“Medo” é um dos entraves para brecar avanço do câncer no Estado de Pernambuco
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Cerca de 580 mil brasileiros deverão ser alvos de algum tipo de câncer, até o final de 2014. Em Pernambuco, que no ano passado teve um aumento de 41% no número de óbitos provocados pela doença, as estimativas apontam que 2.600 homens serão diagnosticados com tumor na próstata e 2.500 mulheres na região das mamas. As projeções, preocupantes, são do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e mostram que, apesar das novas tecnologias e dos tratamentos que aumentam as chances de cura, o cenário atual ainda exige mudanças de comportamento. No Dia Mundial de Combate ao Câncer, que acontece hoje, especialistas reforçam a importância de uma maior conscientização da população sobre a doença, para que realmente possam existir motivos para comemorar.
“Ainda impera um forte preconceito, diria que medo, quando se pensa nesta enfermidade. As pessoas evitam até falar sobre o assunto e isso acaba refletindo na baixa procura por orientação médica, levando a um diagnóstico bastante tardio”, explicou o médico José Fernando do Prado, do Real Instituto de Oncologia. Segundo ele, a falta de um acompanhamento, a partir do início da enfermidade, acaba contribuindo para uma diminuição significativa das chances de se obter bons resultados. “Os cuidados com a alimentação e bem estar, através da prática de hábitos saudáveis, como dormir bem, evitar álcool e carne vermelha, são, na verdade, uma prevenção natural, que pode ser adotada desde a infância”, ressaltou.
A dona de casa Lindinalva Campos, de 62 anos, é um dos exemplos de pessoas que conseguiram superar a doença e enxergaram nela uma chance para recomeçar a vida. “Quando recebi o resultado da biópsia, senti como se o mundo estivesse desabando. Cheguei a me desesperar, mas, com o tempo e o apoio das pessoas que amo, entendi que deveria concentrar a minha força para conseguir a cura e cheguei lá”, contou, lembrando-se da trajetória que levou à retirada de uma das mamas. A aposentada Angelita Amâncio, 63, enfrentou o processo em dobro. “Perdi um seio e pouco tempo depois um novo tumor foi descoberto. Não é nada fácil, mas a gente tem que seguir em frente”, destacou. As histórias que, nesta data se cruzam, são de mulheres que agora tentam levar uma vida normal, conseguindo, a partir de seus relatos, motivar outros a seguir na mesma caminhada. “O estímulo à prática de exercícios é uma ferramenta fundamental em casos assim, restabelecendo, além da força muscular, a alegria e a autoestima”, afirmou a fisioterapeuta Cíntia Dutra, do Hospital de Câncer de Pernambuco, onde o grupo se reúne semanalmente.
Fonte: Folha-PE
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