivemos do nosso trabalho. Meu esposo que já tem 62 anos, é um homem honrado e honesto, nunca enganou ninguém, ele apenas entrou em um negócio errado e na hora errada. Mas somos uma família de DEUS e o servimos com Amor e Respeito.

          O que estou dizendo é que poderia ter sido feito sim toda investigação a respeito do que fosse necessário para garantir os haveres dos clientes que haviam contratado com a nossa empresa, porém, poderia e DEVERIA ter sido realizado tal investigação de outro modo, sem precisar decretar o fechamento e paralisação da nossa empresa.

          Em outros lugares aconteceu a mesma investigação, mas em nenhuma outra situação, a empresa precisou parar de funcionar para ser investigada. Algumas pararam de funcionar, é verdade! Mas pararam por conta própria e porque já não conseguiam mais pagar as pessoas, pois provavelmente investiram errado o capital da empresa, ou o desperdiçaram com futilidades e de maneira exagerada. E conosco? JAMAIS ACONTECEU FALHA OU ATRASO QUANTO AOS PAGAMENTOS QUE TINHAMOS COMO OBRIGAÇÃO CONTRATUAL DE EFETUAR AOS NOSSOS CLIENTES!!!

          O correto seria ter deixado que continuássemos os trabalhos, porém, sem fazer novos contratos, reduzindo os nossos grupos de clientes, até terminar, como tanto pedimos e sugerimos que fosse autorizado ser posto em prática com o auxilio da nossa advogada através de um acordo, chamado “TAC” (Termo de Ajustamento de Conduta). Pois se assim tivessem agido conosco, a nossa credibilidade não teria sido tão absurdamente abalada. Poderia ser tudo diferente e terminar tudo bem, Mas neste país, pobre vai para cadeia e não tem voz. Voz tem quem é rico, e “nós” a quem pedir socorro?

         A justiça atual pouco pensou e analisou o problema a fundo para saber como atuar conosco e sequer se deu ao trabalho de se precaver sobre a melhor maneira de não prejudicar tantos cidadãos que nada tem haver com o problema.

         A nossa imagem, o nosso trabalho e a nossa credibilidade foram imensamente prejudicados. Imagine a situação de uma empresa fechada durante 06 (seis) meses, mantendo em dias suas despesas mensais que somavam cerca de 175 mil reais, sem entrar um tostão? Obvio que ninguém se mantém em dada situação! Porém, apesar de todas as dificuldades, conseguimos pagar a cerca de 60% dos nossos clientes até agora, mas chegou a um ponto em que esta inviável. Nós jamais desejamos levar prejuízo á ninguém. Mas fomos tratados de forma diferente pelo Ministério Público quando fomos investigados. A promotoria levou mais de 06 (seis) meses para fechar o acordo de ajustamento de conduta conosco, para só então, a partir desse momento, ser possível à liberação de continuidade dos nossos trabalhos.

         Reforço, SEIS MESES PARADOS! Um absurdo de tempo. Impossível de se manter um lastro financeiro sustentável para um funcionamento futuro. Todos os planos econômicos que havíamos elaborado para uma sustentação em longo prazo foram abalados com o prejuízo que nos sucumbiu durante todo esse tempo. E esses danos financeiros perduram até hoje. Só me resta lembrar aqui, as palavras de um sábio jurista: “JUSTIÇA TARDIA, NÃO É JUSTIÇA”.

          Tudo que nos foi pedido pelo Ministério Público Federal, entregamos em uma semana, foram dias de serão, funcionários sem dormir direito para entregarmos todas as exigências, e mesmo assim, durante seis longos meses o Ministério Publico Federal negava-se a realizar o TAC. Nesse período difícil, todos esperavam que fugíssemos, e muitos dos nossos clientes até nos admitiam, por vezes, que estando em nosso lugar, com certeza anoiteciam e não amanheciam. Pois houve todo tipo pressão e de comentário absurdo a nosso respeito em toda cidade, onde o menos grave deles era de que iríamos fechar as portas e correr. Esse principalmente, se disseminou descontroladamente. MAS NÃO!Pelo contrario, corremos atrás do prejuízo e de uma solução que fosse viável á todos. Foi então que em último caso, recorremos ao Ministério Publico Estadual que aliado ao PROCON da nossa cidade, deram o aval em 24 horas para realização do TAC! E só assim, posteriormente, o acordo foi assinado pelo Ministério Público Federal e pelo juiz competente e claro, pelos órgãos que nos apoiaram para tal. Dessa forma, pudemos então continuar nossos trabalhos no sentido de trabalhar apenas com os contratos já firmados até aquele momento e sem efetuar novos contratos, perfazendo assim a finalização do segmento aos poucos à medida que os grupos iriam sendo diminuídos.

