Pesquisas eleitorais podem definir novo Presidente da República

A nove meses do brasileiro ir às urnas para decidir quem ocupará o Palácio do Planalto, as pesquisas eleitorais são cada vez mais frequentes. Reconhecidos pela credibilidade, institutos de pesquisa de opinião — como Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), DataFolha e MDA Pesquisas — apontam os políticos preferidos dos eleitores.

Embora parte do eleitorado e mesmo os próprios políticos coloquem as pesquisas eleitorais sob suspeita, especialistas ouvidos pelo R7 garantem que elas influenciam e podem até definir uma eleição. Isso porque, quando publicadas, os candidatos ganham visibilidade em todo o País, já que o nome fica em evidência e pode direcionar o olhar do eleitor.

Os marqueteiros políticos explicam que tanto os candidatos como os partidos que estão no governo acabam, pela exposição maior na mídia, abrindo vantagem sobre os adversários, que têm que se manter em evidência por outros meios — indo às ruas, usando as redes sociais ou aparecendo em eventos e lugares que chamem a atenção na imprensa para serem “lembrados” pelo povo.

Fora das pesquisas, candidatos “nanicos” esbanjam confiança para 2014

O professor e coordenador do curso de ciências sociais da Ulbra (Universidade Luterana do Brasil) e especialista do Instituto Millenium, Paulo Moura, garante que o que define a pesquisa é o noticiário. Quem está na mídia está em pauta e sempre será mais lembrado do que quem sofre para virar notícia.

— Nós estamos muito longe das eleições e a maioria das pessoas não está prestando atenção na política, mas acompanha o noticiário. Quando questionados, percebe-se a diferença nos números na pesquisa de intenção de voto, quando os nomes são apresentados, na chamada [pesquisa] estimulada, e na espontânea, aquela em que perguntam apenas em quem votariam, sem sugerir nomes. Veja o resultado da última pesquisa CNT/MDA de novembro de 2013 no cenário “estimulado” e “espontâneo”.

O abismo entre os pré-candidatos nas pesquisas eleitorais só passa a ficar equilibrado no início das campanhas oficiais, três meses antes da eleição, quando os adversários vão a campo e o governo é proibido de fazer propaganda.

Para o coordenador do curso de marketing político da USP (Universidade de São Paulo), Victor Aquino, isso explica por que os candidatos que não estão bem colocados nos levantamentos com eleitores sempre minimizam seu valor.

— A pesquisa só é boa para quem aparece em primeiro lugar. Quem está em segundo lugar sai sempre em desvantagem e repete a mesma coisa: “essa pesquisa só abordou isso, só abordou aquilo”. Sempre relativista.

Voto “útil” x “alienado”

Os especialistas afirmam que as pesquisas também ilustram o que eles chamm de “voto útil”, aquele em que o eleitor elimina o candidato que não quer que vença votando em seu concorrente.

Para Moura, “criamos um mecanismo de voto útil condicionado pela pesquisa, ela influencia a opinião e isso tem um peso importante”.

— Com o segundo turno, muitos acabam votando para forçar uma segunda disputa e tentam tirar da jogada aquele candidato que ele não quer passando para a segunda votação.

Já o voto do eleitor chamado, “no mal sentido, de alienado”, segundo Aquino, “é aquele em que o eleitor indeciso, que não sabe em quem votar, não tem opinião nenhuma sobre nada, para ele tanto faz ter ou não manifestações, e na hora de votar, ele acompanha a maioria”.

— [Ele] conversa com a vizinhança e vota em quem está mais bem colocado nas pesquisas. Uma coisa leva à outra, o candidato está bem na pesquisa, a avaliação do governo está subindo,então, a escolha está feita.

Outro lado

Não só os eleitores, mas também os partidos e os políticos também sofrem influência das pesquisas. No caso dos partidos, a campanha política é toda baseada em pesquisa de comportamento, que não são iguais às pesquisas de intenção de voto que, como explica Moura.

A pesquisa publicada é a que é divulgada na imprensa, mas existe outro tipo, encomendada pelos partidos para orientar estratégias, diz o professor da Ulbra. São essas pesquisas que orientam as campanhas, e que testam argumentos com técnicas criadas a partir dessas informações.

Segundo Moura, as pesquisas publicadas, as que aparecem na mídia, são importantes, mas as pesquisas próprias dos partidos políticos são essenciais. Para o professor, existem três elementos importantes para o sucesso de uma campanha eleitoral.

— Pesquisa, pesquisa e pesquisa. Só depois vem a publicidade e a estrutura de marketing.

Votos brancos, nulos e a taxa de rejeição

Os votos brancos e nulos deveriam ser motivo de preocupação dos políticos. Para o professor Aquino, “os brancos e nulos dão evidência do amadurecimento da consciência, ou seja, com eleições de quatro em quatro anos, se o eleitor anula o voto é porque não está contente com a situação”.

— Ele não está jogando o voto fora, mas indo contra a situação atual. São neles também que os partidos deveriam focar.

Outro fator que aparece nas pesquisas é a taxa de rejeição do candidato. Quem aparece com alto índice de rejeição já entra no jogo perdendo. De acordo com Paulo Moura, o impacto da recusa do eleitor em votar em determinado candidato influencia tanto o primeiro como o segundo turno.

— A rejeição é muito relevante em uma eleição de dois turnos. No primeiro turno, as pessoas tendem a votar no seu candidato de preferência. No segundo, as pessoas que não tiveram o seu candidato levado ao segundo turno votarão prioritariamente contra quem eles não querem. Daí a rejeição pesa. Se for alta, empurra esse eleitor para o outro candidato.

O cientista social da Ulbra explica que “índices de rejeição superiores a 40%, por exemplo, praticamente inviabilizam um candidato”.

— Quer dizer, que ele larga disputando com apenas 60% de chance.

Fonte: R7

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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