‘Nem silenciosas, nem silenciadas’, é assim que clamam as militantes da Marcha Mundial das Mulheres do Núcleo Sertão durante eventos promovidos na região. Para defender os direitos da classe e discutir temáticas que favorecem o gênero feminino, cerca de 30 mulheres integram o movimento sertanejo.

A marcha começou no Sertão, em fevereiro do ano de 2013. Por enquanto, não há uma sede, as reuniões são feitas em universidades das cidade de Petrolina, no Sertão pernambucano, e em Juazeiro, na Bahia, em praças e ultimamente com maior frequência na Associação das Mulheres Rendeiras de Petrolina, localizada no bairro José e Maria.

Entre as ações, são realizadas rodas de conversas, campanhas de sensibilização nas ruas com a utilização de técnicas teatrais e de uma batucada feminina, estratégias para chamar atenção da população para as lutas da marcha.

A estudante Jaqueline dos Santos, de 24 anos, começou a participar da marcha das mulheres a fim de lutar para a diminuição da diferença entre os gêneros. “Eu sou uma mulher negra vinda do campo, me vejo como uma peça que move o movimento, que defende a ideologia e que defende o que acredita”, enfatiza.

A atual bandeira de luta levantada pela marcha, através de mulheres como Jaqueline está na realização de um plebiscito popular por uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político. Essa campanha foi lançada na Câmara de Vereadores de Petrolina junto com outros movimentos sociais.

Neste ano, no dia 8 de março, as militantes da marcha das mulheres vão participar de uma caminhada e um chá cultural organizado pela Associação das Mulheres Rendeiras de Petrolina.  O evento começa às 17h, com saída da quadra de esportes do bairro José e Maria.

No ano passado, nesta data, a marcha participou de uma caminhada junto com outros movimentos que defendia o fim da violência contra as mulheres. Na pauta regional, a abertura 24 da Delegacia da Mulher de Petrolina, para que o serviço fosse oferecido 24 horas. Já que pesquisas apontam que maior parte das agressões acontecem nas noites de final de semana.

A militante Naiady Miranda Barros, de 25 anos, explica que no dia 8 de março do ano passado, a caminhada dedicada ao Dia da Mulher aconteceu em conjunto com outros movimentos. “A marcha do Sertão atua sempre em comunicação com o movimento dos Atingidos por barragens (MAB), movimento dos pequenos agricultores (MPA) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). No mês passado, fomos à Brasília para as comemorações dos 30 anos do MST”, revela.

Serviço

Para saber informações sobre a Marcha Mundial das Mulheres do Sertão e como participar do movimento entrar em contato, através dos telefones (74) 9144 4655 e 9118 – 8565.

Fonte: G1

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)