          Pois bem, após fazer com que perdêssemos todo o nosso capital, com advogados caríssimos, viagens desses advogados para nossas diversas defesas, “sem sucesso”e seis meses depois, após deixar de arrecadar cerca de um milhão e quatrocentos mil reais nesse período, voltamos à atividade, onde houve uma avalanche de desistências por causa da credibilidade abalada devido à paralisação desnecessária.

          Para se ter uma ideia do prejuízo moral, após liberação das atividades, tivemos um total de cancelamento que chegou a cerca de 40% do total de contratos que tínhamos ATIVOS, e cerca de 20% destes cancelamentos, tivemos que pagar de imediato. Logo começaram a surgir quitações antecipadas de contratos que foi a gota d’água para desestabilizar financeiramente nossa empresa, onde passamos a sofrer com diversas ameaças no trabalho, em nossa própria casa e por telefone. E pior, não só conosco, mas também com nossos filhos, netos e funcionários. Houve dias, inclusive, que tivemos de trabalhar com a polícia dentro da loja, pois sofríamos o risco de invasão ou depredação do patrimônio.

          Na época da paralisação a loja abria apenas para atender telefone e dar explicações aos clientes de que nossas atividades estavam suspensas, segundo a determinação da justiça, e até fazê-los entender o porquê de não podermos mais receber pagamentos, éramos enxovalhados de palavrões de baixo escalão e ameaças de morte! Só nós sabemos o que tivemos de passar neste período, pois temos a boa intenção de pagar a todos e não lesar ninguém, pois se esse fosse nosso intuito, teríamos fugido de imediato e não teríamos sofrido tanto, e ainda estamos sofrendo, pois nada mudou, ao contrário, só piora a cada dia no que diz respeito à desconfiança de todos.

         E agora? Onde buscar recursos? Fomos vendendo tudo que tínhamos, pedindo empréstimos aos bancos, empenhando nossos bens, e etc., mas nada disso mudou o quadro do enorme prejuízo que a paralisação nos penalizou sofrer.

          No momento em que fomos acusados de “Crime Contra o Sistema Financeiro” o Ministério Público vislumbrou apenas o fato de algum prejuízo que a empresa pudesse estar causando ao Estado, pois se tivesse havido realmente o zelo para com os cidadãos que contrataram conosco, não teria agido de forma tão radical inicialmente quando determinou de início a nossa paralisação e nem teria agido com tanto desprezo posteriormente, em um momento de necessária urgência para encontrar a solução mais rápida e benéfica a todos.

          O que não se entende é que houve “dedos rápidos no gatilho” por parte do Ministério Público, na hora de paralisar uma empresa que, diga-se de passagem, não havia até o devido momento de parada nenhum sinal de turbulência financeira ou de obrigações desonradas para com qualquer cliente ou mesmo para com o Estado no tocante a todos os impostos que nos eram impostos, porém, no momento que o mesmo ministério deveria agir com a mesma presteza ao analisar a possibilidade de um acordo para voltarmos a trabalhar, isso não só não ocorreu, como também demorou o suficiente a ponto de garantir uma falência de recursos que haviam sido poupados por cinco longos anos árduos de muito trabalho, onde seriam investidos de forma correta para garantir a segurança econômica da empresa e dos clientes.

          Não me acanho em lembrar que antes das acusações que nos foram atribuídas pelo Ministério Público, em momento algum, nunca nenhuma pessoa, física ou jurídica nos questionou a respeito de nada, pois sempre honramos com os pagamentos das premiações dos clientes de forma imediata e integral. A nossa credibilidade era tão alta que havia muitas pessoas sem fila de espera por vagas nos grupos para contratar conosco.

