Em lançamento de programa, Marina diz que é boa para conseguir votos para os outros
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Ao discursar no lançamento das diretrizes de governo da aliança PSB/Rede nesta terça-feira (4) em Brasília, a ex-senadora Marina Silva disse que não era “boa para conseguir votos” para ela própria, mas sim para outras pessoas.
Marina afirmou ainda que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pré-candidato à Presidência pela coligação, tinha mais “vantagem” do que ela por não enfrentar “metade dos preconceitos” que ela sofria.
“O Eduardo tem uma vantagem comparativa em relação a mim. Tem alguns, é nordestino, mas não tem a metade dos preconceitos que tenho que enfrentar. (…) Não sou boa para conseguir voto para mim mesma, mas sou boa para conseguir voto para outras pessoas”, disse.
Nas pesquisas eleitorais, porém, Marina figura na frente de Campos. Em 2010, a ex-senadora recebeu 19,6 milhões de votos nas eleições presidenciais, ficando em terceiro lugar no primeiro turno.
Marina Silva também criticou a polarização entre os “grandes partidos”, PT e PSDB. “São muito grandes, muito poderosos. Estão há muito tempo com essa prerrogativa [de vencer as eleições]”.
Já o governador Eduardo Campos, em seu discurso, admitiu que ajudou a eleger Lula presidente — o PSB rompeu recentemente com o governo do PT. No entanto, disse que o partido deixou o governo “pela porta da frente”.
Em entrevista coletiva após o evento, Marina evitou respondeu se irá concorrer na chapa como vice de Campos e disse que essa não era uma pré-condição da Rede para aceitar se aliar ao PSB.
“[A coligação ainda] tem todo o tempo do mundo para fazer essa discussão”, afirmou. “Quando fiz a aliança, (…) não colocamos nenhuma reivindicação de participação na chapa, a escolha do vice é feita pelo candidato. Para mim, o mais importante é o qual é o programa.”
O lançamento das diretrizes do programa de governo da aliança teve um clima bem menos sisudo do que o habitual para esse tipo de evento, com dança de frevo e a declamação de poesias.
Cinco eixos
No palco, como resultado da articulação do PSB/Rede para ganhar fôlego para o pleito de outubro, também estavam presentes políticos de diversos partidos, como o presidente nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire (SP), que oficializou hoje a adesão da sigla à coligação.
Campos e Marina apresentaram um documento que traz as diretrizes divididas em cinco eixos programáticos, que, após discussões regionais, servirão de base para o programa final de governo da coligação.
Os cinco eixos estão divididos em: 1) “Estado e democracia de alta intensidade”; 2) “Economia para o desenvolvimento sustentável”; 3), “Educação, cultura e inovação”; 4) “Políticas sociais e qualidade de vida” e 5) “Novo urbanismo e pacto pela vida”.
Na introdução do documento, são feitas críticas ao loteamento de cargos no governo federal e ao atual modelo político, além de defender maior participação da população, inclusive por meio das redes sociais.
“O modelo esgotou-se a olhos vistos, mas as forças políticas eu o operam esforçam-se para mantê-lo, negociando pedaços do Estado e entregando-os ao atraso para se manterem no poder”, diz o documento.
O eixo sobre o Estado propõe uma reforma política a fim de que a gestão pública seja constantemente avaliada pela população. Também defende uma reforma tributária para que Estados e municípios tenham mais autonomia.
Em outubro do ano passado, a aliança PSB/Rede já havia lançado um esboço do programa, em evento em São Paulo.
Os dois partidos se uniram após a Justiça Eleitoral negar o pedido de registro da Rede em outubro de 2013 devido à falta de assinaturas necessárias. Assim, o partido não está apto a disputar as eleições de 2014.
Fonte: Uol
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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