Nem o game Angry Birds está livre da espionagem americana
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Os órgãos de segurança sabem que terroristas geralmente usam celulares e smartphones, tanto para troca de informações quanto para detonar explosivos à distância. Mas será que, nas horas vagas, eles também jogam Angry Birds? Uma nova série de documentos secretos vazados pelo ex-técnico da NSA Edward Snowden mostra que os Estados Unidos está coletando dados de “brechas” em aplicativos, entre eles o famoso game de pássaros furiosos, em seu polêmico programa de monitoramento de cidadãos americanos e estrangeiros.
Os documentos foram divulgados nesta segunda-feira (27), pelos jornais The New York Times e The Guardian, e ampliam os questionamentos sobre o programa e a preocupação com privacidade. De acordo com as reportagens, a agência de espionagem dos EUA (NSA) e do Reino Unido (GCHQ) têm capacidade técnica para coletar dados de aplicativos para iPhone e Android.
Os documentos secretos mostram que uma grande quantidade de dados pessoais estão disponíveis para as agências de espionagem. São dados como localização, idade, sexo e outras informações usadas geralmente por empresas de publicidade online. Um dos documentos, de 2012, chega a extremos, mostrando como as agências podem coletar dados pessoais como preferência política, estado civil, etnia e orientação sexual.
Segundo o New York Times, um dos aplicativos de celular que mais chama a atenção das agências é o Google Maps, que mostra mapas das cidades com boa precisão para usuários se orientarem. A NSA e a GCHQ coletaram uma quantidade tão grande de dados desse aplicativo que seria possível “clonar” a base de dados do Google. “Efetivamente, isso significa que qualquer pessoa usando Google Maps em um smartphone está trabalhando em apoio ao sistema”, diz um dos documentos secretos da agência britânica, de 2008.
Os documentos não explicam qual o tamanho da operação de espionagem em aplicativos de celulares. Não é possível saber se os dados são coletados de todos os cidadão, nem a quantidade de cidadãos estrangeiros que estão sendo espionados. Em nota ao Guardian, a NSA diz que só coleta dados de “alvos estrangeiros válidos”. “Dizer que o programa de coleta de dados da NSA é focado em comunicação por smatphones ou mídias sociais de americanos comuns é simplesmente falso”, diz a agência.
As denúncias fazem parte de uma série de revelações divulgadas pela imprensa internacional a partir de informações fornecidas pelo ex-técnico da NSA, Edward Snowden. As revelações de espionagem em massa, vazadas por Snowden, provocaram um escândalo diplomático de proporções globais, ao mostrar que os serviços de inteligência americanos vigiavam milhões de comunicações, tanto da população, de empresas e de governos e embaixadas.
No final de julho, ÉPOCA revelou com exclusividade arquivos que mostram que a NSA espionou oito membros do Conselho de Segurança da ONU, no caso das sanções contra o Irã, em 2010. Em seguida, ÉPOCA teve acesso a uma carta ultrassecreta em que o embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon Jr., agradece o diretor da NSA, general Keith Alexander, pelas “excepcionais” informações obtidas numa ação de vigilância de outros países do continente, antes e depois da 5ª Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago, em abril de 2009. Shannon celebra, no documento, como o trabalho da NSA permitiu que os EUA tivessem conhecimento do que fariam na reunião os representantes de outros países.
Após o escândalo, o presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou mudanças nos programas de espionagem do país.
Fonte: ÉPOCA
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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