Há 90 anos nascia Marlon Brando

19Faz dez anos que um dos maiores atores da história do cinema, para muitos o maior, faleceu. Se estivesse vivo, o americano Marlon Brando estaria comemorando 90 anos neste mês de abril.

A trajetória do garoto rebelde, de voz anasalada, que trocou a carreira militar pela de ator, está na coluna do Nelson Motta.

Ele foi um dos maiores atores de todos os tempos e a arte de representar no cinema pode ser dividida entre antes e depois de Marlon Brando. E, como personagem polêmico, carismático e ícone do pop, ele é insuperável. Então, vamos celebrar a glória, o mito e o gênio de Marlon Brando, que há noventa anos não param de crescer.

Desde criança, Marlon mostrou talento pra mímica e para a rebeldia. E, com 18 anos, abandonou a escola militar para estudar interpretação no Actors Studio de Nova York. Cinco anos depois estourava na Broadway como o bruto e sexy Stanley Kowalski de “Um Bonde Chamado Desejo”, de Tennessee Williams, que depois virou o clássico filme de Elia Kazan.

Em seguida, viveu o líder revolucionário mexicano Emiliano Zapata em “Viva Zapata!”, de seu mestre Elia Kazan.

Foi o maior Marco Antônio que Shakespeare poderia conceber, no filme “Julio César”. Em seguida, criou um dos mais poderosos ícones da cultura pop em “O Selvagem”.

Aos 30 anos, ganhou seu primeiro Oscar vivendo o drama de um ex-boxeador no porto de Nova York em “Sindicato de Ladrões” e fez seu primeiro e único musical, ao lado de Frank Sinatra, e se revelou, segundo ele, o pior cantor da história do cinema.

E depois uma década de fracassos, em que fez até um japonês em “Casa de Chá do Luar de Agosto”, o corso Napoleão Bonaparte em “Desirée e um Oficial Nazista” e com sotaque alemão em “Os Deuses Vencidos”.

Em 1972, Brando ressurgiu triunfal e ganhou seu segundo Oscar como um dos maiores personagens da história do cinema como o italiano Don Vito Corleone de “O Poderoso Chefão” e emendou com o escândalo de “O Último Tango em Paris”, de Bernardo Bertolucci.

Nos anos 1980, Brando ficou tão grande que deu um tempo e só aceitou fazer pequenas participações em mega produções. Para ser o pai do Super-Homem ganhou US$ 15 milhões e participação na bilheteria.

Ele foi a imagem da loucura e o horror como o tenebroso coronel Kurtz no épico “Apocalypse Now”. Mas, para Marlon Brando, foi em “Queimada”, de Gillo Pontecorvo”, a sua maior atuação no cinema.

Em matéria de interpretação, se Stanislavski criou o famoso “método de interpretação”, foi Marlon Brando que mostrou ao mundo o seu poder. Ele sempre teve uma grande preocupação com o realismo de suas atuações, mas tinha tanto estilo e personalidade, que cada vez mais era ele mesmo: Marlon Brando vivendo um personagem.

Fonte: G1

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

 

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