‘Nos deixam revitalizados’, diz mãe de quadrigêmeos, que planeja mais um

27Se um filho é bom, imagine quatro de uma vez. Pelo menos esse é o pensamento da psicóloga Layane Cedraz, 31 anos, mãe de quadrigêmeos. Nem mesmo a rotina que envolve o uso de mais de mil fraldas por mês e quase 1 kg de leite por dia tira o humor dela, que faz aniversário junto com os filhos, neste sábado (10), véspera do Dia das Mães.

São todos meninos. Yure, Enzo, Ianic e Luigi nasceram no dia 10 de maio de 2013, em Salvador. Aos quatro, junta-se ainda Rafic, filho mais velho de Layane, e que tem cinco anos. Todos eles foram concebidos a partir de fertilização in vitro.

“Eu tenho uma trompa obstruída e endometriose. Algumas tentativas foram frustradas, mas em uma dessas eu tive Rafic. Depois da primeira gravidez, sempre quis ter mais filhos e fiz o procedimento novamente e engravidei. Com cinco semanas de gestação, fiz o primeiro ultrassom e descobri que eram gêmeos.

Com sete semanas, fui ao médico para escutar os batimentos cardíacos e escutei três corações. Com quase 12 semanas, eu descobri que eram quatro meninos. Sempre fiz a fertilização com dois embriões. Mas dessa vez, um deles se dividiu em três. Isso não é comum”, aponta Layane.

Yure nasceu com 1,280 Kg e é descrito pela mamãe como o mais simpático e intenso; Enzo com 1,200 Kg é o mais observador e impaciente; Ianic com 1,515 Kg, o mais traquino e invocado e Luigi com 1,560 Kg, o mais gordinho e ciumento. Todos completam um ano de vida no mesmo dia do aniversário da mãe.

Um descoberta que para muitos poderia resultar em desespero, no caso de Layane só trouxe alegria. “Eu sempre comemorei. Sempre achei que ser mãe é tudo, desejei ter casa cheia, ser mãe de gêmeos. Meu filho mais velho também pedia irmãos. Só meu esposo que não compartilhava dessa opinião. Quando descobrimos, ele ficou preocupado, desesperado pelos gastos, todo cuidado que teria que ter porque é uma gestação de risco”, conta.

Com a chegada dos meninos, Layane, que morava em Aracaju, no estado de Sergipe, teve que se mudar para Feira de Santana, na Bahia, para ficar perto dos familiares. “Vim para Feira porque o custo de vida é menor e porque minha família mora aqui. Também tive que parar de trabalhar para cuidar dos meninos”, acrescenta.

Mesmo com algumas ressalvas, Layane considera que o período de gestão foi “fácil”. “Cheguei a ouvir que essa gestação não era viável, mas a gestação em si foi, para mim, fácil porque eu tive muita tranquilidade. Nunca temi que algo estivesse errado. Só a questão física do último mês foi muito difícil, mas não houve sofrimento”, garante. As crianças nasceram com 30 semanas de gestação. “Fiquei internada 14 dias antes dos meninos nascerem. Como eu já estava com contração, o médico achou melhor fazer o parto para não desenvolver problemas neles”, acrescenta.

Rotina
Para cuidar de todos os meninos, é necessária uma verdadeira “força-tarefa”. Layane destaca que passa 24h por dia com os bebês e conta ainda com o apoio de três babás. “Na verdade, existe uma rotina puxada porque são quatro bebês que não ficam mais no colo. De fato, precisam de quatro pessoas para olhar, para brincar. Até porque se deixar, eles sobem nas coisas, fazem o que querem”, conta.

O crescimento no número de tarefas também é proporcional às despesas com os meninos. “Eu gasto, por dia, uma média de 35 fraldas. Um dos meninos faz uso de leite especial, mas os outros tomam leite normal, então gasto 800g a cada um dia e meio. Sem falar no volume de pano para lavar que é muito grande”, calcula.

Grande também é o sucesso da “tropa” nas ruas. Segundo Layane, para passear com os meninos é necessária muita paciência. “Vida social com eles ainda não tenho. Uma coisa é pegar um bebê de seis meses e passear. Mas sair com quatro, chama atenção e todo mundo quer pegar. Teve uma vez que fomos ao shopping e parecíamos celebridade, as pessoas tirando fotos. Às vezes, isso é um incômodo. Então, a gente sai mais junto para ir ao médico ou para a casa de parentes”.

Diante de todas as mudanças na rotina e dos gastos, engana-se quem pensa que Layane quer parar por aqui. Na família, ainda há espaço para mais uma menina. “Tanto eu quanto meu esposo desejávamos ter uma menina. Agora é inviável ter mais um filho. Mas, de repente, daqui a cinco, seis anos, isso pode ser possível. Se a gente conseguir se estruturar e poder proporcionar a esse novo filho o que já proporcionamos aos outros vamos ter mais um. Dessa vez queremos adotar”, ressalta.

“Não consigo ver isso como trabalho porque trabalho dá a entender que é uma coisa cansativa. O amor que todos eles nos proporcionam nos deixam revitalizados e faz tudo valer a pena”, conclui.

Fonte: G1

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

 

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