Parlamentares pernambucanos justificam doação de campanha
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Citados pela revista Veja como beneficiários de doações de campanha oriundas de empresas investigadas pela Polícia Federal na Operação Lava-Jato, os parlamentares pernambucanos evocaram a regularidade e a transparência nas contribuições recebidas para justificar o recebimento das quantias. Na lista, constam oito deputados e dois senadores de Pernambuco.
O senador Humberto Costa (PT) foi o que recebeu a doação mais robusta: juntas, a Camargo Correa, a Galvão Engenharia e a OAS LTDA doaram R$ 1.530.000,00 à campanha do petista em 2010. Já o senador Armando Monteiro (PTB) recebeu R$ 300 mil da Alusa Engenharia. Em reportagem, a Veja lista 18 empresas que são fornecedoras da Petrobrás, razão pela qual elas passaram a fazer parte do campo de investigação da PF.
Procurados pela reportagem do, a maioria dos parlamentares disse que o financiamento das campanhas é algo autorizado pela Justiça Eleitoral e, por isso, legal. Além disso, todas as doações estão declaradas na prestação de conta feita ao Tribunal Superior Eleitoral, o que já os livraria de qualquer suspeita de irregularidade.
O deputado Sílvio Costa (PSC), que recebeu R$ 75 mil de duas empresas, disse que a doação foi legal e que não teria motivos para evitar novas contribuições. “Recebi essas ajudas em 2010 e em 2014 vou receber de novo. É legal, está dentro da Constituição. Me sinto lisonjeado de grandes empreiteiras me ajudarem. Se me ajudam, é porque sou um deputado que participa do debate nacional”, declarou.
Na mesma linha respondeu o deputado Cadoca (PCdoB), a quem a OAS Engenharia deu R$ 50 mil. “Eu prestei contas do que recebi. Agora se a empresa tem relacionamento com outras coisas, investigações, não tem nada a ver comigo. Eu era o presidente do partido na época, pedi, o que é normal”, argumentou.
O deputado federal Raul Henry (PMDB) também se apressou em ressaltar que não existe nenhuma denúncia ou processo envolvendo o seu nome. “Eu não tenho conhecimento sobre os negócios da empresa. Eu fui a algumas pessoalmente pedir apoio, é assim que se faz campanha. Outras foi o partido que intermediou”, explicou.
Foi com “estranheza” que o senador Humberto Costa (PT) recebeu a abordagem da matéria publicada pela Veja. Em nota divulgada pela sua assessoria, no que se refere às doações de campanha recebidas, é ressaltado que todas as doações “foram declaradas e rigorosamente julgadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral”. Na defesa, a assessoria do deputado federal João Paulo (PT) usou o mesmo argumento. O senador Armando Monteiro, também através da assessoria, lembrou que tudo está declarado à Justiça Eleitoral, de forma transparente. Procurados pelo JC, os deputados Fernando Filho (PSB), Pedro Eugênio (PT), Jorge Corte Real (PTB) e Roberto Teixeira (PP) não responderam até o fechamento desta edição.
Na última quarta-feira (7), o site da revista mostrou uma relação de 121 senadores e deputados federais de várias legendas, tanto governistas quanto oposicionistas, que tiveram suas candidaturas beneficiadas por empresas investigadas pela operação da PF.
Fonte: JC
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