          Hoje estamos reabertos há 11 meses. Mas infelizmente hoje também, são inúmeras as reclamações nos órgãos competentes. Mas isso se dá, não pelo fato de não receberem suas premiações, mas sim, porque agora, todo mundo quer desistir e cancelar seus contratos e receber em exatamente o que pagaram sem custas, ou desconto algum. É de corroer por dentro a minha tão grande frustração e indignação ao olhar o nosso quadro hoje e lembrar que por cinco anos trabalhando em um ramo comercial misto de compra premiada e de comércio varejista de móveis e eletros “convencional”, nós jamais tivemos nenhuma reclamação registrada em qualquer órgão de proteção e defesa do consumidor ou mesmo nenhuma ação judicial de qualquer natureza.

          Apesar de tudo, 11 meses após o retorno das atividades, nenhum cliente deixou de receber sua premiação e claro, ninguém foi lesado. Mas chego a me desestabilizar emocionalmente ao notar que hoje, as portas dos bancos, fornecedores e até de muitos amigos, estão fechadas para nós. Eu mais uma vez pergunto em súplica de socorro: a quem vamos recorrer para quitar todos os clientes? Pois TODOS é o que queremos!

          Hoje somos questionados por tudo e por todos. Eu encaro a situação de que nós fomos punidos por um crime antes mesmo de sermos julgados por ele. E pior ainda, no nosso caso em específico, sofremos a pena, antes mesmo de julgados. Pois, acredito que a medida mais correta seria ter paralisado a empresa apenas após julgado o processo de investigação e constatado que realmente essa seria a única ou a melhor alternativa a se tomar. Para provar tamanho equivoco por parte do ministério em nos paralisar sem motivo significativo para tanto, é que conseguimos voltar a trabalhar e tivemos as atividades liberadas novamente. Claro, com certas restrições e os devidos cuidados legais, mas voltamos a trabalhar. Não teria melhor para todos, termos continuado trabalhando sem nenhuma paralisação durante o processo de investigação? CLARO QUE SIM!

          Então eu pergunto – O estado não pensa nessas pessoas? E se não conseguirmos pagar a todos? Dadas às circunstâncias, será que essa culpa agora é só nossa? Pois fizemos e ainda estamos fazendo de tudo para honrar com todos os nossos compromissos que não são poucos e, até agora conseguimos, embora com muita dificuldade.

            Mas quem se responsabilizará e pagará pela repercussão do que aconteceu pela maneira impar da qual fomos tratados?Pois se não tivessem nos paralisado, ou se pelo menos não o tivessem feito por tanto tempo, com certeza não estaríamos nessa dificuldade. Pois admito que, se não tivesse ocorrido o trancamento de nossos trabalhos e se mesmo assim, nós ainda não conseguíssemos honrar com nossas obrigações, nesse caso SIM, teríamos alguma culpa.

          Mas essa chance, que foi dada a todas as outras empresas do mesmo ramo e que também foram investigadas, a nós foi castrada por motivos que desconhecemos e sem razão alguma significativa que se possa visualizar a tomada de tal decisão. Repito que não questiono o fato de sermos investigados, mas sim, a forma diferenciada que se manuseou a nossa investigação e a maneira, no mínimo, questionável de nos barrar, que explodiu como uma bomba em nossa cidade e nas nossas vidas, causando grande temor do que viria e um prejuízo do qual está cada vez mais difícil de reverter.

          Temo uma catástrofe, quando sei que tudo poderia ser diferente. Não queremos que nos sobre nada, queremos pagar as pessoas, para que assim nos sobre apenas à dignidade. Então para isso precisamos de ajuda. Hoje somos a vergonha da cidade. Todos se voltaram contra nós. Só o meu SENHOR DEUS esta conosco e apenas a Fé que temos nele está sendo capaz de nos fazer levantar todos os dias da cama, para buscar sobreviver a mais um dia de trabalho sem saber como irá terminar.

