No Recife, comerciantes dão até brindes por compras com moedas
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
O costume de guardar moedas em casa está tirando o sono de quem trabalha no comércio do Recife. A falta do dinheiro de metal dificulta o troco e atrapalha também a vida dos consumidores. Por isso, algumas lojas, supermercados e até o metrô criaram estratégias para as moedas voltarem a circular.
Na estação central do metrô, o locutor faz um apelo, repetido a cada três minutos, para que passageiros utilizarem dinheiro trocado para comprar o bilhete. A empresa tem um estoque estratégico de moedas, mas nem sempre é suficiente. São necessários R$ 1,5 mil em moedas, todos os dias, para garantir o troco.
Uma bilheteria funciona exclusivamente para quem traz o dinheiro trocado. A tarifa custa R$ 1,60, e quem tem moedas não enfrenta fila. Muita gente procura facilitar, mas o sufoco atrás das moedas é crônico. “A gente tem que pedir a participação e parceria da população, que traga dinheiro trocado que é sempre bem-vindo em todas as estações”, disse o gerente de comunicação da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Salvino Gomes.
A falta de moedas é sentida em todos os ramos do comércio. Em um supermercado do Recife, o pedido, aos consumidores, está escrito nos caixas. Vale até fazer uma troca, que só acontece nos períodos de maior escassez. “A gente busca alternativa até para não ter um impacto no atendimento ao cliente”, comentou o gerente Edmilson Silva, que já trocou até moeda por pão.
Para que as moedinhas apareçam, muitos comerciantes estão desafiando a imaginação no intuito de incentivar os clientes. No bairro de Afogados, na Zona Sul da cidade, foi só uma loja trocar as moedas por brindes para resolver o problema do troco. Quem traz R$ 50 em moedas pode escolher um dos quatro brindes diferentes.
A autora da ideia agora não precisa sair de banco em banco atrás das pratinhas. “A nossa ideia é continuar trazendo algum atrativo para o cliente trazer moeda, porque a falta está grande no mercado”, afirmou a gerente Márcia Melo.
A falta de moedas é geral, um problema que se repete em todo o País. E sabe onde elas estão? Nos cofrinhos, como o do estudante Niltton Campos, 9 anos. O hábito de juntar as moedinhas é antigo e muito comum. E de cofre em cofre, segundo o Banco Central, 27% das moedas deixam de circular e somem do comércio.
Para o economista Marcelo Barros não é um bom negócio guardar o dinheiro indefinidamente. “É importante que as pessoas prevejam um período para quebrar o cofrinho e colocar essa moeda em circulação”, explicou.
Niltton, que ganhou o cofrinho quando nasceu, sabe muito bem o que vai fazer com as moedinhas que está juntando. “Eu guardo, economizo para comprar o que eu quero. [E desta vez] vou comprar um videogame”, disse.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)





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