Greve dos Correios provoca encalhe de mercadorias nos centros de distribuição do estado, segundo sindicato
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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A greve dos funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), deflagrada por tempo indeterminado em 13 estados na noite última quarta-feira (29/1), por conta de mudanças no plano de saúde da categoria, já está causando problemas aos usuários com o atraso no serviço de entrega de mercadorias e correspondências. Além disso, o rastreamento das postagens, via site dos Correios, também está prejudicado. De acordo com Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos de Pernambuco (Sintect-PE), somente 2% a 3% das entregas estão sendo feitas no estado.
“São 4.040 trabalhadores (em Pernambuco) e 90% desse pessoal está parado. O movimento teve forte adesão em todo o Brasil”, afirmou Edson Siqueira, secretário de política e formação sindical da entidade. Nem mesmo o plano de contingência criado pela direção dos Correios para assegurar a entrega das mercadorias e correspondências tem resolvido a demora. De acordo ele, o serviço de rastreamento de postagens pelo site da ECT também está comprometido com a paralisação. “O serviço está temporariamente fora do ar, foi retirado pela empresa para não agravar ainda mais a situação”, limitou-se a dizer o sindicalista.
Procurada pela reportagem do Diario, a assessoria de comunicação dos Correios em Pernambuco concordou com a possibilidade de haver atrasos, mas discordou do volume de mercadorias encalhadas e afirmou, na tarde desta quarta-feira (5), que “95% das encomendas estão sendo entregues em dia”. No comunicado, destacou que “toda paralisação gera esse tipo de situação com o encalhe de mercadorias”. Em relação ao plano de contingência, a assessoria afirmou que “está sendo executado com plantões nos fins de semana, horas extras e deslocamento de empregados para atividades de distribuição.”
A assessoria regional dos Correios, no entanto, rebateu os números do Sintect-PE e disse que “82,6% do efetivo total está presente, o que representa 3.223 empregados”. Questionada sobre a situação atual nos centros de distribuição no estado, desde o início da greve, a assessoria informou que “o número acima (82,6% do efetivo total e 3.223 empregados em atividade) já inclui os centros de distribuição.”
Os Correios também rebatem a informação de que o rastreamento de objetos está comprometido. “Não houve nenhuma paralisação ou redução dos serviços de rastreamento dos objetos”, informa a nota enviada à redação. A informação foi reforçada, ainda, através de um comunicado da assessoria em Brasília, no qual informa que “todas as agências estão abertas e todos os serviços, inclusive o Sedex, estão disponíveis, com exceção dos serviços de entrega com hora marcada em algumas localidades”.
Impasse
Com a falta de entendimento entre as partes, a paralisação parcial dos Correios será julgada pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho (TST), cujo relator do processo é o ministro Márcio Eurico Vitral Amaro. A greve dos funcionários foi deflagrada na semana passada sob a alegação de que os Correios teriam modificado, de forma unilateral, a gerência do plano de saúde dos trabalhadores, o CorreiosSaúde, por um novo operador, a Postal Saúde.
O sindicato alega, ainda, que o novo plano não garante como dependentes os pais dos funcionários e não cobre os aposentados. Segundo o órgão, a mudança também criou um pagamento mensal, independente de os empregados usarem ou não o plano. Desde o início de janeiro, o plano CorreiosSaúde, que atende os empregados da ECT e seus dependentes, passou a ser operado pela Postal Saúde, registrada na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com política e diretrizes definidas pela ECT. As regras do plano, segundo os Correios, não foram alteradas.
Ontem, a direção dos Correios afirmou, através de um comunicado em seu site, “que não haverá nenhuma alteração no atual plano de saúde dos trabalhadores, o CorreiosSaúde e nenhuma mensalidade será cobrada”. O documento ressalta também que “os dependentes regularmente cadastrados serão mantidos e o plano de saúde não será privatizado, com todas as condições vigentes do CorreiosSaúde sendo mantidas e os percentuais de co-participação, que não serão alterados”. A empresa reafirmou que os trabalhadores não terão custos adicionais.
Fonte: Diário de PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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