          Eu quero uma solução, uma ajuda, um socorro. Eu quero justiça! Fico me perguntando se esse segmento de compra premiada já funcionava há 18 anos, porque nunca ninguém tomou providências? Quando decidimos por entrar nesse segmento, dava-se a entender de uma forma geral que estava tudo bem e que não havia nenhuma restrição. 18 anos? Onde esteve o Ministério Público durante todo esse tempo? Nós que não temos nem mesmo uma casa própria para morar, nunca fraudamos ninguém, nunca roubamos e nesse momento final, suplicamos um forma de ajuda em nome de todas as pessoas que fazem parte da nossa empresa, pois estas depositaram seus sonhos e suas reservas conosco e não é justo que percam nada.

          Que justiça é essa? Nosso País tem verbas para doar a CUBA, gastou 09 Bilhões com os Estádios de Futebol, renegocia dívidas dos estados todos os anos, e os indiciados do mensalão que já são ricos, após terem sido acusados e condenados, ainda assim conseguem quantias absurdas pela internet, para pagar as próprias multas impostas pela justiça dos seus crimes. Fora os diversos crimes que acontecem corriqueiramente neste País, e que quando não ficam impunes, recebem penas brandas e em liberdade. Porque conosco, a justiça precisa ser tão dura a ponto de devastar toda uma família e suas extensões parentais, as quais jamais cometeram nenhum crime ou mau algum praticaram contra ninguém?

          Por isso estamos pedindo ajuda, pois não queremos nos tornar criminosos “no papel” ou até mesmo, perder nossas vidas. Pois tememos que fossem apenas estes os caminhos que nos esperam. Não temos a intenção de lesar ninguém, então, frente ao desespero, pedimos ajuda do nosso Estado e do nosso País, pois para a nossa família é muito ou quase impossível resolver isso sem ajuda de vocês.

     Mas sabemos que para Deus e para este governo, não é nada. Pedimos uma ajuda, uma linha de crédito. Algo que possamos pagar á longo prazo, com juros baixos e em um tempo maior de carência, para que assim possamos pagar a todos os clientes e em seguida saldarmos nossas dívidas com quem possa nos ajudar. Sabemos que meio a tantas arrecadações governamentais, possa haver um dinheiro á fundo perdido, esperando alguma finalidade para ser utilizado.

    Sempre ouvimos dizer que os bancos como, o BNDES socorre grandes empresas. Então pedimos algo nesse sentido para nossa pequena empresa, para que possamos sair dessa situação com dignidade e enfim nos livrarmos deste destino horrível que eu e minha família estamos prestes á enfrentar. Pedimos que, por favor, pela MISERICÓRDIA DE DEUS, olhe com carinho para este nosso pedido, pois é a vida da nossa família que está em jogo!

Maria Marli…

“Tel. (87) 9910-7433(87) 9910-7433

 

            Transcritas essas correspondências, eminente Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, agradeço-lhes, na medida do possível, as ler e recomendarem às autoridades envolvidas com esse processo, sem qualquer interferência no julgamento do mérito da ação penal que, como cidadãos, as leiam também.

De coração partido, encerro este pronunciamento.

 

Dados da Empresa

Razão Social:       LEONARDO TÁCITO MENDES ALVES-ME

Nome Fantasia:   ALVES ELETRO COMPRA PREMIADA

CNPJ:                  08.822.284/0001-03

Insc. Estadual:     18.5.755.0350418-2

Endereço:   Rua Clarisbalde Filgueira Sampaio, nº 220

bairro:                 Santo Antônio

cidade:                 Salgueiro-pe

Telefone:     (87) 3871-1521(87) 3871-1521

 

Dados do Processo

 

Nº do Processo:

0000294-73.2012.4.05.8304

 

Procuradora da República em Serra Talhada

Promotora do Processo: Dra Marília!

Tel. (87) 3831-6090(87) 3831-6090 / 3831-7292

 

Juiz Titular da 20º Vara Federal em Salgueiro-PE na época do Processo:

Allan Endry Veras Ferreira

Tel. da 20º Vara em Salgueiro: (87) 3871-8121(87) 3871-8121

 

Titular do Processo:

Leonardo Tácito Mendes Alves

Tel. (87) 9909-2420(87) 9909-2420 / (87) 8873-8580(87) 8873-8580 / (87) 3871-1521(87) 3871-1521

 

Advogada Responsável por nossa defesa:

