No Brasil, Fernando Santos quer se despedir da seleção da Grécia em alta
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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A Copa do Mundo no Brasil será o “canto do cisne” do treinador português Fernando Santos, que encerrará seu contrato de quatro anos com a seleção da Grécia após a competição.
Santos assumiu a equipe nacional depois de várias passagens por clubes na Grécia, onde ele trabalha desde 2001. Ele agora optou por não renovar seu contrato e, após o Mundial, deve voltar para o futebol de clubes.
“A federações me pressionou para tomar a decisão final (a respeito da renovação do contrato), mas eu recusei a oferta”, disse Santos no final de março.
“Eu quero tirar um tempo e pensar sobre meu futuro, sem pressão. Sou treinador e tudo é possível, desde voltar para Portugal, ficar na Grécia ou até ir para a China.”
Os torcedores gregos irão sentir falta do estilo quieto mas eficiente do treinador, que é muito mais acessível a jogadores, torcida e diretoria do que era Rehhagel.
Com a tese de que “primeiro a tática, depois a habilidade técnica”, ele iniciou o trabalho na seleção após a eliminação na fase de grupos na Copa de 2010 e desde então manteve a equipe jogando sempre em alto nível.
Depois de uma ótima participação na Eurocopa de 2012, quando a Grécia, campeã em 2004, acabou superada pela Alemanha nas quartas de final, os comandados de Santos repetiram bom desempenho nas eliminatórias para a Copa no Brasil ao vencer oito dos dez adversários, ainda que tenham perdido a vaga direta para a Bósnia no saldo de gols.
Os gregos passaram com facilidade pela Romênia na repescagem e acabaram sorteados no Grupo C, ao lado de Colômbia, Costa do Marfim e Japão, atual campeão asiático.
Um dos motivos do sucesso de Santos no comando da seleção grega é o seu vasto conhecimento do futebol e da cultura local, que ele acumulou quando treinava clubes de ponta como o AEK, o Panathinaikos e o PAOK Salonika.
O treinador vive na Grécia e gasta a maior parte do tempo assistindo a partidas e supervisionando possíveis talentos na Grécia e em outros continentes. Santos também teve a sorte de dispor de uma geração um pouco mais talentosa do que seu antecessor.
Nos últimos anos aumentou o número de atletas gregos se transferindo para grandes clubes europeus e, por conseguinte, adquirindo mais confiança e experiência.
Contando com Kostas Mitroglou no comando do ataque, Santos ainda encontrou a solução para o antigo problema ofensivo da equipe, ainda que a chegada de Mitroglou ao Fulham, da Inglaterra, não tenha sido um sucesso.
O treinador, que sempre aparecia fumando um cigarro atrás do outro no banco de reservas, agora é um homem mais calmo. Apesar de não se arriscar a falar grego em público mesmo depois de tanto tempo no país, seu estilo objetivo, pragmático e de resultados fez dele uma personalidade carismática e adorada na Grécia.
Uma boa campanha no Brasil só irá aumentar essa percepção, embora Santos não tenha dúvidas de que seu futuro será comandando clubes uma vez mais.
Fonte: Estadão





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