Dra Vitoria Fernandes da Silva

OAB-SP 215.282

OAB-PA 12.084-A

Tel. (94) 3346-4215(94) 3346-4215 / (87) 9665-2363(87) 9665-2363

 

 

 

Deputado GONZAGA PATRIOTA

Membro da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados

Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Atividades
Gonzaga Patriota intensifica agenda no recesso parlamentar para agradecer votos e escutar demandas

De vento em popa: o deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) voltou a colocar os pés na estrada. O parlamentar está aproveitando o recesso para agradecer os votos recebidos nas últimas eleições. Neste quinta-feira (20), passou por Santa Maria da Boa Vista; Itacuruba; Floresta; Belém do São Francisco e Petrolina. Em Santa Maria da Boa Vista, Patriota se reuniu com os ex-prefeitos Rogério Júnior e Eliane Costa e com o atual Humberto Mendes. Na ocasião, se colocou à disposição para continuar ajudando o município com suas emendas. Em seguida, Gonzaga Patriota, juntamente com o deputado estadual Rodrigo Novaes, recebeu o título de cidadão de Itacuruba. O objetivo foi reconhecer os relevantes serviços prestados por Patriota ao município e pela sua atuação exemplar na vida pública. Dando continuidade aos compromissos, o socialista passou por Floresta e, ao lado de Sandro de Pocinhos, agradeceu os votos recebidos nessa localidade. Após, seguiu para Belém do São Francisco onde participou de uma reunião com os vereadores Joselito Nogueira e Dorgival do Riacho Pequeno; o líder político Dr. Luiz Henrique, médico de Salgueiro do Hospital Pronto Socorro São Francisco, vários empresários e gerentes dos bancos instalados na cidade. O intuito do encontro foi solicitar o empenho do deputado para conseguir a pavimentação da PE que liga Belém do São Francisco ao Trevo do Ibó, ao todo são 40 km de estrada. O socialista informou que vai trabalhar para atender essa demanda e tentar conseguir uma emenda de bancada. Nesse trecho se encontra a Agrodan, a maior exportadora de mangas do Brasil e a segunda maior do mundo. Encerrando as atividades do dia, Patriota participou da confraternização da Gerência Regional de Educação (GRE). A festa aconteceu no Restaurante da orla de Petrolina e serviu para reunir todos os gestores e professores das escolas do Submédio do São Francisco, sob gerência da professora Anete Ferraz. Neste ato, Patriota registrou que Pernambuco é o Estado com a maior educação do país.

Atividades
Gonzaga Patriota será o entrevistado do Programa Palavra Aberta

Na próxima segunda-feira (17), o deputado federal Gonzaga Patriota estará participando do programa Palavra Aberta, na TV Câmara, às 07h30. Na ocasião, o parlamentar irá relembrar os 30 anos da Constituição Brasileira. Palavra Aberta O Palavra Aberta é o espaço em que o parlamentar expõe suas ideias, fala de propostas que tramitam no Congresso Nacional e presta contas de sua atuação como deputado. O programa dá uma ampla visão da diversidade de temas que são tratados no parlamento brasileiro. Este programa dispõe de legenda oculta, na versão exibida na TV Câmara. segunda a sexta, às 7h30 e às 8h. Reprises: segunda a domingo, às 13h30 e segunda a sexta 21h.

Atividades
Gonzaga Patriota recebe maior honraria da Marinha do Brasil

O deputado federal Gonzaga Patriota (PSB/PE) recebeu, nesta quinta-feira (13), a Medalha Mérito Tamandaré, uma das mais expressivas condecorações de paz da Marinha do Brasil e extensiva a civis. Nesta data, comemora-se o nascimento de Joaquim Marques Lisboa, o almirante Tamandaré, patrono da Marinha Brasileira. Por isso, é celebrado também o Dia do Marinheiro. As medalhas foram destinadas a congratular aqueles que, de alguma maneira, tenham prestado relevantes serviços na divulgação ou no fortalecimento das tradições da Marinha do Brasil, honrando seus feitos ou realçando seus vultos históricos. A comenda foi criada em 1957. Além de Gonzaga Patriota, outras personalidades civis e militares, além de instituições, foram agraciadas com a Medalha Mérito Tamandaré. A cerimônia aconteceu no Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília.